domingo, 20 de setembro de 2015

Transformers Generations Combiner Wars Decepticon Viper

Saudações.

Desta vez vou apresentar o Decepticon Viper, da linha Transformers Generations Combiner Wars, feito pela Hasbro.





Este é um item que encontrei em minhas andanças em uma grande loja de brinquedos. E ele é bem curioso por conter elementos de outra linha de brinquedos famosa da Hasbro, a G.I.Joe, que nos anos 1980 foi comercializada por aqui pela Estrela sob o nome de Comandos em Ação. Também foi exibido o desenho animado e ele fazia a minha alegria aos domingos, junto com Transformers. Até houve uma mini-série em quadrinhos em que personagens dessas duas linhas se encontraram, mas na época isso era bem raro. Na série em quadrinhos de Transformers até houve uma menção à uma aliança entre os Decepticons e os Cobra, os vilões, mas isso acabou não avançando. Nos quadrinhos de G.I. Joe isso nem foi mencionado. Houve outros encontros, mas somente em histórias em quadrinhos e nunca em desenho animado.

Curiosamente, a própria Hasbro não lançou produtos mesclando elementos das duas linhas na época. Itens nesse sentido até existem, mas são comercializados exclusivamente em convenções de fãs como a BotCon. E agora, finalmente surgiu um item lançado pela própria Hasbro e para venda aberta para o grande público. E o melhor, muito bem sacado.



O conteúdo da embalagem. Somente a figura, o folheto de instruções e um cartão colecionável.


Estranhamente, o cartão só tem a ilustração da embalagem na frente e no verso o logo da linha Transformers Generations, ao invés da ficha do personagem com as especificações técnicas com pontos de Força, Velocidade etc.


A descrição fica na embalagem em quatro línguas. Se isso ficasse no cartão dava para jogar fora a embalagem sem muitos problemas.


Este modelo é feito para venda em vários países, como pode ser visto no fundo da embalagem, e inclui até o Brasil. Vejo também que agora os produtos não são mais feitos na China, mas no Vietnã. Será que os G.I. Joes também são feitos lá agora?


O meu exemplar veio com o braço destacado dentro da embalagem. Felizmente o encaixe foi fácil e não havia nada quebrado.



Visão de corpo inteiro. Trata-se de uma recoloração e remodelagem do Autobot Powerglide, da mesma linha, e por isso a silhueta é a mesma. Devido ao formato do corpo, ele parece bem "simpático" ao invés de "hostil", se não levarmos em conta o rosto.



Close da cabeça. O rosto foi remodelado de forma a se parecer com o Wild Weasel, o piloto do avião Rattler da Organização Cobra. É bem detalhado apesar de ser quase milimétrico.


No peito existe tampografado um emblema do que parece ser a Força Aérea do Cobra com o dos Decepticons na parte de dentro. Antigamente, essa combinação me deixaria bem empolgado, já que eu costumava gostar mais dos vilões na época.


O robô tem uma "cauda" e a parte de dentro é estranhamente detalhada. Mas isso será explicado mais tarde.


As coxas usam um molde bastante usado nos Transformers de agora. Só de olhar essa parte já percebo que se trata de um robô dessa linha.



A cabeça apenas gira para os lados.




Os ombros possuem grande liberdade de movimentos, mas a ausência de articulações giratórias nos antebraços reduz as possibilidades de poses.


Os cotovelos se dobram bem, devido ao mecanismo de transformação.


A cintura é totalmente estática, o que reduz mais ainda as possibilidades.


A abertura das pernas é muito boa.



A perna pode ser girada na altura do joelho. Este, por sua vez se dobra até o ângulo da foto.


Os pés dão boa sustentação à figura, mas só se move para a frente.



 No total, a maioria das articulações deriva do mecanismo de transformação.


Ele até consegue fazer a mesma pose do cartão colecionável, mas não perfeitamente.


Debaixo dos braços existem moldes de mísseis. Lugar curioso para guardar.


Talvez ficasse algo assim. É até engraçado e dá para imaginar o robô caindo de costas depois de disparar devido ao "coice" do lançamento.





Apesar do tamanho reduzido, a transformação não é muito simples. Mas também não é complicada.




O robô se transforma em um avião parecido com o Cobra Rattler, que apareceu bastante no desenho animado.



O Powerglide também se transformava em um A-10 Thunderbolt, o avião em que o Rattler se baseava e por isso foi um bom reaproveitamento do molde.



Uma curiosidade é que os Cobra Rattlers mais tarde foram reutilizados com um novo esquema de cores como os Tiger Rats, da Tiger Force do G.I. Joe.


Na cabine é usada pintura metálica.



Detalhe das tampografias das asas, que são as mesmas do Cobra Rattler original. O molde também é detalhado, com os flaps.


Os lemes não tem nenhuma tampografia.


Detalhes das turbinas, cuja disposição é mais próxima ao do Thunderbolt. O Rattler tinha só uma turbina no meio, um pouco acima do corpo.


Na parte de trás existem detalhes que lembram rodas.





A transformação tem certos "pontos-trava" que têm de ser encaixados corretamente para que o modelo consiga se manter sua forma. Aponto aqui e coloco setas naqueles que são mais difíceis de entender.



A cabeça até que fica bem escondida. Se fosse em modelos mais antigos, ela ficaria com a cara para fora.


Só que as mãos acabam ficando expostas.



Uma coisa que não pode faltar em modelos voadores da Hasbro/Takara Tomy: o trem de pouso. Ele está presente e ainda por cima é retrátil.


No Cobra Rattler, as turbinas ficariam nas asas, que podiam ser giradas, dando ao avião o sistema VTOL (Vertical Take-Off and Landing, Decolagem e pouso verticais). No modelo as asas até giram, mas as peças que seriam as turbinas acabam ficando de cabeça para baixo.


Aquilo nas asas na verdade seriam lançadores de mísseis, que por alguma razão ficam voltados para a parte de dentro, o que não é algo muito inteligente.




Talvez os lançadores sejam multidirecionais, podendo disparar para a frente e para trás.




E existe mais uma transformação.



Seria este modo "arma". E não é algo improvisado, já que as turbinas se movem para a frente, o que não tem nada a ver com as outras formas. Aquele detalhe na "cauda" do robô seria a mira da arma.


A "arma" pode ser segurada pelo trem de pouso por figuras maiores.


Bom, mesmo assim é preciso um pouco de imaginação e boa vontade...


Ele até pode ser usado com uma daquelas bazucas de Super Sentai. O Powerglide ficaria melhor, por ser vermelho, uma cor mais condizente.


No caso dos Jetman fica até melhor que a que eles usam, que é um bugue que se transforma em uma bazuca. E faz mais sentido para um grupo cuja maior característica é o combate aéreo.





Mais algumas fotos (que vendo bem são muito parecidas com as que tirei do Jetfire).


Comparação de tamanho com um Machine Robo (que foi comercializado por aqui como Convert e como Mutante) e com um Mini-Bot (comercializado pela Estrela).


Comparação com uma figura de G.I. Joe (Comandos em Ação). De acordo com a descrição, o Viper seria um drone, talvez algo como os B.A.T. (Battle Android Trooper). O tamanho até é consistente, mas não impõe tanto medo.

E assim tivemos a apresentação do Decepticon Viper, da linha Transformers Generations Combiner Wars, feito pela Hasbro. A figura é bem feita, com boa modelagem e articulações decentes, embora um pouco limitadas. A transformação tem uma complexidade média, adequada para o tamanho. Mas o maior mérito da figura é ela ser bem sacada. O uso do molde do Powerglide se aproveitando da semelhança do modo veicular com o Cobra Rattler foi uma ótima idéia. E ainda por cima dando ao robô um rosto que lembra a máscara do Wild Weasel, o piloto do avião no brinquedo original. A decoração também é fiel, incorporando os símbolos dos dois exércitos e com as mesmas marcas do Rattler. Pena que o formato do robô ficou um pouco simpático, até "bonachão" demais para um inimigo. O nome "Viper" também não é muito apropriado, sendo que o único ponto em comum com os soldados da infantaria do Cobra seria o esquema de cores. E o rosto nem é coberto com aquele escudo plástico reflexivo. Talvez se o nome fosse "Decepticon Rattler" ou "Wild Weasel" mesmo... Mas creio que "Viper" foi escolhido por ser mais fácil de associar à clássica organização do mal.

Esse é um item com o qual eu sonhava nos longínquos anos 1980 e agora, depois de quase trinta anos, consigo ter em minhas mãos, mesmo depois de eu ter perdido um pouco o interesse em G.I. Joe. Comprei por ser um sonho antigo se tornando realidade e não me arrependo, pois a sensação foi a de mexer em um brinquedo da época, embora com muito mais articulações. O tamanho também ajudou, quase igual aos antigos Machine Robo, comercializados aqui como os Mutante, da Glaslite, e os Convert, da antiga Mimo. O modelo pode ser encontrado facilmente por aqui e recomendo para quem era (ou ainda é) fã das duas linhas. E uma pena que não tenha um modelo do mesmo tamanho que se transformasse em um avião como o F-14 para ser um "Sky Striker".

4 comentários:

  1. Nobre Usys!
    Muito bacana ver um review detalhado de uma figura aparentemente "simples", por ser da Hasbro! Fico impressionado com o nível de descrição das fotos, que parece estar nos mostrando a figura fora do monitor! A Hasbro tem se esforçado para criar figuras decentes, mas sempre tem pecado nas articulações. Estou nos Marvel Legends há algum tempo e pude adquirir figuras bacanas como o Wolverine, Punho de Ferro e o Incrível Hulk dos Avengers 2.

    Sempre passo nas lojas de brinquedos e fico viajando com as figuras dos Transformers, que são bem detalhadas e preço até acessíveis (60-120 reais), mas não é bem minha praia! No mais, gosto do final de seus reviews, pois há a interação das peças revisadas com outras do mesmo universo (ou não!).

    Até a próxima!

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    1. Obrigado, Adelmo Veloso!
      Tento mostrar o máximo que posso de cada figura, assim como o que pode ser feito com ela, independente de marca ou complexidade. Por incrível que possa parecer, tenho problemas com estátuas, já que tenho que quebrar mais a cabeça para criar possibilidades.
      Pior que eu ainda tenho que comprar aquela Marvel Legends do Capitão América. E tenho que encontrar uma dessas do Venom. Fui justamente para procurar uma dessas na loja de brinquedos e acabei encontrando essa peça e mais algumas. Nessa, lá se foi o meu orçamento...

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  2. Show de review!

    Fico besta com a engenharia epregada nesse tipo de figura, todas aquelas pecinhas se dobrando e encaixando para mudar a forma da figura. O bagulho é tão bem pensado que vira até arma!

    Tá bem legal esse Viper, principalmente na forma aérea! Realmente ele não parece muito um vilão, mesmo na ilustração do card ele parece mais um herói hehe. Uma coisa que me chamou a atenção é que na ilustração do card ele é bem mais parrudo, acho que na figura deram uma "emagrecida" nele para facilitar as transformações.

    O lance dele ter os mísseis nos braços me fez pensar num golpe bem interessante, mas acho que só funcionaria se os mísseis fossem guiados...

    Genial a ideia de deixar o modo arma para os Super Sentai, é bem no estilo mesmo!

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    1. Obrigado, Ronin!
      Transformers são pequenas obras de engenharia e esse é o ponto delas que me atrai. E algumas vezes, nem precisa ser grande para impressionar. Há um tempo atrás tinha um chamado Sky Stalker que era simplesmente impressionante.
      Originalmente ele era um herói, então tiveram que dar uma forçada para ele ser vilão. Coisa comum em Transformers. Para se ter uma ideia, todos os primeiros eram heróis no Japão e alguns tiveram que ser convertidos em vilões. Por isso o brinquedo do primeiro Megatron tinha aquela cara de Super Robot japonês.

      Eu fiz aquela foto pensando em misseis guiados ou perseguidores mesmo. Mais ou menos como em Macross. Gosto desse tipo de coisa. Pena que míssil tem um tratamento tão ruim em desenhos animados. Sempre são rebatidos ou usam um sistema de interferência.

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