Em B-Robo Kabutack, de 1997, houve uma grande mudança de linha no horário destinado a Heróis da Toei, deixando de lado a ação com lutas e tendo como protagonistas robôs em aventuras e situações cômicas com as crianças. Há quem diga (até mesmo de forma acusatória) que essa mudança causou o fim dos chamados Metal Heroes. Mas foi isso mesmo? Reuni materiais e fiz pesquisas por conta própria para ver se chegava a uma conclusão.
Agradecimentos a Alexandre Nagado, do Blog Sushi POP, que cedeu gentilmente parte do material para a pesquisa.
Takeyuki Suzuki, então gerente do Setor de Projetos para Programas de TV da Toei conta os motivos dessa mudança a partir de Kabutack em uma entrevista à revista B-Club Nº 137, edição de 04/1997.
Segundo Suzuki, o principal motivo foi o de experimentar algo novo, diferente das séries de ação tradicionais, já que o mercado estava saturado de programas que seguiam essa linha, devido ao retorno das séries Ultra à TV, com Ultraman Tiga. E essa foi a chance de Suzuki fazer algo que ele sempre quis: uma série mais próxima ao cotidiano das crianças, como as que existiam nos primórdios da televisão japonesa. Daí foram trazidos elementos de Ganbare!! Robocon, criada pelo Grande Mestre Shotaro Ishinomori, da qual Suzuki também participou, com a introdução de robôs cômicos.
Isso continuou na série seguinte, Tetsuwan Tantei Robotack em 1998 e culminou com a volta de Robocon, em um remake da série, intitulada Moero!! Robocon em 1999. Com isso, aparentemente Robotack teria sido a última das séries Metal Hero e depois de Robocon, as séries Kamen Rider voltariam à televisão japonesa.
Mas não é bem assim.
O produtor da Toei Shinichiro Shirakura fala um pouco sobre como a Toei via seus programas de super heróis em uma entrevista no livro 証言!平成ライダー (Shougen! Heisei RIDER, "Testemunho"). De acordo com Shirakura, as séries de heróis teriam mudanças em períodos de mais ou menos três anos a fim de evitar maneirismos.
Por exemplo, as séries com os "Policiais do Espaço" (Gavan, Sharivan e Shaider), se passariam em um universo coeso. Daí viria O Fantástico Jaspion (1985), que seria um ponto de virada, com mudanças de conceito, tendo outro universo como palco, algo que se repetiria na série seguinte, Guerreiro Dimensional Spielvan (1986), também com um mundo e conceitos próprios. E então viriam seriados isolados como Metalder o Homem Máquina (1987), Jiraiya o Incrível Ninja (1988) e Policial de Aço Jiban (1989).
A partir de Esquadrão Especial Winspector (1990) se iniciou a série Rescue Police, que incluiria Super Equipe de Resgate Solbrain (1991) e se fecharia em Tokusou Exceedraft (1992). Vieram mais duas séries isoladas com Tokusou Robo Janperson (1993) e Blue Swat (1994) e então um novo bloco com B-Fighter (1995) e B-Fighter Kabuto (1996).
Com Kabutack (1997) e Robotack (1998) foi criado mais um bloco com "robôs cômicos", que tiveram uma boa audiência e isso deu espaço para a entrada de Robocon em 1999.
Por exemplo, as séries com os "Policiais do Espaço" (Gavan, Sharivan e Shaider), se passariam em um universo coeso. Daí viria O Fantástico Jaspion (1985), que seria um ponto de virada, com mudanças de conceito, tendo outro universo como palco, algo que se repetiria na série seguinte, Guerreiro Dimensional Spielvan (1986), também com um mundo e conceitos próprios. E então viriam seriados isolados como Metalder o Homem Máquina (1987), Jiraiya o Incrível Ninja (1988) e Policial de Aço Jiban (1989).
A partir de Esquadrão Especial Winspector (1990) se iniciou a série Rescue Police, que incluiria Super Equipe de Resgate Solbrain (1991) e se fecharia em Tokusou Exceedraft (1992). Vieram mais duas séries isoladas com Tokusou Robo Janperson (1993) e Blue Swat (1994) e então um novo bloco com B-Fighter (1995) e B-Fighter Kabuto (1996).
Com Kabutack (1997) e Robotack (1998) foi criado mais um bloco com "robôs cômicos", que tiveram uma boa audiência e isso deu espaço para a entrada de Robocon em 1999.
Nisso houve a ideia de se fazer um novo bloco, desta vez com remakes de obras de Shotaro Ishinomori, tendo Robocon como iniciador. O candidato natural como sucessor seria o Kamen Rider e foi daí que surgiu Kamen Rider Kuuga no ano 2000.
Na época não se pensava em trazer as séries Kamen Rider de volta como uma franquia. Kuuga seria uma obra única e no ano seguinte seria trazido algum outro herói de Ishinomori, como Kikaider ou Inazuman. Mas em 2001 se comemorariam os 30 anos do primeiro Kamen Rider e então foi feito outro seriado nesse sentido, Kamen Rider Agito, que acabou fazendo um enorme sucesso. A audiência subia a cada episódio, algo totalmente inesperado para Shirakura. Tanto que o produtor chegava a apostar com o roteirista Toshiki Inoue se ela ia subir ou baixar em cada exibição. E mais: Agito chegava a impulsionar até mesmo a audiência da série Super Sentai corrente, Gaoranger.
O seriado subsequente, Ryuki, originalmente seria baseado em uma versão preliminar do primeiro Kamen Rider, o Cross Fire. Porém, com o sucesso de Agito, decidiu-se pela consolidação do que se tornou uma franquia, que continua até os dias de hoje.
É preciso ter em mente que o termo "Metal Hero" foi criado originalmente por fãs e não pela Toei, sendo oficializado só muitos anos depois por conveniência e não foi algo planejado ou definido. Ou seja, no princípio não havia uma "franquia", mas sim um espaço na emissora TV Asahi para os heróis da empresa que seguissem um formato diferente de Super Sentai e de Kamen Rider, com bastante diversidade. Um espaço sujeito a mudanças de horário até chegar ao formato atual, com as séries reunidas dentro de um bloco nas manhãs de domingo.
As obras consideradas como "Metal Hero" foram classificadas de forma retroativa e por isso existiam aqueles que fugiam do padrão de "heróis com armaduras tecnológicas", que era seguido desde Gavan até Spielvan. Exemplos seriam Metalder e Janperson, que eram robôs e não alguém usando uma armadura, e Jiraiya, que não usava um traje tecnológico. E a partir de Esquadrão Especial Winspector, passou-se a usar times de heróis. Isso ainda gerou outras controvérsias, por exemplo sobre como enquadrar Kabutack e Robotack, que ora são e ora não são incluídos em materiais sobre Metal Heroes, e o mesmo acontece até mesmo com Jiraiya em algumas publicações especializadas.
É preciso ter em mente que o termo "Metal Hero" foi criado originalmente por fãs e não pela Toei, sendo oficializado só muitos anos depois por conveniência e não foi algo planejado ou definido. Ou seja, no princípio não havia uma "franquia", mas sim um espaço na emissora TV Asahi para os heróis da empresa que seguissem um formato diferente de Super Sentai e de Kamen Rider, com bastante diversidade. Um espaço sujeito a mudanças de horário até chegar ao formato atual, com as séries reunidas dentro de um bloco nas manhãs de domingo.
As obras consideradas como "Metal Hero" foram classificadas de forma retroativa e por isso existiam aqueles que fugiam do padrão de "heróis com armaduras tecnológicas", que era seguido desde Gavan até Spielvan. Exemplos seriam Metalder e Janperson, que eram robôs e não alguém usando uma armadura, e Jiraiya, que não usava um traje tecnológico. E a partir de Esquadrão Especial Winspector, passou-se a usar times de heróis. Isso ainda gerou outras controvérsias, por exemplo sobre como enquadrar Kabutack e Robotack, que ora são e ora não são incluídos em materiais sobre Metal Heroes, e o mesmo acontece até mesmo com Jiraiya em algumas publicações especializadas.
Kabutack e Robotack tinham uma média de audiência de aproximadamente 9,6%, um número maior que as séries Super Sentai de então que não passavam dos 8% e as séries Ultra, que chegavam a pouco mais de 6%. A vendagem de produtos era boa, mas acabou baixando em Robocon. Então eles não foram em hipótese alguma considerados "fracassos" e nem a causa do "fim dos Metal Heroes", sendo que para a Toei esse termo nem existia. Ou melhor dizendo, não foi o fim de nada.
Tudo foi somente uma sequência de mudanças e experimentações dentro de um espaço que nunca terminou. Um espaço para heróis da Toei na emissora TV Asahi, que foi mantido por todos esses anos desde Space Sheriff Gavan, de 1982, embora com mudanças de horário, e que existe até hoje sem interrupções, dividido em séries (ex: Space Sheriff Series, Rescue Police Series, Kamen Rider Series) e com alguns heróis isolados no meio delas.
Tudo foi somente uma sequência de mudanças e experimentações dentro de um espaço que nunca terminou. Um espaço para heróis da Toei na emissora TV Asahi, que foi mantido por todos esses anos desde Space Sheriff Gavan, de 1982, embora com mudanças de horário, e que existe até hoje sem interrupções, dividido em séries (ex: Space Sheriff Series, Rescue Police Series, Kamen Rider Series) e com alguns heróis isolados no meio delas.
Grande Usys!!!! Que matéria sensacional e reveladora!!!
ResponderExcluirÉ interessante observar que, desde que os fãs começaram a categorizar as séries de super-heróis em suas respectivas franquias, muita coisa acabou se confundindo. Os Metal Heroes sempre aparecem ao lado de Super Sentais, Kamen Riders e Ultras, pois essas são as quatro principais franquias de super-heróis. A diferença é que os Metal Heroes nunca foram concebidos com essa ideia de franquia, nem mesmo à época dos Uchuu Keijis.
Agora, esse ressurgimento dos Riders na Era Heisei é algo realmente interessante de se observar, justamente por ter sido uma retomada "acidental". Repare que o sucesso de Agito em 2001 foi o motor propulsor para a retomada da franquia. Se a série não tivesse ido tão bem, é possível que a Toei tivesse apostado em outros remakes ou outras investidas em termos de super-heróis. E não teríamos essa continuidade que perdurou até os dias de hoje com Zi-O.
Quando 555 estreou, em 2003, eu tive a sensação de que a Toei estava tentando incorporar os Metal Heroes ao universo dos Riders, já que o herói tinha muitas semelhanças com personagens de armadura tecnológica (tinha até uma espada!). Hoje, olhando para trás, eu percebo que aquela era uma época de muitas apostas e validações, na qual o sucesso (ou fracasso) de uma série poderia mudar todos os rumos.
Obrigado, Bruno!
ExcluirÉ realmente incrível saber como as coisas às vezes acontecem por acaso e uma puxa a outra. Eu até desconfiava que os Riders atuais seriam uma fusão com os Metal Heroes. Mas eu nunca parei para pensar nesse processo de transição. De que na verdade a exibição de programas de heróis da Toei que não são Super Sentai nunca foi interrompida.
Ler essa entrevista do Shirakura foi um tremendo choque para mim. E daí eu me lembrei de que antigamente a classificação desses heróis era mesmo meio confusa. Em algumas revistas eram High Tech Heroes. Em outras, havia os Kyoukafuku (Vestes de Reforço) Heroes, incluindo personagens que não eram da Toei e separando Jiban e Metalder, que seriam "Robot Heroes"... E eu não consigo me lembrar de quando surgiu o termo "Metal Hero". Simplesmente apareceu e a gente foi usando.
Ri bastante quando li isso da aposta do Agito naquela conversa entre o Inoue com o Gen Urobuchi. E isso foi decisivo. Agito marcou a continuidade da franquia e depois Ryuki deu os novos rumos, com itens colecionáveis. Um processo bem interessante.
Excelente texto, me chamou muita atenção o fato de que os "Metal Heroes" embora hoje estejam estabelecidos não foram planejados para seguir um padrão, mas para experimentar estilos, pois sempre me espantou como as ultimas séries da "franquia" eram diferentes, era como se a Toei da noite para o dia tivesse chutado o balde e dito:- VAMOS MUDAR TUDO AGORA.
ResponderExcluirOlhando agora, vejo que não verdade sempre tiveram a liberdade de mudar, tanto que se observarmos entre as séries clássicas "Jiraiya", por exemplo, já destoava bastante das outras.
Obrigado, Detonation Uchiha!
ExcluirEra mais ou menos como nos anos 1970 em que eram feitos vários tipos de heróis, como o Zubat, os Akumaizer 3 ou o Kagestar. Mas nesse caso para uma emissora só, a Asahi. E tudo com apoio da Bandai. Havia sempre espaço para experimentação.
E deu para ver que todas as mudanças têm uma razão. Ora devido ao panorama social, quando criaram Winspector, ora para inovar mesmo. Mas muito foi por fatos inesperados, como a popularidade do Agito. Assim se faz a história.
De certa forma acho que esse aspecto de experimentação nos tokusatsu faz falta hoje em dia, pode ser birra da minha parte pois não acompanho com muita frequência, mas perece que tudo gira em torno das mesmas franquias com raríssimas exceções.
ExcluirSão tempos difíceis e é preciso ter em mente que se trata acima de tudo de uma empresa e esse é o ganha-pão deles. Uma decisão errada pode causar danos enormes. E Tokusatsu é uma aposta muito grande por envolver muitos custos.
ExcluirMas mesmo dentro dessas franquias são feitas experimentações. Como exemplo tem o Kamen Rider Ex-Aid, com um visual que foge do padrão. E recentemente em Lupinranger VS Patranger, em que foram colocados dois times de heróis concorrentes. Além disso, eles vão lançar um filme totalmente original, o Gallas. Riscos são tomados, mas dentro de um determinado limite.
Apesar de não ser muito conhecedor do assunto heróis da Toei, me parece que esse é um daqueles casos "não tá fácil pra ninguém", onde a Toei e a Asahi tiveram que fazer algumas mudanças para o lucro continuar circulando. Acho que esses ajustes são normais, e deve até rolar mais futuramente, até para se encaixar melhor nos gostos atuais, ainda mais considerando que essas mudanças foram feitas em 1997, então imagino que já devem ter ajustado mais coisa desde então. E quem sabe em breve não aparece uma nova franquia de Metal Hero inovadora? Tudo pode acontecer!
ResponderExcluirInfelizmente sempre vai ter quem já parte pra ignorância e acusação. Espero que muitos leiam essa matéria para entender melhor a situação.
Obrigado, Ronin!
ExcluirTem que ter variedade, senão o público acaba enjoando e com isso acaba se afastando. Por isso a Toei fazia várias experimentações. E sempre tendo alguma coisa em mente, como desta vez para se diferenciar de outros programas do gênero.
Infelizmente ainda tem muita gente que acha que "infantil" ou "cômico" é a mesma coisa que "ruim". O foco da Toei nesses seriados sempre foi as crianças, em busca de algo que elas curtissem. E eles sabem que esse público é bem exigente e se não interessa, logo deixam de lado. Por isso é preciso ter bastante cuidado para fazer algo bom.
Excelente matéria! Incrível como tudo é planejado, vários passos à frente! Pois se não render algo que seja construtivo e não venda brinquedos, talvez não seja legal dar prosseguimento.
ResponderExcluirTem um amigo que sempre questiona por que não continuaram The Flash, Changeman e tudo mais. Disse a ele que prosseguiram, sim, mas com outras histórias. A fórmula para criar séries Tokusatsu tá lá embutida, sem contar que elas visam a geração de crianças da época. A nossa já passou, então nos resta a nostalgia e, quem sabe, curtir novas visões do que tanto nos emocionou no passado.
Obrigado, Adelmo!
ExcluirPara ver que as coisas na Toei não são a esmo. Mas ainda assim surgem circunstâncias que fazem com que eles mudem seus planos e isso tem consequências bem curiosas. Quase um efeito borboleta. Quem diria que o retorno das séries Ultra deram início a um processo que acabou trazendo as séries Kamen Rider de volta à TV?
E é bem por aí. As coisas vão rodando, a fila anda. Enquanto a gente "estava fora", muita coisa mudou, mas ao mesmo tempo não mudou. Curtir a nostalgia é bom, mas também é legal ficar aberto a coisas novas. O negócio é sempre experimentar.
Um ótimo esclarecimento, Usys.
ResponderExcluirSei que não sou muito de comentar aqui, mas desta vez fiz questão. Ao que tudo indica o que se convencionou como franquia Metal Hero foi um apanhado de experimentações por parte da Toei. E incluindo algumas inspirações no passado, caso de Metalder(baseado em Kikaider) e Janperson(praticamente uma referência a Robot Keiji K).
Mas a surpresa maior foi ver que Kamen Rider se tornou uma franquia sequencial pelo acaso do bons índices de audiência de Agito. Mas Ryuki meio que aproveitou conceitos de dois animes da própria Toei(Digimon e Yu-Gi-Oh, e acredito que a palavra final da Bandai foi mais forte), com suas devidas adaptações. E a partir daí tivemos o acréscimo de mais e mais elementos, o que vem fazendo o gênero se manter até hoje.
Espero voltar mais vezes aqui.
Abraços.
Obrigado, Aniki!
ExcluirBem observado. O caso do Metalder é evidente, mas essa do Janperson nunca me veio à cabeça.
E é bem assim mesmo. A partir de Ryuki foram colocados elementos de itens colecionáveis (cards, no caso) e desde então isso virou parte da franquia, como Memories, Medals, Switches etc. Uma fórmula que teve sucesso. Grande prova é que os Heisei Riders estão aí há 20 anos ininterruptos. Mesmo assim, os roteiristas comentam que sempre é um desafio montar histórias a partir dos brinquedos.
Surpreendente artigo, Usys! Excelente trabalho! Essa sempre foi minha parte favorita do seu blog, onde você desmistifica velhos mitos com o uso de pesquisa e coleta de dados, não rumores que se espalham tão fácil pela internet! Eu gostei bastante do que de Moero Robocon e ouvi dizer que a série fez sucesso, uma pena que teve a baixa na venda de brinquedos. Ahhh, eu gostaria de viver no universo paralelo onde eles fizeram remakes de outras séries do Ishinomori além de Kamen Rider! Não porque eu desgoste deles, mas Ishinomori é um autor versátil demais pra ser lemebrado só por uma única série. E muita gente o acusa injustamente de ser repetitivo porque suas duas maiores franquias, Kamen Rider e Cyborg 009, ambas possuem premissas similares e ignoram o grosso da carreira dele. Mas eu até me pergunto, será que existe uma conexão com o fato de que fizeram Kikaider The Animation em 2000, pouco antes da estrela de Agito? Me pergunto se existiam planos para captar Kikaider em seguida. Eu sei que Hibiki seria um remake de Henshin Ninja Arashi de acordo com a pré-produção da série.
ResponderExcluirAliás, a conexão do Janperson com Robot Keiji faz mais sentido do que aparenta. Ambos são robôs com AI criados por uma cientista mulher e agem como policias/detetives, e ambos usam trajes humanos e removem eles na hora de entrar em ação (no caso do Janperson, eram uma roupa de couro, mas vários episódios pulavam essa parte pra mostrar ele já em modo de combate).
Obrigado, Felipe!
ExcluirAntigamente até acreditava que Kabutack e Robotack tinham levado os Metal Heroes à bancarrota. Mas de uns tempos para cá, passei a ler matérias e entrevistas sobre programas destinados ao público infantil e com isso percebi que as coisas são feitas a sério, com empenho e bastante planejamento. E por isso passei a duvidar dessa do Kabutack ter levado os Metal Heroes ao seu fim.
Encontrei por um acaso essa entrevista do Suzuki na B-Club, que o Nagado me deu, e tempos depois consegui esse livro dos Heisei Riders com a entrevista com o Shirakura. Daí eu liguei os pontos. Tudo passou a fazer mais sentido e tive que rever muitos conceitos.
Saber do Shirakura dessa de se fazer séries baseadas em obras do Shotaro Ishinomori foi uma grande surpresa. Até achei interessante e acredito que eles não abandonaram completamente a ideia. Tanto que surgiram depois personagens baseados nas obras do Mestre, ainda que como vilões. E Kikaider sempre reaparece, de uma forma ou de outra.
Esse é um bom ponto a se levantar. Se Kikaider The Animation não é um resquício dessa ideia, embora nesse caso a Toei tenha deixado para outro estúdio fazer a animação.
A premissa de Kamen Rider e Cyborg 009 até é parecida, mas o desenvolvimento é totalmente diferente. Ao menos em relação ao pouco que eu vi de 009, em que não havia um "monstro da semana", e sim alguma tramoia da Black Ghost a ser impedida pelo time. Ou seja, havia variedade o suficiente. Agora ser repetitivo, definitivamente não. Ninjas, androides, cotidiano em um hotel, policial, economia... A variedade de histórias e temas de suas obras é enorme. E sabemos que sua política é a de não repetir ideias conforme contaram Masato Hayase e Hideki Tajima.