Ultraman Tiga foi exibido pela primeira vez no Japão em 1996 em comemoração aos trinta anos do primeiro Ultraman. O seriado trouxe um herói da série Ultra à televisão depois de um hiato de quinze anos depois da exibição de Ultraman 80 e fez grande sucesso com efeitos especiais avançados para a época e para o formato. Ainda, as histórias tinham um teor mais adulto, semelhante às do Ultra Seven, algumas até com um fundo poético, mas ainda assim eram assistíveis pelas crianças, seu público-alvo principal. Mais tarde o seriado foi exibido no Brasil pela Rede Record em um programa infantil matutino e mais tarde no horário da tarde, mas totalmente retalhado para servir como mero "tapa-buraco" na grade de programação. Até a presente data, esse foi o último seriado de Ultraman a ser exibido no Brasil. E a última vez que Ultraman Tiga apareceu por aqui foi no filme Super Herói Ultraman 8 Irmãos, exibido no canal pago HBO.
O seriado foi um novo marco zero nas séries Ultra, iniciando outra continuidade. O Ultraman não seria mais um ser alienígena de M78, mas uma espécie de deus guardião de uma antiga civilização que habitava a Terra há trinta milhões de anos atrás. No entanto, ao ver que a Terra estava em paz, ele e os outros de sua espécie se transformaram em luz e abandonaram a Terra, deixando para trás seus corpos em forma de estátuas de pedra. Daigo Madoka, um soldado da GUTS, o time de defesa da Terra, descobre que possui o DNA dos povos da antiga civilização. Por isso, com o auxílio de um artefato chamado Spark Lens, ele podia se transformar em luz e se fundir a uma dessas estátuas e se tornar o Ultraman Tiga.
Mais tarde ele descobre que não é o único a ter esse poder. Keigo Masaki, presidente da Cytech Corporation, dotado de grande inteligência e condicionamento físico, descobre uma das estátuas em uma escavação em Kumamoto. Keigo analisa a estátua e descobre seu mecanismo e que ele mesmo também descendia dos povos antigos. Demonstrando sua superioridade física e intelectual, ele rouba o Spark Lens de Daigo e o instala em uma máquina para se fundir com a estátua e, segundo ele, ascender a uma nova escala evolucionária para governar os inferiores seres humanos. Ele consegue seu intento e se torna o Evil Tiga.
Curiosidades: Keigo Masaki foi interpretado por Takashi Koura, que havia feito o personagem Lucifer no seriado Cybercop, que também passou no Brasil na Rede Manchete. Esse seriado apresentava efeitos especiais grotescos, mas tinha uma história e personagens bem construídos. Um dos diretores de Ultraman Tiga também trabalhou em Cybercop, Hirochika Muraishi, que demonstrou o que podia fazer com mais recursos disponíveis. Ainda, é possível encontrar atores do elenco de Cybercop fazendo participações especiais em Ultraman Tiga, como os heróis Marte, Saturno e Mercúrio e o vilão Dr. Ployd. No seriado subseqüente, Ultraman Dyna, aparecem os atores que interpretaram o herói Jupiter e o vilão Barão Kageyama.
O conteúdo da caixa. O modelo vem com mãos intercambiáveis e duas peças de efeitos. Na verdade, deveria haver outra peça que representa o Evil Beam, uma bala de energia, mas acabou não sendo incluída. Até existe um comunicado oficial da Bandai pedindo desculpas por isso.
Visão de corpo inteiro. Uma boa representação de um Ultraman corrompido, com o olhar maligno e as linhas em preto. Ele também apresenta um físico bem robusto.
Close do rosto. Vendo bem, a boca parece representar um sorriso malvado. Curioso que mesmo na máscara usada nas filmagens não havia nenhum indício de um orifício por onde o ator podia ver e por isso, o modelo segue a mesma linha.
Diferente das versões Ultra Act do Ultraman Tiga Multi e Sky Type, o cristal da testa é representado com material transparente. Os olhos em material transparente azul também são impressionantes e muito bonitos, com uma textura na parte de dentro.
O modelo apresenta um defeito na modelagem da placa peitoral, que está torta. Infelizmente, o original não é assim, sendo problema do produto mesmo e não é só o meu exemplar. Ele foi feito para ficar assim mesmo.
Diferente dos Ultras da série clássica, o Color Timer não é uma esfera perfeita, parecendo mais com uma pedra e é representado por uma peça em material transparente. Ele pode ser trocado por outra para representar o vermelho. A peça não fica bem presa no peito e por isso pode cair durante a manipulação. É preciso cuidado para não perder.
O modelo é bem articulado, mas devido ao peito muito grosso, ele tem problemas para juntar os braços à frente do corpo.
As articulações dos tornozelos não são muito firmes e é muito difícil deixá-lo se apoiando em um só pé, sendo necessário o uso de suportes. As outras articulações, por outro lado, são bem firmes e seguram bem as poses.
O Evil Tiga não vem com mãos em repouso, mas sim com essas em posições específicas.
Com isso é possível representar sua pose de luta característica.
Estas são as peças de efeito que vêm com o modelo. A peça do raio, o Evil Shot, é uma recoloração do raio Zepelion do Ultraman Tiga.
A peça que representa o acúmulo de energia é uma recoloração da peça que vem com o Tiga Dark e é encaixado no lugar do Color Timer. A diferença é que esta versão é mais escura e é feita em material rígido, enquanto que a do Tiga Dark é em material maleável.
Com isso é possível representar os passos do Evil Shot. Interessante que parte dos movimentos e a posição dos braços no final é o contrário do Ultraman Tiga. O único problema é que, como explicado acima, não dá para juntar as mãos com os braços esticados à frente do peito. Ainda, devido ao peito meis grosso, é um pouco difícil fazer a pose de disparo do raio.
A peça é bem comprida e é colocada como um bracelete.
Pose de vôo.
Comparação com o Tiga Multi Type. Não se trata de uma recoloração, mas de um novo molde, bem mais encorpado. Na verdade, o dublê que usa a fantasia do Evil Tiga é o mesmo que faz a versão Power Type do Tiga.
Keigo Masaki consegue se unir à estátua, tornando-se um super ser. No entanto, como ele se tornou luz com intentos malignos, ocorre uma incompatibilidade que faz com que ele perca a sanidade e não consiga controlar o gigante e começa a destruir a cidade.
Daigo consegue recuperar o Spark Lens e se transformar para deter o Evil Tiga.
A luta é difícil. Os dois têm quase a mesma força.
Por um momento, O Evil Tiga parece levar vantagem.
Mas o Ultraman Tiga consegue se libertar.
O Color Timer dos dois começa a piscar.
Os dois partem para um confronto final de forças.
Tiga cai de joelhos e Evil Tiga parece ser o vencedor.
Mas quem venceu de fato foi o Ultraman Tiga.
Em um útlimo momento de desespero, o Evil Tiga tenta usar o Evil Shot, mas não consegue por estar sem energia.
Tiga usa uma versão especial do Raio Zepelion e consegue destruir a estátua de pedra. Keigo sobrevive, mas enlouquece, sendo levado amarrado a uma maca. Ele ficaria em tratamento até o último episódio, em que é convencido a salvar o Ultraman Tiga.
Junto com o Ultraman Belial. Dois Ultras que acabaram passando para o lado das trevas.
Junto com o Tiga Dark. Interessante que o Ultraman Tiga na verdade era um guerreiro das trevas que se tornou luz, conforme contado no filme Ultraman Tiga The Final Odyssey, enquanto o Evil Tiga foi pelo caminho contrário. Uma relação bem interessante.
Ultraman vs Kamen Rider Super Tag Battle. Será que não soltam um jogo assim um dia desses?
Pensando bem, o Ultraman Tiga teve que enfrentar os inimigos mais difíceis.
E essa foi a apresentação da versão Ultra Act do Evil Tiga. A modelagem é muito boa e é uma representação fiel de um dos piores inimigos do Ultraman Tiga. Ele tem alguns defeitos, mas as qualidades sobrepujam todos eles. Nem dá para notar a placa peitoral torta com o personagem em movimento. Quem gostou do Ultraman Tiga tem que levar o Evil Tiga junto. Se ele ainda estiver disponível na Limited Edition, recomendo a compra. Esse eu digo que “tenho e recomendo”.
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