domingo, 31 de março de 2024

幻夢戦記レダ - Leda - The Fantastic Aventure of Yohko

Saudações.

Desta vez vou falar do anime 幻夢戦記レダ (Genmu Senki LEDA, título em inglês: Leda - The Fantastic Adventure of Yohko), de 1985, feito pela Kaname Production.




Yohko Asagiri é uma estudante do colegial que pretende se declarar para a pessoa que ama secretamente há um ano e cinco meses. Ela compõe uma canção com todo o seu sentimento e grava em um fita. A menina finalmente vai se encontrar com seu amado, ouvindo sua canção em um gravador portátil para ganhar coragem. Porém acaba não conseguindo dizer o que sente.


Yohko se decepciona consigo mesma e súbito, o mundo parece se distorcer e ela cai em uma fenda interdimensional, onde quem a espera é Zell, um misterioso homem que quer se apoderar do que ele chama de "O Coração de Leda", que estaria com a menina.


Yohko escapa e desperta em um estranho mundo alienígena. Ela se encontra com um cachorro falante chamado Ringhum, que explica que o lugar se chama Ashanti e que a menina provavelmente vem de Noah, a Terra Selada, cuja miragem tem aparecido no céu. Os dois mundos eram conectados, porém Ashanti era assolada por muitas guerras e então a Deusa Leda separou os dois mundos, depositando suas esperanças em Noah.


As forças de Zell a encontram e Yohko acaba caindo em uma flor. De dentro dela, ela emana uma misteriosa energia, que os soldados de Zell dizem ser uma "Grandiosa Força de Leda", que dá à menina uma armadura em forma de biquíni e uma espada que permite que ela rechace seus inimigos.


E então, Yohko, agora a Guerreira de Leda, precisa encontrar um meio de voltar ao seu mundo. A chave para isso está na canção que ela compôs, cuja fita foi levada por Zell, que pretende decifrá-la e usá-la para invadir o mundo dos humanos. E ela contará com a ajuda de Ringhum e de Yoni, a Pitonisa de Leda. E também com as Asas de Leda, uma nave que se transforma em um enorme robô, a Armadura de Leda.


Porém, Zell já percebeu que precisa de Yohko para ativar o poder de Leda e está esperando por ela em Garuba, seu castelo no céu.



Leda é o que provavelmente chamaríamos atualmente de "Isekai", literalmente "Outro Mundo" em japonês. Um história em que o/a protagonista, geralmente uma pessoa qualquer, acaba indo parar em um mundo de fantasia, muitas vezes medieval. Agora é um grande gênero, e não se trata de algo novo mas ainda assim é um tema que encanta pessoas de várias eras e várias nacionalidades, sendo que temos como grande exemplo o desenho americano Caverna do Dragão, que fez um grande sucesso por aqui nos anos 1980.

Uma das características de Leda é a presença de um robô, mas isso também não é novidade, sendo que em 1983 havia Aura Battler Dumbine, que fala de um jovem japonês que tem um Poder Aura, necessário para operar máquinas insectoides chamadas Aura Battler, e se torna um Paladino em um mundo de fantasia habitado por fadas e monstros (embora no começo passe por várias derrotas). E mais tarde, em 1993 haveria Guerreiras Mágicas de Rayearth, que também tinha robôs e falava de três meninas estudantes do Ginásio que acabam indo parar em um mundo mágico e tendo que salvá-lo para poder voltar à Terra.


Leda foi lançado diretamente para vídeo em 01/03/1985 ao invés de cinema ou televisão como seria usual. Era um novo formato chamado OVA (Original Video Animation), sendo que Leda foi um dos primeiros nesse sentido. Era uma aposta arriscada, já que o vídeo-cassete ainda não estava tão difundido e cada fita custava bem caro. Mas apesar do alto preço, de 12 mil ienes, o anime teve uma boa vendagem, com uma saída de mais de 30 mil unidades. Só mais tarde, em 21/12/1985 houve uma exibição no cinema.

O anime foi lançado em vídeo aqui no Brasil também, em 1989 pela Everest Vídeo, em uma versão dublada, simplesmente com o título Leda. Porém acabou passando despercebido entre tantos outros desenhos animados e sem uma boa divulgação. Ou seja, bem antes de Rayearth já havia aqui um Isekai com uma protagonista feminina e com robôs.


O roteiro foi feito por Junki Takegami, que trabalhou em várias séries Tokusatsu na Toei, na Toho (Cybercop) e na Tsuburaya (Ultraman R/B), em conjunto com o diretor Kunihiko Yuyama, que anos depois trabalharia nas séries Pokémon.

A história em si é simples, com uma protagonista cujo grande objetivo é o de recuperar a fita com a música e declarar seu amor. E essa jornada em um outro mundo é o que lhe dá coragem para cumpri-lo, depois de encarar a possibilidade de ficar presa lá para sempre. E pior, o de ter seu mundo invadido por uma força alienígena.

O ponto central é esse, sendo que salvar o mundo acaba sendo apenas algo secundário, uma consequência. Yohko apenas quer resolver uma questão que é a coisa mais importante de sua vida. Ou seja, ela não luta pelos outros, mas por si mesma, por algo que ela deseja, o que diverge dos modelos preestabelecidos de "Heróis" até então.

Foi com esse conceito que o projeto começou, de acordo com o produtor Masamichi Fujiwara. No começo ele achou que seria difícil convencer os outros funcionários da Kaname Production, por ser um projeto totalmente original, sem se basear em outras mídias como mangás ou livros, ou encomendado por alguma empresa de brinquedos. Mas a equipe estava bem motivada, dando várias ideias até chegar ao produto final. E outra diretriz seria a de equilibrar as partes fantásticas e as séries, para que o espectador no fim sinta uma catarse.

Realmente isso foi realizado. Em apenas 72 minutos foi possível contar a história inteira da jornada de Yohko, que é tão somente sua busca por si mesma, enfrentando seus receios, e conquistando sua coragem.


Assim como a história, os personagens são bem simples, lineares. E são poucos, só o mínimo necessário.

Temos em primeiro lugar a protagonista, Yohko Asagiri. Uma estudante do colegial como outra qualquer, porém sensível, com talento para música. Mas ao enfrentar seus inimigos, ela mostra ser valente e firme. Tanto que a menina resiste à sedução de Zell, que é forçado a apelar para seus poderes mágicos para dominá-la.

O cachorro Ringhum é o mascote e o alívio cômico do time, que se auto intitula um "andarilho buscador do conhecimento". Porém ele é importante para situar Yohko em Ashanti e saber parte de sua história e também perceber que a chave para que ela possa voltar para casa é a música que compôs.

Yoni, a Pitonisa de Leda, tem gênio forte apesar de sua baixa estatura. E também é fundamental para contar mais sobre Ashanti, sobre o que é o Coração de Leda e como Zell tomou o poder que deveria ter sido usado para restaurar este mundo.


E finalmente temos Zell, o vilão de aparência elegante. Ele também não tem muita profundidade, mas fica claro que sua intenção é a de abandonar o mundo de Ashanti, que se tornou um enorme deserto ao ser devastado por guerras, e invadir e o mundo dos humanos, Noah. Para isso ele não escolhe meios, sendo que ele traiu e matou vários de seus antigos colegas do Culto de Leda, o que atesta sua crueldade.

A Deusa Leda é só um conceito e não aparece no desenho de nenhuma forma, seja alguma estátua, gravura ou mesmo a voz. Ela não dá nenhuma instrução, porém aparentemente é ela quem pediu ajuda a Yohko e lhe deu o Coração de Leda para que não caísse nas mãos de Zell. Mas não há nada que confirme isso diretamente, o que faz com que ela fique envolta em mistério.

O mesmo pode ser dito do pretendido de Yohko, em que só dá para saber que ele é do time de futebol da escola e tem uma silhueta elegante. Nem seu rosto é mostrado e sua voz é a de Zell, dentro de uma ilusão criada pelo vilão.

O elenco é composto por gente de renome no ramo de interpretação com voz, como por exemplo a saudosa Hiromi Tsuru, que faz o papel de Yohko. Temos também o veterano Kei Tomiyama como Ringhum e Chika Sakamoto como Yoni. E para interpretar Zell foi chamado Shuichi Ikeda, com sua voz característica, suave, porém intimidadora. Os vassalos e soldados de Zell foram interpretados por Mahito Tsujimura, Kozo Shioya e Koji Totani. E tem um servo robô com a voz de Naoko Watanabe.


Leda é famoso por ter popularizado a "Armadura Biquíni" no Japão, sendo que várias outras obras seguiram por esse caminho, entre elas Dream Hunter Rem e 超次元伝説ラル (Chou Jigen Densetsu RALL), da linha Cream Lemon (lançado no Brasil como A Lenda Extra Dimensional, na linha Sonhos Molhados). E o maior expoente é a série de jogos Phantasm Soldier Valis, sendo que o título original 夢幻戦士ヴァリス (Mugen Senshi VALIS) e o nome da protagonista, Yuko Asoh, são bem parecidos com os de Leda.

Akira Toriyama aparentemente foi um dos que beberam dessa fonte, considerando os visuais da Chichi, de Dragon Ball, que apareceu pela primeira vez na edição de novembro de 1985, e da "Guerreira", das séries de jogos Dragon Quest.

A vestimenta de Yohko é sensual e realça suas belas formas que podem ser vistas na cena em que ela pilota uma hoverbike, porém sem ser vulgar. De fato, o anime não tem cenas de nudez e a única conotação sexual poderiam os nomes de Yoni e Ringhum, que são palavras que designam respectivamente os órgãos genitais feminino e masculino em hindu (Ringhum viria de Lingham).


Isso é mérito da desenhista de personagens, a divina Mutsumi Inomata, que também é a Diretora de Animação do anime. Inomata, falecida recentemente, era uma animadora e ilustradora altamente reconhecida por seus colegas de ramo, e é famosa por ter feito os desenhos de personagens das séries de games Tales of, da Namco. Porém seu currículo é muito mais extenso, tendo outros trabalhos como UtsunomikoCyber Formula, e Brain Powerd, entre tantos outros.

Seu estilo é bastante peculiar, com um traço etéreo, fantástico. E ela usava técnicas que não eram convencionais como por exemplo usar pó de conchas para dar brilho para o cabelo de um de seus desenhos.

Inomata conta que trabalhou em Leda em uma época em que ainda não estava firme no ramo e tinha que tomar um rumo para sua vida. E que foi um grande desafio criar os designs do zero por ser uma obra totalmente original. O projeto teria começado em 1984 e ela comenta que foi um ano altamente trabalhoso, porém gratificante.


O Design Mecânico ficou por conta de Takahiro Toyomasu, e os robôs que aparecem no anime são bem fora do convencional, com um aspecto rústico ao invés de tecnológico. Como se fossem algo feito em uma antiga civilização, com engrenagens e mecanismos rudimentares, movidos a corda. As cabines de comando não têm vidros cobrindo tudo, deixando o piloto exposto. Não são usadas armas de longo alcance, como lasers ou algum tipo de raio mágico, ou mesmo algum armamento externo como espadas ou arcos. Pelo contrário, os robôs se valem exclusivamente de força bruta, com movimentos que dão a impressão de massa e gigantismo.

Ainda assim, as Asas/Armadura de Leda tem uma silhueta elegante, esbelta, lembrando um Battroid Valkyrie de Macross, inclusive com os propulsores nas costas. E também tem as hoverbikes dos soldados de Zell, que normalmente ficam um formato que lembra cavalos com duas pernas e também servem para dar o impulso inicial antes de flutuar e se mover em alta velocidade.


O OVA foi feito pela Kaname Production e comercializado pela Toho. A Kaname era um estúdio de animação bastante conhecido por seu capricho, sendo que ela trabalhou com várias grandes empresas, como a Toei Animation. Em Hokuto no Ken (Fist of the Northstar) a diferença de qualidade nos episódios animados pela Kaname realmente saltava os olhos.

E de fato, a animação em Leda é bem dinâmica. Em especial a cena de perseguição com hoverbikes dentro de um vale com uma caverna. Em um corte, Yohko aciona as pernas da hoverbike que ela pilota, para chutar uma parede e evitar se chocar com ela para poder fazer uma curva. Algo bem típico dos anos 1980, em que os corredores e túneis também eram animados, com os personagens correndo por eles. E há várias cenas assim em Leda.

As lutas são altamente movimentadas, com Yohko se desviando dos ataques com saltos e atacando com a espada. Existe bastante tensão no ar nas partes em que ela encara um inimigo e fica parada, esperando por uma brecha, empunhando a espada. Ou então quando ela luta contra um inimigo gigante que a leva nas costas com a lâmina enfincada.


A arte é caprichada, representando bem um "Outro Mundo", com uma fauna e flora próprias. Inclusive com detalhes mostrando como é o ciclo de vida de Ashanti, como frutos que brotam do chão de caules que se movem, e se desfazem no ar, liberando pequenas sementes. Mesmo assim, o que predomina é o deserto.


As ruínas do Templo de Leda são bem desenhadas, mostrando como é a arquitetura desse mundo. Mas não há cidades ou algo que represente o estilo de vida de seus habitantes. Ficou apenas o que é necessário para a história e para mostrar que se trata de um mundo alienígena.



As músicas são outro ponto a se notar, com inserções de canções que representam como Yohko se sente em cada cena. A abertura, 行方不明のハートたち (Yukue Fumei no HEART tachi, algo como "Corações Perdidos") fala de uma menina apaixonada que não consegue declarar seu amor. Ela conhece bem a pessoa que ama, seus trejeitos, sua cor favorita e sabe que meninas bondosas é que fazem seu tipo. Mas que por mais que se esforce, não é notada, ficando em um "Amor em Mão Única".

A do meio, ひとりぼっちのドリーマー (Hitoribocchi no DREAMER, "A Sonhadora Solitária"), fala do desejo de voltar para casa, mas não poder. Ela se compara a um gatinho perdido, se perguntando se ela está sonhando e percebendo que é real. Só que na verdade está perdida em seus sentimentos, algo que combina com as cenas em que ela explica para Yoni e Ringhum o que significa a canção que ela compôs e o porquê de tê-la feito, em um tom de videoclipe.


E o encerramento, 風とブーケのセレナーデ (Kaze to BOUQUET no SERENADE, "Serenata de Ventos e Buquês"), tem um quê de decisão, de se abrir realmente. Que a menina se faz de forte e treme, mas não gosta de lágrimas. Que ela não consegue mais segurar seus sentimentos ao ver de longe a pessoa que ama.

Os temas de fundo têm uma ampla gama, com temas românticos, heroicos, como quando Yohko se transforma na Guerreira de Leda, e exóticos, quando Yoni explica o que é o mundo de Ashanti e o Culto de Leda. A composição foi feita por Shiro Sagisu, que mais tarde faria o mesmo em Neon Genesis EVANGELION. Também foi Sagisu quem compôs o tema de abertura e fez os arranjos das outras canções.

A música é citada como um dos elementos principais do desenho e o ponto em que foi tomado mais cuidado. A música composta por Yohko, em especial, é marcante e terna, porém com alguns momentos mais intensos.


Havia planos para se fazer uma continuação, sob o título de 幻夢戦記レダ II (Genmu Senki LEDA II) e inclusive foram compostas as canções e músicas de fundo, porém o projeto não foi para a frente. Mesmo assim, na compilação em CD existem anotações que dão uma ideia de como seria a história.

O namorado de Yohko teria ido embora, deixando-a para trás. Não há detalhes sobre o motivo, mas ela tem esperança de que ele volte. E para aliviar essa tristeza, ela viaja para uma cidadezinha do interior.

As notas trazem elementos que trazem um quê de onírico, como uma mansão antiga, seu dono, que aparentemente surgiu em um sonho de Yohko, um campo de flores de lótus ao som de zumbidos de abelhas e uma menina transformada em uma estátua de cera branca com um anel de prata.

Yohko também descobriria que a lenda de Leda existe no mundo dos humanos e ela é venerada como uma divindade budista nessa pequena cidade, com o nome de 麗佗 (Reda). E seria revelado um templo de Leda com o formato de uma colmeia.

É contado que ela teria um novo confronto com Zell, que da primeira vez é rechaçado com o ataque de um arco e uma flecha que Yohko encontra em um santuário de Reda. E no final ele é derrotado com a Espada de Leda, dado a Yohko pela Deusa. No final ela ficaria sem saber se tudo o que aconteceu foi um sonho, mas finalmente se liberta do que a aprisionava.



Leda fez parte da minha juventude. Conseguir o CD de músicas e depois a própria fita selada em um mercado de usados quando estava estudando no Japão foi uma grande conquista para mim. Vi a versão brasileira tantas vezes que me lembrava de todas as falas. (In)Felizmente não era tão conhecido, pois foi antes do grande estouro do Anime no Brasil trazido por Saint Seiya, então eu sempre conseguia encontrar nas locadoras.

E também é um pedaço da História do Anime, visto que é lembrado até hoje por entusiastas no Japão por ter introduzido novos conceitos, se aventurando em um novo formato de distribuição. Isso sem falar que contou com pessoal que contribuiu para a indústria, anos depois. Quem gosta de Sakuga e tem conhecimentos sobre os bastidores vai encontrar vários nomes familiares nos créditos.

Mas não sei se faria sucesso atualmente, considerando que o mercado está saturado de animes do tipo Isekai. Mesmo tendo uma personagem feminina como protagonista pode não atrair atenção, visto que o tema principal envolve se declarar para a pessoa que ama, algo que não tem mais tanto apelo ao público atual.

Leda é um produto de sua época e foi lançado no tempo certo, influenciando o mercado e a indústria, já cumprindo seu papel na História. Por essa razão também sinto que não caberia um remake. Mesmo assim é uma boa para ver como eram as coisas nos longínquos anos 1980. E perceber que Leda teve seus reflexos nas obras que vieram depois.

O anime foi relançado no Japão em Blu-Ray, com remasterização em 4K em 2019, e está disponível nos serviços de streaming de lá. Existem também versões em inglês, cujo trailer foi incluído no VHS, e em italiano. Quanto à versão brasileira, não sei o que foi feito dela. Se existe alguma matriz esquecida em algum lugar ou mesmo se alguém ainda detém os direitos.

6 comentários:

  1. Salve, Usys! O primeiro contato que tive com Leda foi um poster que a Everest Video distribuiu. Acho que eu ganhei um em uma das primeiras vezes que fui lá em busca de referências sobre os heróis de tokusatsu. A arte era fascinante. Confesso que não lembrava nada da história, mas era sem dúvida divertido. Os direitos devem ter expirado há décadas, e achar o VHS em algum sebo deve ser bem difícil.

    Um bom registro de uma época marcante. Abraço!

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    1. Obrigado, Nagado!
      Eu já não me lembro direito do porquê de ter pegado para ver. Talvez por na época já conhecer Valis. Mas mesmo assim foi uma boa experiência. As canções em especial me chamaram a atenção, assim como a arte.

      Provavelmente quem pegou a licença na época já deve até ter se esquecido desse. E mais um daqueles que fez sucesso no Japão, mas não pegou por aqui. Talvez se tivesse passado na TV...

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  2. Escritora ao dispor e espero que esteja bem por aí. Toda vez que tem postagem nova, sei que está aí e é o que importa.
    Felizmente, cheguei a ver este OVA um tempo atrás e mesmo sendo bem direto, penso que souberam transmitir bem a ideia geral da trama em si. Melhor ser algo simples e compreensível do que algo complexo e sem sentido. Pena que não rolou uma continuação, pelo menos, houve ideias sobre e dá pra imaginar como seria no final das contas.
    Só não sabia de sua fama e influência, dando ao início dos OVA's que estiveram presentes nos anos 80 e 90, maioria obras inéditas, pequenos indícios de mangás famosos ou especiais para animes de TV; da armadura de biquíni que tem sim seus momentos e de uma temática que está bem em voga atualmente, os isekais. Foi interessante saber que foi algo importante pra você, deu pra sentir nas linhas o carinho que tem pela obra e pelas boas lembranças que trouxe à sua pessoa. Sei muito bem como é isso.
    Ótima postagem como sempre, se cuida e até mais!!! Aliás, posso te mandar um e-mail pra falar de Precure e tokusatsu: se quiser umas palavras minhas, fica ao seu critério.

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    1. Obrigado, Escritora!
      Leda tem um lugar especial comigo e fiquei fascinado ao saber que teve importância histórica, sendo um dos primeiros OVAs.

      Se quiser, pode mandar o e-mail. Não tem problema. É só não ter nenhum link estranho ou oferta suspeita.

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  3. Lembro de ter visto esse OVA anos e anos atrás, mas não lembrava de absolutamente nada além da protagonista de biquíni rs. Recentemente com o relançamento em BD, fãs BRs fizeram uma reedição do vídeo com as vozes brasileiras, eu revi duas vezes desde então.

    Eu me impressiono sempre que vejo esse tipo de informação da importância dessas obras, e dá pra ver o capricho da produção desse projeto, que mesmo antigo, é LINDO, bem animado e enxuto. Agora estou curioso pra ver a sequencia pretendida, uma pena não ter rolado.

    Enfim, obrigado pela resenha, depois do falecimento do Toriyama estava meio atordoado com a perda, pois seus trabalhos foram importantes pro meu crescimento e desenvolvimento pessoal, aí saber do falecimento da designer de Leda, que tambem havia trabalhado na franquia Tales of foi ainda mais triste, ainda assim, nos veio em menos de 2 meses mais uma perda, Ziraldo, sério, que ano tenso esse.

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    1. Obrigado, André!
      Além do visual, a primeira coisa que me vem a cabeça com Leda são as canções. Eles botaram bastante força nessa parte.

      Apesar de curto, é eficiente e conta uma história. Esse é um aspecto que eu não tinha notado na época, mas agora percebo que houve também esse cuidado.

      Um monte de gente boa faleceu nesses últimos tempos. Alguns ainda nem com tanta idade. Mas deixaram sua marca e sua influência para o mundo. Muitos animadores admiravam e se inspiravam no trabalho de Mutsumi Inomata e eu gostava de ver seus trabalhos na Animedia.

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Peço que os comentários sejam apenas sobre assuntos abordados na matéria. Agradeço desde já.

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