domingo, 20 de junho de 2010

Chogokin Drossel



Chogokin é uma linha de brinquedos que remonta à década de 70, cujo nome em japonês (超合金) significaria algo como "super liga metálica". A linha consiste em "figures" de robôs e heróis com partes em metal ("diecast"), daí o nome. Desnecessário dizer que o brinquedo fez um enorme sucesso no Japão e daí surgiram diversas variantes que imitavam os personagens que representavam, com mecanismos com molas para lançar misseis (ou até mesmo os braços), transformações e combinações. E os personagens representados não se limitavam a robôs e também havia modelos baseados em heróis de seriados japoneses como Go Ranger (ancestrais diretos dos Changeman e dos Power Rangers), com articulações bem limitadas. No entanto, a maioria das "figures" da linha não eram representações fieis dos personagens devido às limitações tecnológicas da época e por isso muitas vezes eram necessárias adaptações nas silhuetas, o que criava alguns problemas. Um exemplo seria nas "figures" de Go Ranger, na qual a personagem feminina tinha formas iguais a de seus companheiros masculinos, e o único diferencial era uma saia em plástico ABS.


O tempo passou e a linha Chogokin passou a ser mais voltada para o público adulto e por isso teve que refinar suas técnicas, lançando produtos com silhuetas e mecanismos mais fiéis à ficção. A linha também se diversificou e passou a representar personagens femininas de forma bem mais fiel. Nisso surgiu o modelo da Drossel, que de certa forma não foge do conceito original, já que representa um robô.
O conteúdo da caixa. A Drossel vem em uma embalagem de isopor. Talvez não seja algo ecologicamente correto, mas traz saudades da época em que os brinquedos vinham embalados nesse material (Bem, eu não pretendo jogar fora mesmo). Também vem com um manual de instruções, uma base e um conjunto de cabeças e mãos intercambiáveis.

A figura em corpo inteiro. À primeira vista, é bem parecida com a versão figma, mas na verdade, ela é bem maior com mais ou menos 18 cm de altura. Os braços e pernas são feitos de metal, o que faz o modelo ficar bem pesado (aproximadamente 500g) e as outras partes são feitas de plástico ABS. Ou seja, um estilo bem fiel à série Chogokin.

O rosto tem linhas mais suaves e arredondadas que a versão figma. No peito e no "cabelo" podemos ver inscrições que foram omitidas na versão figma, mas que estavam presentes na versão Nendoroid. Os olhos têm um aspecto mais "mecânico", parecendo câmeras.

As pernas e pés também têm mais detalhes.

Os conectores dos "cabelos" são mais fieis ao desenho, mas também são mais finos e frágeis.

Um detalhe curioso são esses painéis, que não existem no desenho. Ouvi dizer que eles foram colocados para esconder os parafusos de fixação das partes, mas como eles não são removíveis, não posso dizer se isso é verdade. Mesmo assim, esse detalhe dá um aspecto robótico à figura, dando-lhe um charme à mais.

A cabeça tem um mecanismo de acender os olhos, semelhante à versão Nendoroid. Mas para ligar, é mais complicado, sendo necessário remover a parte da frente da cabeça usando as duas fendas nas laterais e mover um botão no lado de dentro.

O resultado é esse. A luz é bem forte e por isso tive que tirar a foto às pressas para não estragar a câmera. Eram os LEDs que davam o aspecto "mecânico" aos olhos desta versão.

As articulações do pescoço são boas, mas são mais limitadas que a versão figma.

Os ombros tem um sistema de "conexão esférica dupla", com uma esfera dentro da outra.

Isso lhe dá uma boa liberdade de movimentos nos ombros.

Os braços têm articulações semelhantes à figma, mas os pulsos têm movimentos mais limitados.

A cintura é bem flexível, com articulações tanto na parte de cima quanto na de baixo da "esfera".

As pernas são conectadas a uma armação de metal, mas não têm uma abertura muito grande, sendo um pouco limitadas.


Por causa disso, a "figure" não consegue dar chutes altos ou até mesmo esticar as pernas para frente. Os joelhos têm articulações "clicadas", o que ajuda a segurar certas poses, já que as pernas são feitas de metal pesado. O problema é que os "cliques" só têm duas secções, que fixam as pernas somente em ângulos de 90 e 135 graus.

Os pés têm conexões esféricas que permitem que eles sejam posicionados em vários ângulos. Mas são um pouco frouxos, sendo algumas vezes necessários ajustes para segurar a figura em pé.

Diferente das outras versões, é preciso trocar a cabeça inteira da Drossel para usar as unidades especiais.

Com a unidade de luta corporal "Belinda". A figura também tem essas duas mãos para recriar a pose da cena em que ela engana o macaco Schadenfreude.


As partes em azul transparente são feitas de plástico flexível, sendo mais difíceis de quebrar que as outras versões.

A "Belinda" é a unica parte que tem um parafuso exposto.

Com a unidade de vôo "Obruchev". Para isso também é preciso trocar a cabeça inteira.

Instalando estas asas...

... temos o primeiro estágio do modo de vôo da "Obruchev".

Mas para que ela fique completa, é preciso apertar o painel central da unidade.

Isso ativa um mecanismo com uma mola que abre um compartimento na "Obruchev". Depois é instalar as turbinas.

Com isso a "Obruchev" fica com o modo de vôo completo.

Esta é a base, que simula o piso da torre Tempest, casa de Drossel e palco do desenho. Existem imperfeições moldadas nos azulejos e o pino se encaixa no calcanhar da figura para fixá-la.

Junto com a versão figma. Com isso podemos ver várias diferenças. Além do tamanho, que é o mais óbvio, podemos ver que a versão Chogokin puxa mais para o lado robótico da personagem, enquanto a versão figma dá mais ênfase às formas femininas. Ambas têm suas vantagens e desvantagens. A versão figma é mais articulada e mais fácil de manipular. Por sua vez, a versão Chogokin é mais sólida e mais detalhada.

Drossel nos modelos P, M, Manga Comprida e G. Infelizmente não tenho nenhuma da Takara Tomy.


Com isso, concluímos a apresentação da versão Chogokin da Drossel. Aqui temos uma figura bem sólida. As partes em metal contribuem para essa solidez e fazem a figura parecer um robô de verdade. E esta é uma "figure" que se aprecia com o tato. Mexendo nas partes em metal, temos a sensação de mexer em um carrinho em miniatura, daqueles das versões antigas da Matchbox, porque foram usados os mesmos materiais e a mesma pintura. Essas partes têm um "frio metálico" e a textura da tinta é idêntica à desses carrinhos. É uma sensação bem interessante e quase um fetiche, já que essas partes metálicas são justamente as pernas e os braços, e é nas pernas que essa sensação é mais evidente. O peso da figura também é bem agradável. Mas esses fatores também trazem desvantagens. Por exemplo, quem tem carrinhos de metal sabe que a pintura pode se desgastar ou até mesmo descascar com o tempo devido a manipulação excessiva. Ainda, devido ao peso das partes, não dá pra deixar em uma pose muito dinâmica. O preço mais uma vez é um fator a ser considerado, já que é o triplo da versão figma. Mesmo assim, gostei essa figura por sua solidez. A Bandai nos mostra que a série Chogokin não precisa se limitar a representar heróis e robôs, como também pode ser usado para personagens femininas (mesmo que robóticas). E em outubro de 2010 está previsto o lançamento da Miku Hatsune nesse formato.

Ah, sim. Diferente de outras figuras da série Chogokin, Drossel não tem um mecanismo que dispara o braço.

Mas usando a imaginação (e um editor de imagens)...

Podemos fazer ela disparar o "Raio Drossel" (obs.: Drossel não usa nenhum tipo de arma ou raio no desenho).

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