sábado, 2 de abril de 2011

Chogokin Tamashii GX-50 Com-Battler V

Saudações.

Desta vez apresento a versão Chogokin Tamashii do Com-Battler V.



Com-Battler V é um robô capaz de se separar em cinco veículos independentes construído pelo Dr. Nambara para deter a ameaça alienígena do planeta Cambell. O desenho foi exibido pela primeira vez no Japão em 1976, antecedendo o Voltes V. Com-Battler V também foi o primeiro robô em desenho animado a ter um brinquedo que conseguia reproduzir com fidelidade a cena de transformação/combinação de dentro da ficção. O nome Com-Battler V, vem da junção das palavras "Combine" (Combinar), "Battler" (Batalhador) seguido do "V" de vitória (que no nome se pronuncia "vi", como em inglês), que também seria o algarismo romano para o número "cinco". Com-Battler V fez um enorme sucesso com histórias simples e com um brinquedo nunca visto até então e foi o precursor dos robôs usados em heróis do tipo Changeman.


Ainda, o desenho inovou a dar profundidade ao vilão, General Garuda, líder das forças de combate do planeta Cambell. Garuda era um homem orgulhoso, patriota e devotado a sua mãe, Oleanna, comandante suprema das forças de invasão da Terra. Ele tinha a aparência de um belo jovem, porém quando se irritava ou quando estava em combate, se transformava em um homem-pássaro. Por várias vezes ele duelou com o líder do time Com-Battler, Hyoma Aoi, sendo que uma vez a luta foi com os dois atados a uma corrente. Garuda tinha o apoio de Meer, uma andróide que o amava, porém isso não era correspondido pois segundo Garuda, um cambelliano não pode amar uma máquina. No entanto, quando Meer quase é destruída em uma tentativa de derrotar o Com-Battler V, Garuda descobre a verdade sobre si mesmo e acaba caindo em desgraça. No fim, ele morre em uma luta final com o Com-Battler V.


As forças de Oleanna são derrotadas e tudo parece voltar a paz, mas desta vez, Janera, a própria imperatriz de Cambell decide invadir a Terra, junto com o Comandante Walchimedes e o General Dangel. No entanto, esses vilões não tem tanta profundidade quanto Garuda, se limitando a ser um grupo de "caras maus". Ainda, o final do desenho foi um dos piores, sendo que quem salva a Terra no final não é o Com-battler V, mas um literal "Deus Ex Machina". Mesmo assim, o desenho deu as bases para o desenho sucessor, Voltes V que teve uma história melhor e consolidou o gênero.


Com-Battler V foi um dos primeiros robôs do tipo que eu conheci. Nunca tive a oportunidade de ver o desenho inteiro e acompanhava a versão em quadrinhos publicada em revistas japonesas (na segunda foto é possível ver a forma humana do Garuda no canto inferior esquerdo e Oleanna no canto superior). Era simplesmente impressionante e foi uma das razões para eu gostar de Super Robots. Mesmo em quadrinhos não pude ver a série completa, mas pude saber o resto da história no jogo Super Robot Wars. Ainda, o final é melhor na versão em quadrinhos, na qual o Com-Battler derrota um inimigo poderoso mesmo no maior aperto.


Como ele fez um grande sucesso e foi o iniciador de um gênero, Com-Battler V não podia ficar de fora da série Chogokin Tamashii (ou Soul of Chogokin) e foi o terceiro modelo a ser lançado, sob o código GX-03, que repetiu o sucesso do original. E dez anos depois, surgiu o modelo atual, o GX-50, totalmente reprojetado, com articulações aperfeiçoadas e mais acessórios.


O conteúdo da caixa é altamente extenso. Se existe um ponto negativo no modelo definitivamente não é a falta de acessórios. Ainda, está incluído um livreto de instruções com curiosidades sobre o desenho. Uma delas é que originalmente o robô era para ser composto por nove veículos.


Este é o Battle Jet, que forma a cabeça do robô, pilotado por Hyoma Aoi, o líder do time Com-battler (ou time Battle). Hyouma é obcecado por velocidade e é bem inconseqüente, mas tem senso de justiça. Talvez por ser orfão e ter crescido sozinho sem a ajuda de ninguém, ele é duro com aqueles que têm pais e bondoso com aqueles que são como ele.


Assim como no Volt Cruiser, um dos componentes do Voltes V, segurando o avião de cabeça para baixo faz aparecerem pequenos canhões dos lados.


Um painel acima da cabine esconde outra arma, o Magne Laser.


No desenho, o avião podia extender duas lâminas em forma de catavento, o Dos Breacher, que não vem incluído no conjunto, mas está disponível no modelo GX-03. Aparentemente a lâmina do GX-03 pode ser usada nos conectores deste modelo, mas não posso confirmar, já que não tenho a versão anterior.


O modelo tem trens de pouso retráteis.


Comparação com o Volt Cruiser. Podemos ver que o Cruiser se parece mais com um avião. Na verdade a cabine do Battle Jet também se abre, mas não consegui fazer isso no meu exemplar.


Este é o Battle Crasher, um bombardeiro que forma o peito e os braços do Com-battler V. É o veículo que tem mais armas, pilotado por Juzo Naniwa, franco-atirador, sarcástico e que vive brigando com Hyouma, embora na verdade os dois tenham o mesmo nível de inteligência (que não é muito alto).


O modelo mesmo não tem nenhuma caracterísitica especial. As asas são de material maleável, e por isso mais difíceis de quebrar, mas no meu exemplar, uma delas veio torta.


Comparação com o Volt Bomber. Nesse caso ganha o Crasher, que lembra um pouco os bombardeiros Stealth (não sei dizer se esse tipo de avião já existia na época ou ele já era conhecido).


Battle Tank, que forma o corpo do robô. Diferente do Volt Panzer, ele não pode voar. O piloto é Daisaku Nishikawa, o típico grandão forte de bom coração, que sonha em ser desenhista de histórias em quadrinhos. Ele vem da região de Kyushu, no sul do Japão e por isso fala no dialeto sulista do país.


O tanque vem com dois braços extensíveis que normalmente ficam dentro do corpo. As esteiras são de borracha sintética e se movem como em um tanque de verdade.


Como peça opcional é possível instalar este canhão de 360mm. Isso faz com que ele pareça mais com um tanque. No desenho, esse canhão se retraia para dentro do veículo, mas não foi possível fazer isso no modelo, que usa uma peça separada.


Comparação com o Volt Panzer. O Panzer parece mais com um tanque, enquanto o Battle Tank só consegue se parecer com um pedaço de robô mesmo. Mas os braços do Battle Tank são mais articulados e o modelo vem com um canhão, o que o favorece um pouco mais.


Battle Marine, submarino que forma as pernas do robô. O veículo é pilotado por Chizuru Nambara, neta do Dr. Nambara e especialista em biologia marítima e medicina. Nutre sentimentos por Hyouma, mas não é correspondida (muito devido à falta de tato do Hyouma). Em tempo, ainda hoje Chizuru é considerada uma das personagens femininas mais bonitas dos desenhos de Super Robots.


O veículo tem trens de pouso retráteis, sendo que os das pernas são paineis giratórios.


É possível instalar duas garras para simular as cenas em que o Battle Marine transporta o Battle Tank. No desenho, essas garras são retráteis, ficando escondidas dentro do veículo. Com o Battle Tank o veículo fica estável e não cai.


Comparação com o Volt Frigate. Com as "torres" o Frigate parece mais com um submarino, enquanto o Marine parece mais com um avião duplo.


Battle Craft, veículo de reconhecimento que forma os pés do robô e pilotado por Kosuke Kita, menino gênio que já estudou em uma universidade americana apesar de ter idade para estar no primário e usa óculos do tipo "fundo de garrafa". Interessante que o herói Jaspion tem um veículo parecido.


As brocas são retráteis e as rodas possuem suspensões.


As duas metades do veículo são unidas por um imã.


Comparação com o Volt Lander. O Battle Craft se parece mais com um veículo de reconhecimento e tem formas mais adequadas para mergulhar no subterrâneo, apesar dos conectores dos pés provavelmente atrapalharem.


- LET'S COMBINE!!!

Para que a combinação possa ser realizada é preciso que as ondas cerebrais dos cinco pilotos estejam sincronizadas. Uma condição difícil, levando em consideração os temperamentos do Hyouma e do Juzo. Em Voltes V, esse sistema era mais simples bastando pressionar um botão e dar um comando de voz. Em compensação, o Com-Battler conta com uma barreira eletromagnética que impede que os veículos sejam atacados durante a combinação, enquanto o Voltes não conta com esse recurso.


A combinação é muito parecida com a do desenho. Um ponto que precisa de cuidado é o encaixe do Battle Crasher com o Battle Tank, que pode arranhar a pintura dos veículos.


- COM!


- BATTLER!


- V!!!




Visão em corpo inteiro do robô. Uma cópia altamente fiel ao desenho. Ou melhor, o robô saído do desenho. Assim como o Voltes V, ele é quase todo feito em metal. As peças com as esteiras do tanque não ficam muito bem presas e caem a toda hora, o que é um pouco frustrante.


O rosto do Com-Battler V é altamente característico com o "V" da testa. No brinquedo original, o rosto tinha uma boca debaixo da máscara, mas isso foi omitido nesta versão.


A cabeça fica em uma conexão esférica com grande liberdade de movimentos.


Os ombros são bem flexíveis e têm mecanismos escondidos que permitem que o robô possa unir as mãos com os braços extendidos para a frente.


Os cotovelos têm articulações duplas e podem ser girados até certo ponto.


Removendo essa peça do ombro é possível fazer com que o cotovelo gire mais.


Os dedos se movem todos de uma vez e o polegar pode ser girado para simular a mão fechada. Os pulsos também giram.


As coxas não são muito flexíveis. É possível extender as articulações, mas não melhora muito.


Os joelhos podem ser girados, mas essa articulação não é muito firme e muitas vezes gira sem que queiramos.


Os joelhos possuem articulações duplas, mas isso não é muito útil levando em consideração a falta de abertura das coxas. Ainda, essa articulação é bem frouxa, o que causa problemas graves em algumas poses.


Assim como no Voltes V, é possível recolher as mãos para colocar outras mais proporcionais.


Assim o robô fica bem mais bonito.


Removendo a "fivela" é possivel instalar uma peça de efeito usada para simular o robô disparando um míssil de seu estômago, o Big Blast.


A ponta do míssil pode ser trocada por esta que simula o disparo de mini-ogivas independentes, o Big Blast Divider.


...... Por favor, não me faça pergunta difícil.


Os paineis das canelas podem ser trocados por estes com espinhos para simular o Cutter Kick. Pena que a abertura das pernas não é suficiente para fazer o chute.


Instalando-se essas peças de efeito...


... é possível simular uma das armas mais icônicas do Com-Battler V, o Choudenji Yo Yo (algo como Ioiô Eletromagnético). As pontas dos ioiôs são bem afiadas, fazendo dele um brinquedo perigoso (tanto dentro quanto fora da ficção). Cada peça de efeito do "cordão" eletromagnético tem um lado certo para ser colocado.


Usando-se este conector em uma das peças de efeito e este ioiô maior é possível simular o Double Cutter, uma versão mais poderosa da arma.


As mãos menores têm conectores para instalar outra arma...


... as Twin Lancers, duas adagas (lanças?) muito usadas na segunda parte do desenho. As lâminas são cromadas e bem detalhadas.


As Lancers podem ser combinadas em uma espada dupla. Acho que esse foi o primeiro personagem a usar uma arma assim.


As Lancers seriam transformações das asas do Battle Crasher, mas não foi possível reproduzir isso no modelo por razões óbvias.


Unindo os dois braços na frente do peito e instalando essa peça é possível simular o Wonder Rest, um dispositivo de onde saem várias armas.


Uma delas é o Choudenji Crane (algo como Guindaste Eletromagnético). Não sei explicar o motivo do nome dessa arma.


Outra arma é o Battle Garegga. Apesar do nome de um jogo obscuro do Sega Saturn, essa arma é uma garra que foi usada uma vez para deter um ataque inimigo. A garra abre e fecha.


Outra arma disponível é o Atomic Burner, um poderoso lança-chamas. O modelo GX-03 vinha com duas peças separadas que podiam ser usadas pelo Battle Crasher.


O golpe fatal do Com-Battler V. Primeiro ele dispara o Choudenji Tatsumaki (algo como Furacão Eletromagnético) que imobiliza o inimigo em um campo eletromagnético.


O robô então extende o Crystal Cutter para dar o golpe...


O Choudenji Spin (Giro Eletromagnético), no qual ele gira e voa em direção ao inimigo como um torpedo e o atravessa como se fosse uma broca. Algo semelhante ao golpe do personagem M. Bison (Vega) da série de jogos Street Fighter.


Instalando-se essas peças extras...


É possível recriar uma forma veícular para o Combattler V: o Gran Dasher. Pode não parecer, mas isso é oficial.


Um modo que eu improvisei colocando um monte de armas.


O Voltes V até consegue fazer uma coisa parecida, mas não fica muito bem.


O modelo vem com este suporte que permite colocar todos os acessórios.


As placas do suporte têm detalhes esculpidos que fazer parecer as paredes de uma base secreta. O toque final é o lugar para colocar o canhão que fica bem em cima do logo do Com-Battler V.


Lado a lado com o Voltes V. Como foi dito na apresentação do Voltes, muitos fãs acham o Com-Battler mais bonito, mas eu mesmo não saberia dizer qual deles é melhor. Uma coisa interessante é que um tem os pontos fortes e os pontos fracos que o outro não tem.


Quando coloquei os dois juntos, por alguma razão não consegui deixar de sorrir. Foi um sorriso largo e de muita satisfação ao ver os dois heróis lado a lado depois de tanto tempo sonhando com isso. Por isso para mim pouco importa qual dos dois é mais bonito. Os dois juntos são invencíveis.


Toda a frota reunida. Pena que não dá para fazer trocas de peças.


Golpe combinado: Gran Dasher Corte em V.


E com isso tivemos a apresentação da versão Chogokin Tamashii do Com-Battler V. Assim como o Voltes V, esse modelo é muito bonito. Ele tem defeitos como as articulações frouxas nos joelhos e a falta de abertura nas coxas, o que frustra bastante na hora de fazer algumas poses, assim como as peças com as esteiras do tanque que se soltam com muita facilidade. Mas a quantidade de acessórios e a modelagem compensam. Esse foi um dos robôs da minha infância e sempre sonhei em ter um desses. Na verdade eu já mexi no brinquedo original, que era de um amigo, quando era criança, mas esse modelo é totalmente superior. É o robô saído do desenho mesmo e do jeito que eu me lembrava das histórias em quadrinhos. O preço é altíssimo, mas quem tem o Voltes V tem que ter esse também e vice-versa. Os dois irmãos eletromagnéticos unidos são uma visão impressionante (mesmo que no desenho eles nunca tenham se encontrado). E junto com o Mazinger e o Getter Robo dá para fazer uma tropa de Super Robots. Esse eu recomendo para fãs do desenho e para os fãs do jogo Super Robot Wars.




Coleção colateral nº 2: efeitos de raios. Bom, pelo menos são mais úteis que cebolinhas.

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