domingo, 10 de janeiro de 2021

Koichi Sakamoto - Diretor de Ação

Saudações.

Desta vez vou falar um pouco do famoso diretor de Tokusatsu Koichi Sakamoto. Para isso me baseio em uma entrevista que ele deu à Shuukan Playboy e outra à Tsuburaya Galaxy.


Um dos nomes mais badalados do Tokusatsu atualmente é Koichi Sakamoto, nascido no bairro Senju, no distrito Adachi em Tóquio, Japão em 29/09/1970. Ele é um dos poucos diretores que trabalhou em quase todas as grandes franquias do gênero, como Ultraman, Kamen Rider, Metal Hero e Super Sentai, e inclusive séries de fora do Japão como Power Rangers, onde ele começou. Também participou de muitas outras obras independentes, sempre com muita ação, efeitos especiais e artes marciais.

Sakamoto desde pequeno era fascinado por Super Heróis. Ele viu Gorenger na época da primeira exibição e também era fã do divino Jackie Chan, que foi sua grande inspiração para trabalhar com cinema já desde os 9 anos de idade e passou se exercitar e a aprender artes marciais. No colegial, fazia bicos como dublê, vestindo fantasias em circos-show de super heróis e se filiou à Kurata Action Club. Mais tarde, ele foi estudar cinema nos Estados Unidos em 1989, aprendeu o inglês e em 1992 fundou o time de dublês Alpha Stunts com amigos da Kurata.


O que o cliente realmente precisava

Um dia ele soube que as equipes de Power Rangers estavam contratando pessoal para fazer as cenas de ação. E precisavam de alguém que desse um gosto japonês a elas, algo que as equipes americanas não conseguiam definir com clareza. Sakamoto participou dos testes, fez uma demonstração corporal e foi aprovado, pois mostrou ser o que as equipes de produção do seriado estavam procurando.

Sakamoto conta que as cenas de ação americanas puxavam para o "real", com movimentos funcionais, mas às vezes muito sóbrios. As cenas de ação japonesas tinham vários tipos de movimentos e trejeitos até exagerados de modo a mostrar um espetáculo, algo que saltasse aos olhos do espectador, uma coisa que remonta aos princípios do teatro Kabuki, tradicional do Japão. Esse era o diferencial que Sakamoto conseguiu captar e demonstrar. Como ele via nas séries Super Sentai quando era criança e continuou a ver mesmo depois de "passar da idade" de acordo com os padrões da época.

Claro que havia certas dúvidas por parte das equipes americanas como "por que os inimigos não atacam enquanto o Herói faz pose". E também havia certas nuances que eles não entendiam e não sabiam como interpretar usando máscaras, sem mostrar o rosto. Segundo o diretor, simplesmente olhar para trás tinha de ser algo elegante. Primeiro é virar a cabeça e só depois o corpo, por exemplo. Mas as crianças seriam mais receptivas por não terem conceitos preestabelecidos como os adultos e entenderiam o que é "legal", "estiloso", "elegante". E o tempo provou que Sakamoto estava certo.

Então ele se dedicou a Power Rangers, começando como Coordenador de Dublês, passando por Diretor de Ação, Diretor e então Produtor. Foi daí também que ele obteve a cidadania americana, achando que iria ficar lá para sempre, mesmo depois que as filmagens passaram a ser na Nova Zelândia. Mas não foi assim.


Sakamoto voltaria ao Japão por um tempo em 2009, durante o hiato de Power Rangers por dois anos após RPM, e nisso foi contatado pela Tsuburaya Productions para dirigir Mega Batalha na Galaxia Ultra, o filme de estreia do Ultraman Zero. O projeto incluía um reboot do Planeta Ultra e Sakamoto aceitou no ato a proposta de dirigir o filme, animado pela oportunidade de representar a Nação da Luz como ele via quando era criança, em Ultraman Taro e nos mangás de Mamoru Uchiyama.

Depois foi convidado pelo produtor Hideaki Tsukada da Toei, que o conhecia de Power Rangers, a dirigir episódios em Kamen Rider W. Isso abriu suas portas para várias obras japonesas e daí ele nunca mais parou.


Heróis em Ação

As cenas de ação de Sakamoto usam tudo o que ele aprendeu no exterior, não só com luta corporal mas também com perseguições de carros e motocicletas. A wire-action, que ele tirou de filmes de Hong Kong, e angulações dinâmicas de câmera, algumas vezes mudando a velocidade, são algumas de suas marcas registradas, mas não é só esse o segredo. 

Segundo Sakamoto, "o importante é o ritmo, como na Música, conforme aprendi ao ver os filmes de Jackie Chan". Como mostrado abaixo, não é só, por exemplo, deter o ataque do oponente e derrotar com um só golpe. É mais bonito dar vários, de forma sequenciada. Só que às vezes, quando o movimento é muito rápido, a câmera não consegue pegar tudo e por isso é necessário procurar a melhor angulação para mostrar o que está acontecendo. É isso o que o diretor tem em mente.


Sakamoto conta como é fazer cenas de ação para cada série. Em Ultraman a grande preocupação é fazer movimentos dinâmicos, mas sem tirar a impressão de gigantismo, que é uma das marcas do Herói. Mostrar como luta um ser que é próximo de ser um Deus. Em Kamen Rider, o negócio é mostrar cenas de ação individuais, com o herói usando todos os seus poderes e mudanças de forma. Já em Super Sentai é preciso por força no trabalho em equipe, com cada membro mostrando suas qualidades, mas também com cada um suprindo as fraquezas do outro. E como são vários heróis, é possível dar variedade.

Ainda, Sakamoto sabe usar várias técnicas de efeitos especiais com primazia para mostrar a cena do jeito que ele quer e da forma mais empolgante possível.

Em uma plataforma giratória, com chroma-key no fundo e cenários em Computação Gráfica.
Wire action, para combate aéreo no especial de cinema de Kamen Rider Fourze.
(Na foto o Meteor)
Prodigiosa sequência usando todos os poderes e formas do Herói.

Ainda, ele toma muito cuidado quando tem que dirigir obras com heróis clássicos ou com os quais nunca trabalhou. Para isso, Sakamoto vê os filmes e séries em que eles aparecem e estuda seus movimentos, de modo a recriá-los. Como foi em Ultra Galaxy Fight: The Absolute Conspiracy, quando apareceu o Ultraman 80. Não se tentou fazer uma modernização excessiva, mas sim recriar o 80 daquela época, como é comprovável ao se comparar com os episódios da série clássica que estão em exibição no Canal Oficial da Tsuburaya.

Um episódio ou filme de Sakamoto é facilmente reconhecível não só pelos movimentos dos personagens, como também pelo fato dos atores fazerem cenas de ação sem se transformarem. Mesmo aqueles que não têm nenhuma experiência ou condicionamento físico especial. Mas Sakamoto sabe como instruir bem, tanto que todos os atores até agora ressaltam que ele é muito bondoso, gentil e bem-humorado.

O ator Hayate Ichinose, de Ryusoulger, é pacato e gosta de cozinhar.
Mas quando interpreta Koh, o Ryusoul Red e sob a direção de Sakamoto, consegue derrotar hordas de inimigos com uma alabarda.
E arremessar um escudo no melhor estilo "Capitão América". Tudo isso sem se transformar.

Outro padrão reconhecível são as referências a filmes de Kung Fu. Como Jogo da Morte, com Bruce Lee, em que figura uma torre em que em cada andar tem um inimigo para ser derrotado para poder continuar a subir, sendo que o diretor usa bastante esse recurso de narrativa. Outra referência são os filmes de Jackie Chan com o protagonista treinado por um discípulo de seu pai.

A nave de Etelgar em Ultraman Ginga S The Movie, com um inimigo poderoso em cada andar.
Sempre que pode, Sakamoto traz seu Ultra favorito, o Ultraman Leo (o primeiro na ordem do texto).

E Sakamoto aprendeu outras coisas nos Estados Unidos sobre como fazer cinema. Por exemplo, o diretor conta que já coloca nos trailers as cenas mais bonitas do filme. As que ele mais quer mostrar, justamente para atrair a atenção do público que vai ficar curioso em ver como a história vai chegar nesse resultado.

Trailer de Mega Batalha na Galáxia Ultra
Vendo bem já são contadas todas as surpresas do filme. Ainda assim empolga.


Beleza Feminina

Sakamoto é famoso por outro aspecto: o de saber mostrar as Heroínas. E ele fala um pouco sobre como é isso. 

Arisa Komiya, uma das Musas de Sakamoto.

Sua intenção é a de retratar mulheres fortes, capazes de derrotar qualquer inimigo. Mas isso tem que aparecer no rosto e é por isso, que ele dá muita importância ao olhar que a atriz consegue fazer, à força que ela coloca nos olhos. Segundo Sakamoto, isso chega a ser muito mais importante que a aparência em si da atriz ou o seu condicionamento físico.

O diretor também deixa escapar que é tarado por pernas. Mas porque com elas é possível mostrar chutes bonitos, ágeis, flexíveis. E ele se esforça para filmar a atriz de forma mais elegante possível, usando às vezes a câmera lenta para mostrar closes do rosto, valorizando suas expressões. Pois senão, não teria sentido fazer uma cena com ela.

Chihiro Yamamoto cumpre todos os requisitos.

Sakamoto também comenta sobre diferenças culturais sobre a beleza das Heróinas. No Japão, fazem sucesso aquelas que têm um ar juvenil, quase infantil. E no ocidente, são preferidas aquelas com massa, músculos, com ar adulto. E o próprio diretor diz ter preferência pelo gosto ocidental por ter ficado muito tempo por lá (aqui).

O diretor conta que um dos segredos para se filmar bem uma atriz é se apaixonar por ela. Fazer o possível para gostar dela e assim conseguir tirar seus melhores ângulos. Ele fez isso por várias vezes, mas deixa dito que nunca conseguiu ficar com nenhuma (mesmo porque ele é casado com a atriz e dublê Motoko Nagino desde 2002).


Sincretismo Cultural

Pode-se dizer que o segredo do sucesso de Koichi Sakamoto é o sincretismo dos estilos japoneses com os chineses e os americanos. Dos gostos do oriente e do ocidente. Ao ter contato com várias culturas, ele desenvolveu seu estilo de criar imagens, de dirigir. E foi saindo de seu país de origem que Sakamoto aprendeu novas técnicas e as "reimportou" para o Japão. Elas foram imprescindíveis para o desenvolvimento das obras de Heróis de Tokusatsu.

Sua paixão por esses Heróis também possibilitou tirar o máximo proveito deles. Sakamoto consegue olhar pelos olhos do espectador e saber exatamente o que ele quer ver, com vários "serviços" e com as situações que entretém o público. Especialmente nas séries Ultra, para as quais ele deu significativas contribuições na criação de novos personagens altamente marcantes e que ganharam grande importância como Ultraman Zero e o vilão Belial. O diretor e a equipe estabeleceram bases e conceitos que são usados até agora nessas séries.

Ultraman Z, o mais novo da franquia, na forma Delta Rise Claw, que usa os poderes de Zero, Geed e Belial.
Além de uma arma no formato do vilão.

Sakamoto gosta tanto das séries Ultra que tinha longas conversas com Tatsuomi Hamada, o jovem ator que interpretou Riku/Ultraman Geed, igualmente fã de Ultraman, durante as gravações do seriado. Tanto que Sakamoto chegou a dizer que Hamada era como se fosse seu filho.

E o diretor não ficou só nas grandes franquias. Ele teve a oportunidade de trabalhar com outros heróis como o Red Baron e o Silver Kamen em Bravestorm e (errata: direção de Junya Okabe, conforme apontado nos comentários) o Hurricane Polymar, originalmente um desenho animado da Tatsunoko Production. De criar obras originais como Innocent Lillies e até de fazer uma adaptação de um mangá em Mob Psycho. Algumas deram certo, outras não, mas ele não ficou parado e continuou com seu trabalho sempre em busca de novas oportunidades.

Foi assim que um menino que gostava de Super Heróis, e que aparece em seus álbuns de família sempre fazendo alguma pose de Ultraman e Kamen Rider, se tornou diretor das obras que admirava. Tudo foi obtido com muito estudo e empenho, além de habilidade. Mas ele mesmo diz que realizar seu sonho de atuar e até mesmo dirigir essas séries e filmes foi "uma grande sorte"

E ele não para por aí. Agora mesmo Sakamoto está pondo em prática um de seus projetos mais ambiciosos, o já citado acima Ultra Galaxy Fight: The Absolute Conspiracy, no qual ele pretende contar eventos da história dos Ultras que nunca foram mostrados em vídeo. Surge também um poderoso inimigo, Absolute Tartarus, interpretado por Junichi Suwabe. Está disponível com áudio em japonês e em inglês, com legendas para outros idiomas. Abaixo o primeiro episódio em japonês.




Abaixo uma dica do diretor de como salvar sua(seu) namorada(o) caso se torne refém de um bandido. Só não espere manter o relacionamento depois disso...



12 comentários:

  1. E aí, Usys!

    Koichi Sakamoto é um diretor impressionante mesmo. Sobre o "Mega Batalha...", certamente é um filme que gosto muito até hoje, mas me incomodou um pouco o fato de que a luta no final era muito menos impactante do que as do começo do filme. Parecia que havia perdido um pouco o ritmo. E eu fiquei com a impressão de que o Sakamoto era muito bom com a ação, mas que ainda faltava alguma coisa em termos de linguagem narrativa.

    Em Ultraman Geed essa impressão mudou. Alguns episódios conseguiram enorme beleza exatamente na construção do ritmo, da cena como um todo. Os dois capítulos finais de Geed são fantásticos. No penúltimo, é angustiante a construção do clima envolvendo a família de Reito Igaguri. Você fica com a sensação de que as coisas vão acabar muito mal. E o final, com sua alta carga emocional envolvendo Riku e Belial, foi algo digno também de um grande diretor.

    Ele e Kiyotaka Taguchi eu considero dois gênios, e que bom que podemos acompanhar tanta coisa que eles produzem.

    Excelente post! Abraço!

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    1. Obrigado, Nagado!

      É. Mega Batalha teve essa desacelerada no fim. Talvez por terem optado pelo revezamento de protagonistas em cada parte com Taro>Mebius>Ray>Zero. Ou foi só um introdutório para o Zero, que depois mostraria sua verdadeira força no próximo filme. Ginga S também teve problemas de narrativa, mas ainda assim divertiu bem.

      Aparentemente ele viu que tinha que caprichar na história também e assim refinou seu estilo. Koichi Sakamoto é fenomenal e sabe como mostrar os Super Heróis, de forma estilosa e elegante, enquanto Kiyotaka Taguchi sabe como fazer isso os Monstros, sua força destrutiva e avassaladora. Com isso vemos que o Tokusatsu está em boas mãos.

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  2. Ótimo texto (para variar). Realmente o Sakamoto trouxe um gás novo ao tokusatsu.

    Em Power Rangers (Franquia que estou revendo ao menos até o dia 31, quando deverá sair da Netflix) é visível o aumento na qualidade das cenas de ação assim que ele foi galgando postos mais altos dentro da cadeia de comando da Saban.

    E dá para dizer que o Sakamoto influenciando as novas temporadas de Power Rangers até hoje, já que o estilo de ação continua bem parecido com o estabelecido poe ele lá atrás.

    Sobre sua participação nas produções japonesas tem um outro aspecto no trabalho dele que me agrada muito, além dos já citados: a forma como ele utiliza a trilha sonora em suas produções é magistral, lembrando muito o que se fazia nas décadas de 70 e 80 (justamente o período de formação dele enquanto espectador).

    Sempre achei essa uma característica marcante nas produções japonesas, mas que ficou em segundo plano por um bom tempo.Alguns exemplos de cenas que ficaram ainda mais inesquecíveis com o uso certo da música certa: a última luta do Gentaro no episódio final de Fourze ao som de "Saite" das Kamen Rider Girls, e a passagem de bastão (ou melhor, de espada) do Retsu para o Geki em Space Squad, com Hoshizora no Message. De arrepiar. As músicas que acompanham as entradas dos Ultras veteranos em The Absolute Conspiracy são outros exemplos.

    Como mais uma prova de que a música é importante na obra de Sakamoto, além de colocar os atores para lutar ele também gosta de vê-los cantar... exemplos são no Sharivan Next Generation, com o Esteban (em que colocaram letra em uma BGM original da série) e no especial do Stinger de Kyuranger.

    Com relação às mulheres... é verdade que ele cria algumas cenas que beiram o apelativo, mas de modo geral acho que sua câmera faz bem às atrizes que ele filma, emprestando a elas um conjunto de beleza e força.

    Só fiquei em dúvida em um ponto, o Sakamoto teve envolvimento em Bravestorm? Sei que o diretor foi o Junya Okabe, será que o Sakamoto colaborou nas cenas de ação? Se foi, ele mudou bem o estilo.

    De qualquer forma, ótimo post que homenageia uma figura imprescindível na cena do tokusatsu atual. Aliás, pelo fato dele ser fluente em inglês penso que ele seria um excelente convidado para um evento no Brasil quando estivermos livres dessa pandemia maldita... Com certeza ver uma palestra dele ao vivo seria sensacional! O duro é ele arranjar um tempo na agenda.

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    1. Obrigado, Ricardo!

      Também por apontar que Bravestorm é de Junya Okabe. Devidamente corrigido!

      E bem apontado esse aspecto do uso das músicas, que emocionam quando tocadas em determinado momento. Sakamoto sabe tirar tudo o que os atores conseguem ao pô-los inclusive para cantar e não só lutar. Marcas de uma pessoa que sabe do que os espectadores gostam. E de colocar diretores de som/escolha de música competentes.

      Em Innocent Lillies Sakamoto quase ultrapassou a linha do apelativo nas cenas de treinamento com as Dempagumi.inc. Foi um daqueles que não deu muito certo, mas ao menos conseguiu desencavar um talento latente, a Eimi Naruse.

      Chamar o Koichi Sakamoto aqui seria um grande evento! Agora seria possível fazer alguma coisa online, sem precisar pagar passagem, mas acho que ia ser melhor colocá-lo em um palco fazendo as demonstrações de algumas técnicas na prática.

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  3. Um diretor de ação fã do Jackie Chan? Já inspira confiança!

    Acho que quando assistimos algo mais fantasioso como por exemplo, um tokusatsu, queremos mais é ver movimentos diferentões e mais exagerados mesmo, e deixar o real para os filmes e seriados mais "normais". A graça em algo fantasioso é justamente ver algo irreal, o Sakamoto (até no nome ele é vitorioso hehehe) acertou em cheio nesse detalhe. Que bom que ele incentiva os atores nas cenas de ação, quando não se usa dublês dá pra filmar de todos os ângulos, se precisar disfarçar os rostos.

    Legal esse espaço que ele dá para as garotas na ação. A descrição do olhar me lembra bastante o que acontece no cinema coreano, onde há esse tipo de foco também, gerando heroínas (e também vilãs) bem badass e expressivas. Quero muito ver BLACKFOX: Age of the Ninja, que é dirigido pelo Sakamoto e tem a Chihiro Yamamoto como protagonista! Pena que não está disponível em nenhuma plataforma...

    É, talvez a(o) sequestrada(o) não goste muito da batida de cabeça nesse salvamento, mas é um mal necessário hehehe.

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    1. Obrigado, Ronin!

      O pior é que ele não é só fã do Jackie Chan. Tem horas que ele se parece com o Jackie Chan. E ele aprendeu bem com o Mestre.

      Um defeito que eu vejo muito é gente que procura realidade em demasia em Anime e Tokusatsu e às vezes não sabe que existem regras e lógicas próprias nesses gêneros. É como em cartoon, em que é possível sair correndo e só cair de um precipício quando se olha para baixo. Foi isso que o Sakamoto conseguiu captar. E eu tenho certeza de que aquilo de escapar fingindo que entrou em uma televisão é truque de família. o Sakamoto usou técnicas de Tokusatsu para fazer aquilo.

      Koichi Sakamoto é fã de obras asiáticas e não tenho dúvidas de que os enquadramentos com closes repentinos foram tirados de filmes chineses e coreanos. É bem por aí. Chihiro Yamamoto é matadora. Com certeza ela fez um bom trabalho em Blackfox.


      O grande truque é "usar o refém como arma". Se for um carinha de óculos aí dá para usar como porrete também, como mostrado em Gintama.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Obrigado, anderson.

      Gostava bastante e Time Force e Ransik é para mim um dos melhores vilões de Tokusatsu até hoje. E esse episódio me lembrou aquele de Changeman em que eles vão para uma vila de faroeste.

      Realmente ele participou de VR Troopers, mas pena que não pude ver o suficiente. Ou melhor, me esqueci de muita coisa.

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  5. Que matéria incrível, nobre Usys!

    Muito legal ver a trajetória de alguém que ama o que faz desde pequeno! Inspiradora a carreira dele e continua trabalhando duro, né?

    Aprendi há pouco tempo que as apresentações dos heróis e vilões é algo totalmente respeitável por ambas as partes! Também tem pouco tempo que parei pra prestar atenção sobre super-heróis que usam capacete e não aparece muito o rosto do ator, tal como o juiz Dredd e o mais recente Mandaloriano, da Disney. Outra questão é a da expressividade: como transmitir emoções sem aparecer o rosto?

    Power Rangers com um toque de alguém que entende do assunto! Show demais!

    Curti bastante! Parabéns, nobre!

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    1. Obrigado, Adelmo!

      Sakamoto trabalha duro, mas também brinca um bocado. Acho até que brinca demais. Incrível como ele está sempre sorrindo nas entrevistas que aparece. E os atores até comentam que ele é assim mesmo.

      E bem notado: em Guerra nas Estrelas tinha muita gente fantasiada, tendo que usar só expressão corporal. Mas George Lucas se inspirava muito em filmes japoneses e acho que ele conseguia ver alguma coisa. Já Haim Saban estava praticamente começando com seus filmes e apesar de ser muito inteligente e perspicaz ele não era diretor, mas produtor. Felizmente conseguiu encontrar a pessoa certa.

      E pode-se dizer que Koichi Sakamoto é um dos homens que fizeram Power Rangers, pois foi lá que ele ganhou renome.

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  6. Sakamoto é ótimo. Acho que os gringos exageram quando reclamam do "tara" dele por pernas. Enfim, espero que continua firme e forte e nos brindando com mais maravilhosas cenas de ação.

    Ainda lembro de ver o Episode of Stinger na cena que o sexteto humano da série morfa e quando termina a apresenção eu solto um "eu te amo, Koichi" (no homo though) haha

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    1. Obrigado, Spider-Phoenix!

      Pelo menos a gente vê o porquê dele focar nas pernas e realmente é um motivo palpável. Em vários sentidos elas são a base para a ação.

      E sim, amamos o profissional que ele é e o seu trabalho! E parece que como pessoa ele também é muito bom. Uma grande personalidade e uma das coisas boas que Power Rangers trouxe para nós.

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Peço que os comentários sejam apenas sobre assuntos abordados na matéria. Agradeço desde já.

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