S.H. Figuarts Akiba Red

Saudações.

Desta vez vou apresentar a versão S.H. Figuarts do herói Akiba Red do seriado Akibaranger, feita pela Bandai.

Depois do enorme sucesso de Gokaiger, a Toei resolveu criar um seriado de Super Sentai voltado para o público adulto em uma parceira com a Bandai, que foi chamado de 非公認戦隊アキバレンジャー (Hikounin Sentai AKIBARANGER, algo como "Esquadrão Não-Oficial Akibaranger"). Como tema, optou-se pelo bairro de Akihabara (às vezes abreviado como "Akiba", daí o nome do seriado), a Meca da subcultura nerd do Japão. O seriado seria uma paródia metalingüística das séries Super Sentai, com um forte tom de comédia e cheio de internetês e outras gírias usadas por nerds. Mas para filmar o seriado, foram chamados nomes de peso como o diretor Ryuta Tazaki e o roteirista Naruhisa Arakawa, os mesmos de Gokaiger. Para a música, foi chamado Kenji Kawai, de Ultraman Nexus e Corrector Yui. Apesar de ser uma paródia, as cenas de ação e os efeitos especiais não deviam nada aos chamados "oficiais", sendo até melhores. E como a série foi exibida de madrugada e era voltada ao público adulto, houve várias liberalidades muito usadas em seriados mais antigos, mas que foram abandonados nos atuais.

Curiosidades: a música-tema é cantada por Haruko Momoi, dubladora/cantora que é um dos símbolos do bairro de Akihabara e que fez a voz de Komugi Nakahara em Nurse Witch Komugi-chan, que também tem um forte conteúdo nerd. A cantora virtual Miku Hatsune também foi usada para efeitos vocais nas vinhetas de intervalo e em algumas músicas do seriado.

O Akiba Red é Nobuo Akagi, de 29 anos e fã incondicional dos seriados Super Sentai e de um desenho de grande sucesso dentro da ficção, 二次嫁学園ズキューン葵 (Nijiyome Gakuen ZUKYUUN Aoi, "A Escola dos Ídolos Virtuais Z-Cune Aoi"). Ele trabalha em uma empresa de entregas, a Sasaki Ponpoko Delivery e tem a mania de sonhar acordado, se imaginando como um herói. E é essa capacidade de fantasiar que faz com que ele seja escolhido pela Dra. Hiroyo Hakase para se tornar um membro dos Akibaranger e defender a paz de Akihabara. A doutora lhe dá uma figura da personagem Aoi que se converte em uma pistola e é esse o ítem de transformação dos Akibaranger, o MMZ-001 Moe Moe Z-Cune, que transforma as fantasias de seu possuidor em força. Com isso, Nobuo acredita ter realizado seu sonho em ser membro de um dos Super Sentai, mas logo é informado de que para ser um, ele tem que ser reconhecido como tal e ter seu próprio programa na manhã de domingo. Desde então, ele decide lutar para que um dia os Akibaranger sejam reconhecidos como Super Sentai.

Nobuo logo encontra seus inimigos, a Corporação do Mal Stealth Marketing, e utilizando seu vasto conhecimento das séries Super Sentai, consegue levar os Akibaranger à vitória. O que ele descobre no fim do primeiro capítulo é que sua luta não é real e o aparelho só faz com que seu usuário passe a delirar acreditando que está lutando contra o mal, que também é imaginário. Ao saber disso, Nobuo desanima, mas logo se recupera ao descobrir que ele pode se comunicar com seus heróis dentro do seu mundo de fantasia, o que faz com que ele retome seu objetivo.

Ainda, assim como os Gokaiger podiam usar as "Grandiosas Forças" dos Super Sentai, os Akibaranger usam as "Absurdas Forças" dos Super Sentai, que vêm no formato de armas especiais.

O conteúdo da caixa. Só as mãos intercambiáveis, dois cachecois e a MMZ-001. Também está incluído um folheto de propaganda dos produtos de Akibaranger. Fora isso mais nada, nem mesmo uma peça de efeito. Na verdade, tem até uma frase na própria embalagem reclamando da falta de acessórios.

Visão de corpo inteiro. A figura é bem caprichada e vendo bem o visual é até mais elaborado que os seriados Super Sentai "oficiais".

"Close" do rosto. Lembra os capacetes de Super Sentai mais antigos, com uma boca esculpida. No capacete foi usada pintura esmaltada para ficar fiel ao seriado. O visor não é uma peça transparente. Essa parte da cabeça que lembra uma "franja" é usada como uma serra dentro do seriado (é sério!).

A placa peitoral e abdominal usam peças em material transparente. Na placa peitoral podemos ver a palavra センタイ (Sentai) escrita de forma estilizada e o símbolo dos Akibaranger, o 非 ("Hi" de "Hikounin") mais a letra "A". No fundo existem detalhes que lembram circuitos e placas de metal.

Nas costas existe um conector duplo, provavelmente para a Absurda Força dos Jetman, que virá na versão S.H. Figuarts do vermelho desse grupo, o Red Hawk. Mas os conectores também podem ser usados para as Soul Stages, as bases com suportes da Bandai. Só para variar, as bases para figmas e Revoltechs também funcionam.

O cachecol pode ser trocado por outro, que parece tremular ao vento, um item mais usado por Kamen Riders e raramente por Super Sentai. Dentro do seriado, ele acabava sendo usado pelos vilões para prender os braços do Akiba Red.

O antebraço pode ser girado na parte da foto, o que dá mais mobilidade ao braço.

A troca das mãos é bem fácil e suave.

O cinto é uma peça separada do corpo e dos lados existem conectores de função desconhecida no momento, pois nem no seriado eles conectavam alguma coisa no cinto.

As coxas são extensíveis e seguem o mesmo esquema das S.H. Figuarts de até agora. Uma pena que a articulação da coxa seja um pouco frouxa e ela acaba caindo com o peso da perna em poses de chute alto. Na coxa esquerda, está tampografada a palavra "Sentai" escrita em modo estilizado.

As botas têm uma modelagem muito mais complexa que a dos personagens de seriados Super Sentai "oficiais", com joelheiras e cintas.

Até mesmo a sola do sapato é modelada.

Os pés têm um sistema de articulações multidirecional que dá bastante estabilidade. No meu exemplar, a dobradiça do tornozelo é um pouco dura.

A figura é bem articulada, podendo até fazer algumas poses mais ousadas.

O único acessório é o MMZ-001 Moe Moe Z-Cune no modo pistola. Apesar do tamanho, a modelagem é soberba, até com o símbolo dos Akibaranger tampografado. No cabo também podemos ver o que seria o "cabelo" do modo "figura". Pena que não está incluído o aparelho nesse modo.

Ainda, a placa do peito é muito grossa, o que impede que o Akiba Red segure a pistola com as duas mãos e com os braços extendidos.

Outras poses do seriado podem ser feitas sem nenhum problema.

A primeira leva do Akiba Red inclui três Soul Stages para os Akibaranger.

As bases tem os nomes dos Akibarangers tampografados a no canto podemos ver as letras ア ("A"), キ ("Ki") e バ ("Ba").

Os suportes até vêm com garras para segurar, mas como dito antes, os pinos podem ser presos aos conectores das costas.

Certo seria cada base vir com cada personagem, mas a Bandai vai no raciocínio de que quem vai comprar um vai acabar comprado todos. E o pior é que ela está certa.

E assim terminamos a apresentação da versão S.H. Figuarts do Akiba Red, feita pela Bandai. Pelo que eu soube, o seriado foi feito tendo em vista esta versão em figuras articuladas. Sendo assim, a transição é perfeita e a figura é de alta qualidade. De fato, é uma das melhores da linha. O ponto fraco seria a falta de acessórios, mas isso será compensado com outras figuras S.H. Figuarts dos guerreiros "oficiais" que apareceram no seriado e lhes deram armas extras, as "Absurdas Forças". E aqui mais uma vez vemos a estratégia de marketing da Bandai para vender mais figuras. Não posso negar que funciona. Mesmo assim, recomendo a figura e até mesmo o próprio seriado para quem gosta do gênero Super Sentai. Existem muitas piadas de bastidores e até mostram como são feitas algumas cenas, o que pode ser bem instrutivo. De fato, a maior lição que ficou para mim foi "o que importa é o que a câmera mostra e o que aparece na tela".

A seguir, Confronto em Akihabara.