Hoje se completam 50 anos desde que o primeiro Ultraman foi mostrado ao mundo e que acabou criando uma enorme franquia, ou melhor, uma linhagem que perdura até os tempos atuais. Nisso, em resposta à matéria Ultraman - 50 anos de um gigante da cultura pop japonesa, do Blog Sushi POP, resolvi falar um pouco da minha experiência com as séries Ultra e no impacto que elas tiveram em minha vida. Trata-se de algo bastante pessoal e sem nenhuma objetividade, mas deixo registradas aqui minhas impressões.
Não consigo dizer exatamente quando conheci Ultraman. Desde que tive noção de mundo, já havia em minha casa revistas e livros sobre os Heróis Ultra, provavelmente comprados no bairro da Liberdade em São Paulo para meu irmão mais velho, que tinha visto uma exibição anterior no Brasil. Mas aparentemente, eu acabei gostando ainda mais que ele.
E também havia em minha casa bonecos da Bullmark de vários personagens das séries Ultra (e até outras, como Kamen Rider e Tiger Mask), que vieram em uma caixa de brinquedos dada a meu pai por um colega de trabalho japonês. Eram brinquedos velhos do filho desse colega, que se desfez deles antes de voltar ao seu país de origem. Segundo minha mãe era porque os japoneses detestavam coisas que estavam "fora de moda". Bom, lixo para alguns, luxo para outros. Nos divertíamos bastante e talvez daí tivesse surgido o meu gosto por bonecos.
Boneco do Telesdon, o único que sobrou, e um livro do Ultraman Taro de 1978. Desde essa época eu já conhecia os Seis Irmãos Ultra. |
Mas eu só veria uma série Ultra de fato quando Ultraman foi reprisado pela TVS (atual SBT), creio eu em 1981. As chamadas já me causavam expectativa, pois só o conhecia de fotos e imagens estáticas. E quando foi exibido o primeiro capítulo, fiquei maravilhado ao ver o Herói se movendo de fato e usando vários golpes, arremessos e raios para enfrentar seus inimigos. A sensação poderia ser descrita por uma parte da letra da música-tema do seriado: "Ele chegou! O nosso Ultraman!".
Pouco tempo depois, Ultra Seven foi reprisado na Rede Record (na época o famoso "Canal 7", algo bastante apropriado) e mais uma vez fiquei deslumbrado com o Herói, que se tornou um de meus favoritos. Tanto que foi a partir daí que passei a ter gosto por bumerangues. E na TVS passaram a reprisar O Regresso de Ultraman, preferido de meu irmão, com cenas bastante duras e que me faziam até chorar, tanto de tristeza quanto de emoção.
Todos esses seriados e cada um deles me marcaram profundamente, fazendo minha alegria por muitos anos. É certo que alguns episódios traziam conceitos de difícil compreensão para mim naquela idade, mas ainda assim gostava. E ao revê-los muito tempo depois, percebi que eram valiosas lições de vida.
Curiosamente, eu sabia que se tratava de um programa com atores fantasiados. porém isso não tirava a empolgação e nem a magia de se ver as séries. Aquilo que Yuji Kobayashi dizia em seu livro sobre o mitate era a pura verdade. É só que por alguma razão achava que os monstros eram robôs ou autômatos, como o King Kong que era uma atração de um antigo parque de diversões, o Playcenter. Talvez porque não entrava na minha cabeça que havia uma pessoa dentro de algo com uma forma tão "não-humanoide". E era forte na época a imagem de que o Japão era um país de alta tecnologia e por isso, para mim não era estranho que eles contassem com esses recursos, o que não era verdade.
Ainda no começo dos anos 1980, vi uma fita Betamax de Ultraman em uma daquelas locadoras voltadas à Colônia Japonesa. Era a versão com áudio original e eu estranhei o fato das vozes serem diferentes das da televisão (mas por alguma razão, não o fato deles falarem em japonês). Foi nessa que eu aprendi sobre a dublagem, um outro assunto que me fascina até hoje.
Também foi graças a Ultraman que tive interesse em aprender a língua japonesa. Minha mãe e minha avó me ensinaram os conceitos básicos de leitura (provavelmente cansadas por eu sempre pedir a elas que lessem para mim), e o resto eu aprendi em uma escolinha de japonês perto de minha casa, tendo apoio de livros para crianças com o Ultraman 80.
Eu aprendia rápido e consegui uma boa evolução nessa matéria, mas com o tempo, fui perdendo o interesse e acabei parando. O mesmo aconteceu com Ultraman, que já havia deixado de ser exibido na TV e passei a ler e assistir obras ocidentais, mais fáceis de se obter. Era o período do hiato de produções a partir de Ultraman 80.
O meu interesse por Ultraman se reacenderia em 1991, quando houve um evento na Gibiteca Henfil, no bairro de Vila Mariana em São Paulo que consistia em uma exposição de ilustrações e uma mostra de vídeos de episódios das séries Ultra organizada por fãs em comemoração ao Jubileu de Prata da franquia. Nessa eu encontrei várias pessoas e fiz muitos amigos. Isso me fez perceber a força que Ultraman tinha no Brasil e acredito que foi isso o que motivou o lançamento da série clássica por aqui, com uma nova dublagem.
Também foi nessa época que eu vi a série em quadrinhos de Ultraman G (Great), feita por Kazuhiko Shimamoto e esse foi o meu primeiro contato com o desenhista.
Mais ou menos nessa época havia retomado o aprendizado do idioma japonês e isso me rendeu uma bolsa de estudos no Japão por um ano. Cheguei lá à noite e por isso tive que ficar em um pequeno quarto de hotel até ser levado à minha localidade de destino. Ao ligar a TV, estava passando um noticiário, falando justo do lançamento de um novo Ultraman. Ele era todo vermelho, com orelhas pontudas voltadas para os lados, diferente do que eu havia visto até então. É só que a fantasia usada aparentemente não era muito bem feita e em um momento a Luz de Aviso se desprendeu da roupa e caiu no chão. Mas isso não me impediu de ficar empolgado e logo escrever cartas para um amigo no Brasil noticiando a aparição desse novo Herói, o "Ultraman Zeas", que só muito mais tarde descobri que se grafava "Zearth". Achava que seria uma série de TV, mas na verdade foi feito para o cinema e não foi exibido na cidade onde residi e por isso fiquei sem saber mais detalhes.
Nesse tempo em que estive no Japão, me esbaldei. Estavam disponíveis séries completas de Super Heróis em locadoras, algo fabuloso na época em que eu tinha que garimpar episódios soltos em locadoras especializadas. Uma pena que não tinha tempo de ver tudo, mas pude rever vários episódios clássicos para reavivar minhas memórias e até fazer novas descobertas. Tive contato com os otaku japoneses, que me ensinaram muitas coisas, o que alargou meus horizontes e me fez rever vários conceitos. E isso foi útil anos mais tarde, quando pude finalmente ver Ultraman Zearth. Sem a orientação deles, eu provavelmente não teria entendido e nem percebido o valor dessa obra. Foi com eles também que aprendi a ver Carranger, que era o seriado Super Sentai da época, mas isso é outra história que pretendo contar um dia.
Nessa ocasião também presenciei outro evento, bem mais triste: a morte de Akiji Kobayashi, o Capitão Muramatsu da Patrulha Científica em Ultraman. Foi nessa ocasião que eu soube como se pronunciava o seu nome, que até então pensava ser "Shouji", outra leitura possível para os seus ideogramas. Vi pela televisão cenas do funeral, que contou não só com o elenco da Patrulha Científica, como também com a presença de Hiroshi Fujioka,, o Kamen Rider Nº 1, uma vez que Kobayashi também foi Toubee Tachibana, o Oyajisan, figura importante das séries Kamen Rider. Esse é outro evento que noticiei por carta.
Nos últimos meses de minha estada, surgiu aquele que seria um de meus seriados Ultra favoritos: Ultraman Tiga. Até então eu só vi reprises e vídeos das séries Ultra, mas naquele momento eu estava lá, na hora da estréia. Ia ver ao vivo. A expectativa foi mais ou menos a mesma de quando vi a reprise do primeiro Ultraman e ela não foi correspondida... Foi superada! Ultraman Tiga foi fenomenal! Eu estava diante de um novo Ultraman, totalmente diferente dos de até então. Ele não era mais um alienígena e mudava de forma de acordo com a necessidade. Os efeitos eram de alta qualidade e a história era excelente. Uma pena que só pude ver três episódios, mas consegui gravá-los e trazê-los para o Brasil para mostrar a um amigo meu, que simplesmente adorou.
Achava que nunca mais veria Ultraman Tiga, mas qual a minha surpresa ao saber que ele seria transmitido aqui no Brasil pela Rede Record. Acompanhei a série através de gravações, pois era exibida em um horário em que eu estava fora de casa, mas fiz o possível para não perder nenhum. Infelizmente não foram ao ar todos os episódios, como aconteceu em outros seriados japoneses, e mais tarde foi transmitido de forma fragmentada, como reles "tapa-buraco". Nessa eu percebi que a Rede Record não era mais como quando eu era pequeno...
Mais uma vez me distanciei das séries Ultra por não poder acompanhá-las. Perdi muitas, de Dyna a Mebius. Só conseguia ver alguns desenhos animados japoneses que eram exibidos aqui no Brasil. O distanciamento aumentou quando comecei no meu emprego atual. Abandonei quase tudo e passei a me dedicar ao trabalho. Ganhava bem, tinha alegrias com outros hobbies, como os videogames, mas havia um vazio...
Isso mudaria quando vi o filme ULTRAMAN (conhecido por aqui como Ultraman The Next). Assisti sem nenhuma informação prévia, não tinha ideia do que se tratava e nem de como era o herói. Me surpreendi ao ver uma adaptação mais adulta da série clássica e um Ultraman mais "orgânico", mais... "verossímil" (creio que "real" não seria a palavra adequada nesse caso). Um 真・ウルトラマン (Shin ULTRAMAN, "verdadeiro"), um equivalente ao Shin Kamen Rider. E mais uma vez percebi que gostava de Ultraman.
O meu retorno definitivo à franquia seria com ウルトラマンメビウス&ウルトラ兄弟, conhecido por aqui como Ultraman Mebius & Ultraman Brothers - Yapool Ataca. A única coisa que sabia da série é que Mebius era um novato, o que é explicado no começo do filme. E me emocionei ao ver os atores originais. Chorei. Chorei mesmo. Lágrimas de pura emoção ao me reencontrar com aqueles que para mim eram os Maiores Heróis do Universo. E lá estavam justo os vilões que os haviam derrotado uma vez. Uma verdadeira revivência dos tempos antigos ao mesmo tempo em que era feita a passagem da missão de defender a Terra a um novo Guerreiro.
Ao terminar de assistir, pensei: "ver isso de graça é pecado". Nisso, um colega de trabalho me indicou um site que ele usava para comprar jogos, que também vendia filmes japoneses e com isso consegui comprar o DVD original da série.
Também foi nessa época que passei a colecionar figuras, uma paixão antiga e anos depois resolvi montar o blog. E fiquei sabendo que a Bandai iria lançar uma linha de figuras articuladas das séries Ultra: a Ultra-Act.
A partir daí não parei mais. E além das figuras, foram surgindo filmes, novas séries e a franquia Ultra ingressou em várias outras mídias e gêneros.
Ou seja, Ultraman teve um impacto imensurável em minha vida. Mais do que isso, as séries Ultra, nesses últimos 50 anos influenciaram várias obras e criadores. Hideaki Anno, de Evangelion é o caso mais famoso. Naruhisa Arakawa, roteirista conhecido por seus trabalhos na Toei também é grande fã dos Ultras e de vez em quando coloca referências em seus trabalhos, como na segunda temporada de Akibaranger e uma bem discreta em um capítulo de Zyuohger. E referências às séries Ultra seriam encontradas em uma outra franquia que se tornou minha paixão.
Ou seja, não importa para onde eu vá, mesmo sendo uma obra de gênero e público totalmente diferentes, Ultraman sempre estará lá. Mais uma vez vejo que começar com esta série era meu destino. E justo ela teve a participação de Yuji Kobayashi...
Essa foi a minha história com Ultraman. E ela continua, principalmente agora que os Ultras estão aqui no Brasil, de forma oficial através dos sites de vídeos Crunchyroll e Netflix (em que tenho tentado compensar o atraso), na série em quadrinhos ULTRAMAN, pela Editora JBC, e em DVDs e Blu Rays pela Focus Filmes. Não sei como vai ser o futuro. Talvez eu me distancie mais uma vez, mas sei que sempre irei retornar. Afinal, as séries Ultra são as minhas raízes. A minha família...
Agradeço a você por ler este texto até o fim. Foi algo longo e provavelmente nada divertido. Porém, não posso deixar de mencionar mais uma coisa boa que aconteceu comigo por gostar de Ultraman: o encontro com alguém que exerceu uma grande influência em minha vida.
Essa pessoa é Alexandre Nagado, velho amigo, pessoa íntegra e correta, que me ensinou muitas coisas e sempre me ajudou e me apoiou. Foi graças a ele também que pude ter acesso a várias obras de altíssima qualidade, como Kamen Rider ZO, a versão para cinema de Ultraman Gaia e o programa especial Ultraman Vs. Kamen Rider. Por isso, aqui fica registrado o meu agradecimento a um grande Homem e um grande Amigo, que provavelmente eu não conheceria se não fosse por Ultraman.
Pouco tempo depois, Ultra Seven foi reprisado na Rede Record (na época o famoso "Canal 7", algo bastante apropriado) e mais uma vez fiquei deslumbrado com o Herói, que se tornou um de meus favoritos. Tanto que foi a partir daí que passei a ter gosto por bumerangues. E na TVS passaram a reprisar O Regresso de Ultraman, preferido de meu irmão, com cenas bastante duras e que me faziam até chorar, tanto de tristeza quanto de emoção.
Todos esses seriados e cada um deles me marcaram profundamente, fazendo minha alegria por muitos anos. É certo que alguns episódios traziam conceitos de difícil compreensão para mim naquela idade, mas ainda assim gostava. E ao revê-los muito tempo depois, percebi que eram valiosas lições de vida.
Curiosamente, eu sabia que se tratava de um programa com atores fantasiados. porém isso não tirava a empolgação e nem a magia de se ver as séries. Aquilo que Yuji Kobayashi dizia em seu livro sobre o mitate era a pura verdade. É só que por alguma razão achava que os monstros eram robôs ou autômatos, como o King Kong que era uma atração de um antigo parque de diversões, o Playcenter. Talvez porque não entrava na minha cabeça que havia uma pessoa dentro de algo com uma forma tão "não-humanoide". E era forte na época a imagem de que o Japão era um país de alta tecnologia e por isso, para mim não era estranho que eles contassem com esses recursos, o que não era verdade.
Ainda no começo dos anos 1980, vi uma fita Betamax de Ultraman em uma daquelas locadoras voltadas à Colônia Japonesa. Era a versão com áudio original e eu estranhei o fato das vozes serem diferentes das da televisão (mas por alguma razão, não o fato deles falarem em japonês). Foi nessa que eu aprendi sobre a dublagem, um outro assunto que me fascina até hoje.
Também foi graças a Ultraman que tive interesse em aprender a língua japonesa. Minha mãe e minha avó me ensinaram os conceitos básicos de leitura (provavelmente cansadas por eu sempre pedir a elas que lessem para mim), e o resto eu aprendi em uma escolinha de japonês perto de minha casa, tendo apoio de livros para crianças com o Ultraman 80.
Ultraman Sensei! |
Livros que foram comprados para mim, com meu Herói favorito, o Ultra Seven. O maior, da série Fantastic Collection, eu só conseguiria ler muito mais tarde... |
Mesmo durante o hiato, havia obras sobre as séries Ultra, como Ultraman Kids, que só pude ver em um livro. |
Também foi nessa época que eu vi a série em quadrinhos de Ultraman G (Great), feita por Kazuhiko Shimamoto e esse foi o meu primeiro contato com o desenhista.
Ultraman G (Great), de Kazuhiko Shimamoto. |
Nesse tempo em que estive no Japão, me esbaldei. Estavam disponíveis séries completas de Super Heróis em locadoras, algo fabuloso na época em que eu tinha que garimpar episódios soltos em locadoras especializadas. Uma pena que não tinha tempo de ver tudo, mas pude rever vários episódios clássicos para reavivar minhas memórias e até fazer novas descobertas. Tive contato com os otaku japoneses, que me ensinaram muitas coisas, o que alargou meus horizontes e me fez rever vários conceitos. E isso foi útil anos mais tarde, quando pude finalmente ver Ultraman Zearth. Sem a orientação deles, eu provavelmente não teria entendido e nem percebido o valor dessa obra. Foi com eles também que aprendi a ver Carranger, que era o seriado Super Sentai da época, mas isso é outra história que pretendo contar um dia.
Uma coisa que obtive nessa estada: um CD de músicas de todas as séries Ultra em live-action até então (Q a Powered). Na época algo valioso. Agora, nem tanto. |
Pelúcias que peguei em máquinas de bonecos de lá. Mesmo durante o hiato eram vendidos produtos relacionados às séries Ultra. |
Nos últimos meses de minha estada, surgiu aquele que seria um de meus seriados Ultra favoritos: Ultraman Tiga. Até então eu só vi reprises e vídeos das séries Ultra, mas naquele momento eu estava lá, na hora da estréia. Ia ver ao vivo. A expectativa foi mais ou menos a mesma de quando vi a reprise do primeiro Ultraman e ela não foi correspondida... Foi superada! Ultraman Tiga foi fenomenal! Eu estava diante de um novo Ultraman, totalmente diferente dos de até então. Ele não era mais um alienígena e mudava de forma de acordo com a necessidade. Os efeitos eram de alta qualidade e a história era excelente. Uma pena que só pude ver três episódios, mas consegui gravá-los e trazê-los para o Brasil para mostrar a um amigo meu, que simplesmente adorou.
Achava que nunca mais veria Ultraman Tiga, mas qual a minha surpresa ao saber que ele seria transmitido aqui no Brasil pela Rede Record. Acompanhei a série através de gravações, pois era exibida em um horário em que eu estava fora de casa, mas fiz o possível para não perder nenhum. Infelizmente não foram ao ar todos os episódios, como aconteceu em outros seriados japoneses, e mais tarde foi transmitido de forma fragmentada, como reles "tapa-buraco". Nessa eu percebi que a Rede Record não era mais como quando eu era pequeno...
Mais uma vez me distanciei das séries Ultra por não poder acompanhá-las. Perdi muitas, de Dyna a Mebius. Só conseguia ver alguns desenhos animados japoneses que eram exibidos aqui no Brasil. O distanciamento aumentou quando comecei no meu emprego atual. Abandonei quase tudo e passei a me dedicar ao trabalho. Ganhava bem, tinha alegrias com outros hobbies, como os videogames, mas havia um vazio...
Isso mudaria quando vi o filme ULTRAMAN (conhecido por aqui como Ultraman The Next). Assisti sem nenhuma informação prévia, não tinha ideia do que se tratava e nem de como era o herói. Me surpreendi ao ver uma adaptação mais adulta da série clássica e um Ultraman mais "orgânico", mais... "verossímil" (creio que "real" não seria a palavra adequada nesse caso). Um 真・ウルトラマン (Shin ULTRAMAN, "verdadeiro"), um equivalente ao Shin Kamen Rider. E mais uma vez percebi que gostava de Ultraman.
O meu retorno definitivo à franquia seria com ウルトラマンメビウス&ウルトラ兄弟, conhecido por aqui como Ultraman Mebius & Ultraman Brothers - Yapool Ataca. A única coisa que sabia da série é que Mebius era um novato, o que é explicado no começo do filme. E me emocionei ao ver os atores originais. Chorei. Chorei mesmo. Lágrimas de pura emoção ao me reencontrar com aqueles que para mim eram os Maiores Heróis do Universo. E lá estavam justo os vilões que os haviam derrotado uma vez. Uma verdadeira revivência dos tempos antigos ao mesmo tempo em que era feita a passagem da missão de defender a Terra a um novo Guerreiro.
Ao terminar de assistir, pensei: "ver isso de graça é pecado". Nisso, um colega de trabalho me indicou um site que ele usava para comprar jogos, que também vendia filmes japoneses e com isso consegui comprar o DVD original da série.
O DVD japonês, ao lado da versão brasileira, que seria lançada mais tarde e bem mais barata (quase 1/10 do preço)... Mas não me arrependo. |
Também foi nessa época que passei a colecionar figuras, uma paixão antiga e anos depois resolvi montar o blog. E fiquei sabendo que a Bandai iria lançar uma linha de figuras articuladas das séries Ultra: a Ultra-Act.
O primeiro modelo da linha: o Ultraman. |
A partir daí não parei mais. E além das figuras, foram surgindo filmes, novas séries e a franquia Ultra ingressou em várias outras mídias e gêneros.
Quadrinhos, romances... O Multiverso Ultra se expande cada vez mais. |
Cure Happy, de Smile Precure! assumindo sua forma mais poderosa, a "Ultra". Aquele papo de "Ultra Happy" não era à toa... |
Essa foi a minha história com Ultraman. E ela continua, principalmente agora que os Ultras estão aqui no Brasil, de forma oficial através dos sites de vídeos Crunchyroll e Netflix (em que tenho tentado compensar o atraso), na série em quadrinhos ULTRAMAN, pela Editora JBC, e em DVDs e Blu Rays pela Focus Filmes. Não sei como vai ser o futuro. Talvez eu me distancie mais uma vez, mas sei que sempre irei retornar. Afinal, as séries Ultra são as minhas raízes. A minha família...
Agradeço a você por ler este texto até o fim. Foi algo longo e provavelmente nada divertido. Porém, não posso deixar de mencionar mais uma coisa boa que aconteceu comigo por gostar de Ultraman: o encontro com alguém que exerceu uma grande influência em minha vida.
Essa pessoa é Alexandre Nagado, velho amigo, pessoa íntegra e correta, que me ensinou muitas coisas e sempre me ajudou e me apoiou. Foi graças a ele também que pude ter acesso a várias obras de altíssima qualidade, como Kamen Rider ZO, a versão para cinema de Ultraman Gaia e o programa especial Ultraman Vs. Kamen Rider. Por isso, aqui fica registrado o meu agradecimento a um grande Homem e um grande Amigo, que provavelmente eu não conheceria se não fosse por Ultraman.
Grande Usys! Cara, obrigado pela consideração demonstrada tantas vezes, e especialmente neste post. Fico contente por ser uma referência positiva.
ResponderExcluirE veja só, perdemos contato por anos e fomos retomar contato justamente por causa de Ultraman. Eu estava buscando informações sobre action figures de Ultras e comecei a fazer umas conexões depois de ler vários posts da "Casa". E descobri que o Usys222 era um velho e bom amigo com quem havia perdido contato. E que já quebrou muitos galhos para mim e foi extremamente generoso várias vezes. Conto nos dedos de uma mão as amizades de décadas e você está entre essas pessoas que sou afortunado por ter como amigo-irmão e manter contato.
Valeu pela força e apoio de sempre!
Grande abraço!
Quem agradece sou eu, Nagado!
ExcluirSó para variar, sua capacidade de observação me impressiona. Me lembro daquela vez em que você me disse que Saburo Yatsude (Hatte) não existia e que suspeitava ser um pseudônimo coletivo da Toei, e isso sem recorrer a qualquer tipo de material de consulta, só pela dedução, já que não existiam fotos do tal "criador". E como sabemos, você acertou na mosca!
E mais uma vez, cito sua integridade. Você sempre dava um jeito de retribuir a quem colaborava. Isso era algo que eu admirava e ainda admiro.
Passamos por várias coisas juntos, pesquisando sobre a Cultura Pop japonesa. Tivemos alguns atritos de vez em quando, mas no fim percebia que você estava certo. Tive que deixar as coisas por um tempo, mas voltamos a nos ver. E estou contente com isso! Agradeço pelo apoio e pelo crédito dado a mim. Eu tinha que dizer isso e agora tenho a oportunidade, com essa Data Comemorativa. Obrigado! Por tudo!
Nobre Usys!
ResponderExcluirQue massa, cara! Li do início ao fim - e antes que esqueça - sim, foi muito divertido. Não sou conhecedor da série, como já falei várias vezes. Vi um episódio ou outro do Ultraman Tiga, mas não entendia direito porque era bem novo. Interessante que me identifiquei bastante com sua matéria, que no meu caso seria Os Cavaleiros do Zodíaco. Minha paixão por mangá, animes e bonecos veio por meio deles.
Sei bem como é se distanciar de nossos heróis por um tempo e depois retornar!
E que bacana essa amizade, meu nobre. Tenho visto que é de longa data, mesmo! Devo a vocês dois um bocado, tanto em termos de action figures quanto em termos de mangás! Parabéns pelos 50 anos de série e pelo trabalho excepcional dos Blogs!
Nagado, se tiver lendo isso aqui, mando um abraço pra ti, meu nobre. Acompanho seu trabalho há um bom tempo, também.
Até mais!
Obrigado, Adelmo! Por entender o que eu sinto por Ultraman. E também entendo que Cavaleiros do Zodíaco deve ter significado o mesmo para um monte de gente.
ExcluirAqui uma revelação: durante essa viagem ao Japão, eu comprei toda a coleção em mangá de Saint Seiya em uma loja de usados, assim como os VHSs dos especiais de cinema. Mas acabei dando tudo para uma amiga que era mais fã que eu. Ainda temos contato e de vez em quando vou lá dar uma lida.
Que história bacana, Usys! Li o post do início ao fim sem esboçar qualquer sinal de cansaço! Isso porque me identifico com vários elementos que você mencionou. Já deixei meu relato particular sobre a minha relação com as séries Ultras no blog do Nagado: http://nagado.blogspot.com.br/2016/07/ultraman-50-anos.html
ResponderExcluirAgora algo interessante que fez eu refletir enquanto lia o texto: você disse que foi graças ao Ultraman que várias coisas aconteceram na sua vida (o interesse por action figures, a alfabetização em língua japonesa, o interesse por outras produções do gênero...) Certamente, cada uma dessas coisas também desencadeou uma série de tantas outras. Não só na sua vida como na de pessoas que certamente são influenciadas direta ou indiretamente por você. É o tal do efeito dominó que desencadeia uma série de transformações exponenciais que eu sempre menciono. No meu caso particular, costumo dizer que a 10ª edição da revista Herói acabou sendo um divisor de águas na minha vida, pela série de transformações que ela proporcionou. E aí sempre vem aquela pergunta: "e se o Ultraman nunca tivesse existido?" Isso poderia ter muito bem ocorrido de várias formas: Eiji Tusburaya poderia ter desistido da carreira de produtor audiovisual antes de 1966; Godzilla ou Ultra Q poderiam ter sido um fracasso; a Toho poderia ter contratado outra equipe pra filmar Godzilla... enfim: o que mortais como nós, hoje, estariam fazendo se Ultraman nunca tivesse existido? Acessando esse blog que não seria. hehehehehehe!
Aliás, acho que isso até poderia render um bom plot para uma série Ultra, já que o tema "multiverso" é uma constante. Já pensou??
Aliás, Usys! Onde é que você estaria agora se nunca tivesse conhecido o gigante da M78?
Obrigado, Bruno!
ExcluirInteressante você ter "pego" mesmo a franquia com Nexus. No meu caso foi The Next que veio me trazer de volta. E talvez devido à memória afetiva (minha e da equipe de produção) tenha gostado de Mebius.
Difícil dizer o que aconteceria se Ultraman nunca tivesse existido. Mas sei que o tokusatsu, e ouso dizer que muito da Cultura Pop japonesa não seria como conhecemos agora, já que muita gente do ramo sofreu influências ou até mesmo já trabalhou com as séries Ultra. Mas uma coisa é certa: sem Ultraman não existiria Jaspion.
E já existem várias obras em que os Ultras vão para universos em que eles não existiam, como a primeira temporada de Ginga, o filme do Gaia e Ultraman 8 Brothers.
Onde eu estaria agora se nunca tivesse conhecido Ultraman? Provavelmente no mesmo lugar, mas seria uma pessoa muito (mais) chata com uma vida totalmente sem cor... Ou na pior das hipóteses, já teria morrido se não fosse o "Não desista!" do Nexus.
Poxa, Usys222, esse foi provavelmente o texto mais pessoal que eu já vi na Casa (seja aqui ou no outro blog) e ele também me encheu de nostalgia. Eu gosto bastante de Ultraman e vi várias das séries com meus sobrinhos recentemente, inspirado pelo entusiasmo que você demonstra em seus textos. Mas minha verdadeira fonte de inspiração é Shotaro Ishinomori e eu poderia escrever uma história muito parecida com a sua sobre como ela se desenvolveu ao longo dos anos (ironicamente, eu também estudei e aprendi a ler japonês por causa do meu interesse em conhecer melhor o trabalho do Ishinomori). Hoje em dia eu ainda escrevo sobre ele, mas só em inglês, já que grande parte da sua carreira é desconhecida para o resto do ocidente e eu pretendia ter um alcance maior desde que o Maximum Cosmo acabou.
ResponderExcluirE que grande surpresa ao saber que você e o Alexandre Nagado eram velhos amigos! Ele sempre tinha algo a comentar nos meus velhos artigos e ajudou bastante na divulgação deles, por isso fico surpreso com quão pequeno é esse mundo! E por falar nisso, apesar de nunca ter conhecido você pessoalmente, preciso dizer que trocar aquelas mensagens com você no velho fórum do Tokusen teve grande impacto na minha vida também. Eu era só um adolescente de 15/16 anos na época, sem grandes pretensões além de falar sobre séries e videogames inspirados em tokusatsu, mas foi com você que aprendi a me interessar mais a fundo sobre a natureza dessas histórias. A quantidade de informações que aprendi durante aquelas conversas sobrevive comigo até hoje e me fez querer saber mais sobre tudo também. Segredos das produções, quem eram os roteristas, os produtores, histórias dos bastidores e quanto o trabalho daqueles artistas falavam sobre suas vidas e experiências pessoais. Você me ajudou a transformar um campo de interesse em um verdadeiro trabalho de pesquisa, sempre em busca de mais e mais informações.
E você é um das poucas pessoas nesse ramo que eu sempre confio. Esse mundo de blogs e internet deu voz a uma inteira geração de desinformados. Rumores se tornam verdades em um piscar de olhos e as pessoas tomam eles como regra sem nunca questionar sua natureza. Mas você toma o que faz com um nível de profissionalismo raramente encontrado em pessoas dedicadas a escrever sobre esse genêro e também me inspirou a ser assim. Não aceitar verdades feitas, ir atrás da informação. O Alexandre Nagado uma vez disse que eu era provavelmente o maior especialista em Shotaro Ishinomori no Brasil, algo que me deixou um tanto embaraçado, mas também cheio de orgulho. E hoje em dia, eu admito, essa é provavelmente uma verdade. Eu fui o único a ir atrás dessa informação, o único que realmente buscou compreender quem realmente foi Shotaro Ishinomori ao invés de apenas "O Reginaldo Rossi japonês que criou o Kamen Rider". Mas acho que aquilo foi só um fruto do que eu aprendi com você naquele ponto da minha vida. Hoje estou morando nos Estados Unidos com aspirações de me tornar um cartunista e tenho um projeto de um livro sobre Shotaro Ishinomori que pretendo escrever com minha esposa. Não sei se nada disso teria acontecido se não fosse por aquelas longas conversas que nós tivemos. É como se parte da minha história tenha acabado de se revelar para mim. Então, posso dizer que, indiretamente, tudo começou com o Ultraman!
Obrigado, FelipeOnodera!
ExcluirNão é exagero dizer que você é o maior especialista em Shotaro Ishinomori no Brasil. Aquele texto contando sobre o Mestre foi extremamente esclarecedor. Sabendo que Ishinomori era um homem que gostava de novidades e que odiava ficar preso a antigos conceitos, imagino o tormento que foi ser bombardeado por pedidos de continuação de Cyborg 009. E sinto que esse texto é bem atual...
Pesquisar sobre as coisas é uma atividade prazerosa. A gente descobre coisas incríveis. Também é bom para entender como as coisas funcionam e o porquê delas serem como são. Fico contente em ver que tem mais gente interessada em fazer essas pesquisas e questionamentos. Eles ajudam muito a expandir nossa visão e é sempre bom ter compreensão das coisas.
Ser cartunista e ainda por cima nos Estados Unidos é um caminho bem duro. Mas o fato de se mudar para aí já mostra bem o seu 覚悟 (kakugo). Nessa é bom não se esquecer dos ensinamentos de Shotaro Ishinomori, especialmente aqueles sobre inovação.
Ótimo texto, Usys! Eu contei a minha experiência com Ultraman nos comentários do post do Nagado, e é sempre interessante ler os relatos de como a franquia afetou outras pessoas.
ResponderExcluirCostumo imaginar o que Eiji Tsuburaya diria se soubesse, no dia em que o primeiro episódio de Ultraman foi ao ar, não só que dali a 50 anos seu herói ainda estaria em evidência com novas produções, mas que também motivaria textos tão pessoais como o seu e o do Nagado, escritos por residentes em um país tão distante e de cultura tão diferente como o Brasil.
Ah, o texto foi realmente longo, mas divertido e de leitura muito agradável - como, aliás, são os seus outros posts.
Obrigado, Ricardo! Li seu depoimento também e vi que a sua história é bem parecida com a minha. Ainda sinto saudades do antigo "Canal 7" com todos aqueles desenhos legais.
ExcluirEiji Tsuburaya gostava de crianças. E por ter feito a alegria delas por tanto tempo, acho que ele está satisfeito. O que ele provavelmente não imaginava é que algumas das obras subsequentes mudariam a vida de muitas pessoas. Ryu Manatsu conta que um fã de Ultraman Leo passou a praticar artes marciais e mais tarde se tornou mestre em um dojo se inspirando no herói.
E obrigado mais uma vez. Sinto que acabo cometendo exageros e esse é um ponto em que tenho que melhorar. Mas eu tinha que aproveitar essa oportunidade para contar a minha história com Ultraman. E em breve deve chegar mais material.
Queria ter lido a matéria antes, mas infelizmente me faltava tempo para ler com a atenção que ela merece. Achei bem emocionante, principalmente ao perceber que no fundo, fã de super herói é tudo igual, todos levamos os ensinamentos desses ícones nas nossas vidas pessoais.
ResponderExcluirEngraçado que o meu pai também tinha um colega de trabalho japonês e esse colega também foi uma grande influência para eu entrar no mundo da cultura pop japonesa. A diferença é que ele não nos deu brinquedos, e sim fitas VHS, com algumas séries japonesas como Capitão Harlock, Gatchaman, e até alguma coisa de Ultraman.
Então você estudou no Japão? Que legal! Quando você falava sobre o Japão, eu pensava que era por algumas viagens, mas agora vejo que foi uma experiência muito maior.
O Ultraman é parecido com o Superman, aquele herói que o pessoal pode até não acompanhar, mas todo mundo pelo menos já ouviu falar. Eu só tinha assistido alguns poucos episódios em VHS e na TV, e adquiro conhecimento através das suas matérias, e hoje em dia estou mais "íntimo" da franquia por causa do excelente mangá ULTRAMAN. Por causa das suas matérias e do mangá, eu sempre fico mais ligado quando tem algo sobre Ultraman em eventos ou referências em outras séries. Por falar em referências, nesse ponto a gente vê como a franquia é forte, seja com homenagens grandes em animes como Dragon Ball e Gintama, como em pequenos detalhes como as máscaras na loja do Kokonotsu em Dagashi Kashi. E realmente aqui no Brasil a franquia também é mais forte do que parece, quando o mangá estava para ser lançado, o senhor da loja de quadrinhos onde faço minhas compras disse que todos os dias um monte de gente perguntava se já tinha chegado, e quando chegou, vendeu todos os exemplares na mesma semana.
A questão de se afastar de vez em quando acho que é bem normal, e acontece com vários tipos de coisas, seja séries, quadrinhos, games, e outros. Até mesmo com as figuras algumas vezes acabamos nos afastando um pouco. Acho que isso é ainda mais recorrente com quem acompanha quadrinhos, falo por experiência própria hehehe. Mas no final, a gente sempre acaba voltando pois parte do nosso coração e nossa formação estão ali.
Bacana sua amizade com o Alexandre Nagado. Vejo que é muito maior do que eu imaginava. Ter bons amigos que nos entendem é algo precioso!
E concordo com os outros que comentaram, a matéria é divertida sim, e envolvente XD
Obrigado, Ronin!
ExcluirAgora eu entendo como você sabe tanto sobre desenho animado japonês! Então foi assim que você conheceu o Capitão Harlock? Achava que tinha sido quando passaram aqui. Acho que foi um especial de cinema...
Ultraman acabou se tornando uma manifestação cultural mesmo. Existem toneladas de obras com referências a ele. Tem também em Ika Musume (mangá) e sinto que um dia vai ter em Hatsukoi Monster, já que se trata de crianças (ao menos em teoria).
Para mim também custou para achar um exemplar de ULTRAMAN por aqui. Rodei um monte de lugares até achar o volume 1. Mas agora parece que o fornecimento foi estabilizado e está um pouco mais fácil de encontrar.
Ao terminar de escrever o texto, pensei "Ih, só estou contando vantagem!". Mas já era hora do prazo fatal, já que o Dia do Ultraman tinha chegado e publiquei assim mesmo. É bom ver que teve aceitação. Não tem nenhuma novidade, mas queria contar essa história. E graças a ela, pude ver que todos nós temos uma parecida. Nos distanciamos às vezes do que gostamos, mas sempre acabamos voltando. Acho que é assim, mesmo.
Obrigado mais uma vez e também pelo apoio contínuo!
Olha ! Lágrimas querem escorrer agora!! Não tenho vergonha de dizer isso! Pois sua história é muito parecida com a minha! Ultraman foi meu primeiro Herói ,não lembro quando eu o assisti pela primeira vez..mas lembro de assistir na TVS junto com o Regresso de Ultraman..e Ultra Steven na Record! Mas uma lembrança que me toca muito foi no ano de 1984 quando vi uma revista japonesa que tinha até aquele período todos os Ultras! Do Ultraman até Leo ! O Ultraman 80 também conheci nessa época! Pois minha mãe tinha amizade com uma família bem tradicional japonesa e eles tinham várias revistas que tinham Ultras e outras séries.... Lembro de Andromelos ..quando vi fiquei maravilhado..por isso tenho um carinho muito grande por essa série. Mas para min a família Ultra é insuperável....gosto de outras séries mas Ultraman é tocar em meu coração... são tantas lembranças....no meu caso sempre gostei de ver essas revistas japonesas quando criança.. por isso sempre colecionei Livros sobre Ultraman até os dias atuais....assim como também de outras séries.. Gostei muito do texto..me identifiquei bastante e a emoção toma conta nesse momento..Talvez eu até já tenho visto você pessoalmente....pois eu também freqüentei muito a Gibiteca Henfil na Vila Mariana..sou amigo do Michel e já conheci o Nagado também... Ainda tenho muitas histórias com Ultraman para contar mas fica para uma outra hora...Obrigado Usys por compartilhar conosco sua história... sucesso a você! Até Breve!
ResponderExcluirObrigado, Ultra Ace Jack!
ExcluirPelo visto, todos temos histórias parecidas. A sua em especial é bem próxima. E bom ver que conhece o Andromelos. Ainda tenho umas revistas com ele e o Wolf. E via o Mars em revistas de amigos.
Uma das grandes qualidades de Ultraman é que ele sobreviveu ao teste do tempo, pois continua a ser uma manifestação cultural do Japão. Houve hiatos, vários tropeços financeiros, mas ainda assim as séries Ultra continuam até hoje, sendo que temos novas como X e Orb, de altíssima qualidade. E vários criadores de agora fazem seus trabalhos com alguma influência de Ultraman.
Como diria aquela música, "Ultraman. Eternamente o nosso Herói"!