Saudações.
Desta vez vou apresentar a versão Live Stage da figma da Miku Hatsune, feita pela Max Factory.
Este item é uma reedição/recoloração da figma Miku Hatsune, figura que fez um enorme sucesso no seu lançamento em 2008. E desta vez, ela vem com mais acessórios e expressões diferentes.
Esta versão esteve disponível para venda por tempo limitado durante a Wonder Festival do verão de 2009 no Japão, sendo que um de seus objetivos era promover as vendas da di:Stage, a base-suporte feita pela Max Factory, que está incluída no conjunto e que serve para montar um mini-diorama.
O conteúdo da caixa. Além dos acessórios da versão regular, estão incluídos muitos outros, inclusive um bem curioso.
Este é o di:Stage e os componentes do mini-diorama em um kit de papel, do tipo destaque e monte, que era bem popular nos anos 80.
Também estaria incluída uma peça para substituir outra que teria vindo com defeito, mas o meu exemplar veio com a embalagem vazia. Bom, deu para montar sem problemas.
Visão de corpo inteiro. Como se trata de uma recoloração da versão regular, a modelagem em si não traz novidades.
É só que esta versão (esquerda) tem uma pintura metalizada no colete, bem mais clara que a original (direita).
A expressão que vem de fábrica é igual a uma que veio na versão original, mas com os olhos voltados para a frente. Com isso, ela fica um pouco mais fácil de usar.
Esta outra expressão é bem plácida, como se a Miku estivesse se preparando para cantar.
Como se trata de uma reedição, as peças de expressão de um modelo são totalmente compatíveis com o outro.
Da outra vez não pude fazer uma apresentação muito detalhada e por isso aproveito a oportunidade agora de ver alguns pontos mais de perto. Um deles é o cabelo, bem moldado, com a divisão direitinho. Os "rabos-de-cavalo" são presos por articulações figma e podem ser movimentados e girados.
Os característicos auriculares com microfone são esculpidos e pintados detalhadamente.
A figura tem o número 01 tampografado no braço, mas a inscrição "HATSUNE MIKU" teve de ser transformada em uma linha devido ao tamanho. Na época não havia como escrever algo tão microscópico (e mesmo assim não poderia ser vista a olho nu). As mangas têm detalhes esculpidos direitinho.
A articulação do ombro segue o mesmo sistema usado atualmente. Só para variar, é preciso manipular com delicadeza.
Nos braços estão tampografados os consoles com "touch screen". Vendo com os olhos de agora não parece grande coisa, mas mesmo assim é bem detalhado.
Como dito antes, o colete agora tem uma pintura metálica (não é cromada). Devido às limitações tecnológicas da época, não tem a inscrição "VOCALOID" no bolso, mas a modelagem com as dobras é fenomenal.
A gravata é uma peça separada do corpo direitinho.
A característica cinta com estampa em serrilha das VOCALOID2 também está presente.
Vendo bem, a coxa foi modelada para parecer apertada pelo elástico das botas.
As botas têm pintura que parece enamel e tem direitinho as pintas verdes que representam luzinhas no joelho e no pé.
Assim como na versão anterior, está incluído este microfone com uma base-suporte.
O microfone pode ser colocado na mão da Miku.
Como não pode deixar de ser, estão incluídas as duas cebolinhas.
Desta vez, o conjunto inclui um teclado semelhante ao que veio na versão Chogokin.
O teclado é bem esculpido e os botões e instrumentos são tampografados. Curiosamente a inscrição é "VOCALOID1" ao invés de "2".
O conjunto inteiro. O teclado ajuda a dar mais completude ao modelo.
O item mais curioso do conjunto é essa cabeça extra, com um visual bem bizarro.
É preciso "transplantar" os "rabos-de-cavalo" da cabeça normal para esta para completar. No meu exemplar, o cabelo saiu junto com a articulação figma e por isso tirei a da que veio na cabeça extra para completar.
O rosto é simples, mas bem estranho. Sinistro até.
A primeira vez que vi essa cabeça foi em um vídeo da Miku cantando a música ネギの祀り謳 (Negi no Matsuri Uta, algo como "Canção para louvar a cebolinha"). Como dá para imaginar ela é bem perturbadora.
Na verdade, ela foi usada pela primeira vez em um vídeo da música ハジメテノト (Hajimete no Oto, ou "A Canção do Início"). O impacto é menor, mas ainda assim o vídeo é bem estranho.
Como provavelmente esta é a única vez que vou usar essa cabeça, tirei fotos de várias poses.
Hum... Perturbador.
Mas tem algo nela que faz ter vontade de colocar em mais poses.
OK. Vamos passar para o mini-diorama.
Antes, sobre a di:Stage. Este é um item muito útil e que está presente na grande maioria das minhas apresentações.
A base vem com um suporte articulado semelhante ao das figmas, mas com uma garra removível.
O braço na verdade é um pouco mais curto que o usado nas figmas. Na foto, uma comparação entre os dois.
Estão incluídas quatro "tampas" para fechar os espaços da parte de baixo.
Existe um vão entre a tampa e a base, de modo que é possível colocar um papel no meio. Isso é bom para criar cenários para mini-dioramas. Na página das figmas existem vários modelos que podem ser usados para isso: http://www.figma.jp/ , na seção de Download.
A base tem vários orifícios de modo que o suporte pode ser instalado em vários pontos.
Também estão incluídos esses braços com prendedores nas pontas.
Os braços podem ser usados para segurar pequenos itens, como folhas de papel. É bem útil para segurar "balões" de falas de histórias em quadrinhos ou onomatopéias impressas em papel ou acetato.
A base tem orifícios de dois tamanhos diferentes, sendo um para o suporte articulado e outro para os prendedores. Mas estão incluídos adaptadores de tamanho para que um tipo de acessório possa ser conectado no orifício reservado para o outro.
Também está incluído este prendedor para papéis para o suporte articulado, que pode ser trocado pela garra.
Esta peça serve para conectar dois di:Stages para fazer cenários maiores. É possível conectar nos quatro lados.
Usando-se essas duas peças...
... é possível conectar duas bases para formar um degrau. Isso é bom para cenas de luta aérea.
E finalmente estão incluídos estes pinos que servem para prender papéis ao piso da base.
Como que para demonstrar o potencial das di:Stages, está incluído esse kit de papel para fazer uma cabine de som. Ele não usa cola, mas apenas encaixes. Pensei em fazer uma cópia, mas desisiti, pois cada folha tem frente e verso e cada peça vem com cortes e picotes para facilitar a montagem.
O kit é muito bem pensado e usa as peças da di:Stage de forma bem conveniente.
Basicamente é preciso montar essas quatro secções. É bem trabalhoso e levei quatro horas para montar.
O kit inclui essas asas para a Miku, que devem ser colocadas entre a figura e o pino conector da base-suporte.
É preciso instalar primeiro o teclado. O melhor é colocar os pés primeiro no espaço reservado e depois o teclado por cima.
O espaço reservado tem um prendedor para os pés do teclado. O ideal seria prender, mas quem for usar o teclado para outras coisas pode deixar solto mesmo.
Depois é posicionar a figura com o suporte articulado. Como ela fica em um lugar elevado, usei o suporte mais curto, da di:Stage mesmo.
Aqui eu vi o quanto o kit foi bem pensado. Um dos adaptadores de tamanho foi usado na parte mais elevada para ficar mais fácil de colocar o suporte.
E finalmente é instalar o topo da cabine de som. Para isso usei o braço mais longo, que veio no suporte figma.
Depois é instalar as peças do console e da tela holográfica.
O resultado é este. Fica bem luxuoso e mostra que é incrível o que se pode fazer apenas com papel e com boas idéias.
Foto da cabine sozinha. Me esforcei, mas o resultado ficou sendo esse. Uma pessoa que é boa mesmo faz com que nem pareça ser feita de papel.
A cabine tem várias partes que representam alto-falantes.
Visão de dentro da cabine.
Esse console foi a parte mais difícil para mim, já que eu não sabia qual parte ficava para fora. Por causa disso, algumas dobras estão até meio esbranquiçadas por eu ter dobrado nos dois sentidos. Também podemos ver alto-falantes na parte de dentro.
Esta peça talvez sirva para representar uma tela holográfica.
A cabine tem um mecanismo interessante. Ao puxar esta aba...
... o teto se abre. Não parece grande coisa, mas dá para ver que não queria fazer apenas uma cabine.
Como a cabine é presa pelo suporte aritculado, ela pode ser posicionada em vários ângulos.
Com isso, é possível criar uma cena em que a Miku vai começar o concerto.
Agora a Miku pode fazer seu show ao vivo.
Junto com a versão Chogokin. Apesar de partes cromadas e da base mais luxuosa, a versão Chogokin agora parece um pouco incompleta sem a cabine.
Com a Miku Append. Combina até um pouco melhor.
Para instalar as asas na Miku Append é preciso colocá-las entre o pino do suporte e a garra, como na foto.
Show dos Vocaloids.
E assim termino a apresentação da figma Miku Hatsune Live Stage Ver. feita pela Max Factory. Apesar de ser uma reedição, ela vem com um monte de peças e acessórios extras que já são um bom motivo para se conseguir uma. A cabine de som é muito bem pensada e projetada. Dá bastante trabalho para montar e as instruções estão em japonês, o que dificulta as coisas para quem não entende esse idioma. Mas o resultado é surpreendente e compensador, mostrando bem o que pode ser feito com as di:Stages. Montando esse kit de papel, me senti como se tivesse voltado aos meus tempos de infância e foi uma experiência bem agradável (também me fez ver que eu era bem mais inteligente quando era criança, já que nessa época eu não sentia tanta dificuldade). A venda já esgotou e não é possível encontrar muitos exemplares desse modelo, mas recomendo a compra caso seja encontrado.
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