Saudações.
Desta vez vou falar um pouco sobre Nobuo Yajima, que fundou a Tokusatsu Kenkyujo, empresa que faz efeitos especiais para várias séries de Tokusatsu. Para isso me baseio em um depoimento que ele deu no Official Mook de Sun Vulcan.
Primórdios do Tokusatsu
Nobuo Yajima nasceu em 24/7/1928 na cidade de Oomiya, na província de Saitama, no Japão. Desde criança ele gostava de filmes e seu pai trabalhava na Shochiku, uma das grandes empresas japonesas de cinema. Assim ele frequentava o estúdio da empresa em Oofuna e com isso esperava poder ser empregado sem precisar passar por testes de admissão, mas teve que fazê-los como todo mundo e passou. Como todo novato, teve que treinar atuando em várias áreas da empresa, com revelação e edição de filmes e até mesmo trabalhando na bilheteria dos cinemas.
Anos mais tarde, Yajima conseguiu ser designado para o setor de Efeitos Especiais, como ele queria desde o começo, e lá trabalhou sob o comando de Keiji Kawakami, em uma equipe de vinte funcionários. A partir daí, Yajima teve que fazer de tudo, mais uma vez: artes, modelagens, manipulação com fios de piano e montagem de imagens.
Durante as filmagens de 君の名は (Kimi no Na wa, "O seu nome é"; de 1953, não confundir com o desenho animado de Makoto Shinkai), Yajima passou a trabalhar com Eiji Tsuburaya, que mais tarde seria conhecido como o Deus dos Efeitos Especiais do Japão. Ambos já se conheciam de outras ocasiões em Kyoto, pois eles voltavam para casa juntos e conversavam. Tsuburaya até chegou a convidar Yajima para filmar Godzilla (o original), mas ele teve que recusar por se tratar de uma obra de uma empresa rival, a Toho.
Yajima conta que Kawakami jogava quase todo o trabalho em seus braços, pois havia muito pouca gente no Setor de Efeitos Especiais da Shochiku. Foi assim em Kimi no Na wa e também em Typhon sur Nagasaki, filme feito em parceria com a França, dirigido por Yves Ciampi. Era Yajima quem fazia as tratativas com o diretor francês, sempre carregando um caderninho de notas na mão para anotar suas instruções e não esquecê-las.
Desbravando Fronteiras
Nessa época, os Efeitos Especiais eram uma novidade, um novo campo a ser desbravado e Yajima tinha que aprender na prática ou desenvolver seus próprios métodos. Foi aí que ele chamou seis pessoas sob o regime de temporários para ajudar nos trabalhos de modelar miniaturas de prédios de gesso para explosões, e entre eles estava um jovem chamado Tohru Narita, que mais tarde faria os designs de Ultraman e Ultra Seven sob o nome de Tohl Narita.
Um dia, Yajima foi contatado pela empresa Orikomi Koukokusha (atual Oricom) para fazer os efeitos especiais do seriado まぼろし探偵 (Maboroshi Tantei, "Detetive Fantasma"), de 1959, nas cenas em que o menino-herói usava um carro voador. Segundo ele, talvez porque precisavam de alguém que tivesse habilidade para filmar com baixo custo e aceitou, pois a Shochiku estava reduzindo o espaço destinado ao Setor de Efeitos Especiais. Mas logo a empresa descobriu o caso e o repreendeu.
Cena do carro voador do Maboroshi Tantei. |
Nesse mesmo ano, Hiroshi Ookawa, presidente da Toei convidou Yajima e Kawakami para trabalhar na empresa que, ao contrario da Shochiku, estava criando seu setor de Efeitos Especiais. Eles aceitaram e levaram junto Tohru Narita, mas Kawakami acabou tendo que voltar para a Shochiku. Kawakami mais tarde iria para a Tsuburaya por ser o "discípulo Nº 1 de Eiji Tsuburaya", mas a deixaria para montar sua própria empresa, a Nihon Tokusatsu Eiga, que acabou dissolvida em 1969.
O primeiro trabalho de Yajima na Toei foi o filme 高度7000米 恐怖の四時間 (Koudo 7000 Meetoru Kyoufu no Yojikan, "Altitude de 7000 Metros Quatro Horas de Terror"), de 1959, montando um gigantesco set para simular um aeroporto e usando a luz do sol para iluminação, para ficar mais real. E daí ele fez vários outros filmes como The Final War, de 1960 e conta que teve certa dificuldade para fazer a cena de destruição de Moscou, já que havia muito pouco material sobre os países comunistas.
Cena da destruição de Moscou, que só aparece por um instante. Mesmo assim, Yajima quis que fosse o mais próximo do real. |
Destruição de San Francisco. Ninguém ganha uma guerra. Alguém perde. Nesse caso, toda a Humanidade. |
Tokusatsu Kenkyujo
Com o tempo, a televisão passou a ganhar mais espaço que o cinema e em 1965, Yajima, interessado em pesquisar mais sobre os Efeitos Especiais (SFX) e Efeitos Visuais (VFX), fundou uma empresa especializada nisso, a Tokusatsu Kenkyujo (特撮研究所, "Laboratório de Efeitos Especiais"), e passou a fornecer seus serviços a produtoras de conteúdo. Seu primeiro trabalho nesse sentido foi com Spycatcher J, do mesmo ano, pela Toei, que se tornou sua maior cliente.
Mais tarde a empresa trabalhou com Akuma-kun, de Tohru Hirayama, que fez o nome do setor de TV da Toei. E também participou de Robô Gigante e Captain Ultra. Yajima menciona o episódio em que ele discutiu com Hirayama sobre como deveria ser a cor do espaço sideral em Captain Ultra, se seria preta ou azul. Yajima defendeu seu ponto de vista de ser azul para que fosse mais fácil de ver, pois com o preto a tela ficaria muito escura, apesar de ser mais próximo do real. Hirayama cedeu e depois concordou que ficou bem melhor assim, conforme ele conta em sua autobiografia.
O grande feito de Yajima em Captain Ultra foi o de mostrar a primeira cena de combinação de veículos em uma série em Tokusatsu no Japão. E tudo em uma só tomada, em uma época em que não havia materiais bons e usando fios. Apesar de não ter obtido grande audiência, Captain Ultra foi uma série em que se usaram de todos os recursos à mão e em que foram criadas muitas novas técnicas, em que os próprios membros da equipe se desenvolveram. Foi de certa forma o grande ponto de partida da empresa. O produtor Yoshinori Watanabe também era altamente compreensivo e acreditava no potencial do Tokusatsu, conseguindo verba para se obter vários equipamentos para montagem de imagens.
Cena da combinação da nave Spiegel, tendo como fundo o espaço azul. Um conjunto de várias ideias que teve sucesso... ao menos para compor a cena. |
Em Robô Gigante, o grande desafio foi fazer as cenas da luta do Robô com um monstro em meio a miniaturas de prédios. As filmagens foram feitas ao ar livre e não em estúdios como na Tsuburaya. E para filmar o monstro de baixo para cima, a fim de dar um ar de "gigantismo", foi feita uma placa especial de vidro para o bicho ficar por cima e a câmera embaixo. Também foi nessa que Yajima pensou em uma angulação de mostrar o pé do robô ou do monstro na frente e outros personagens no fundo para dar a ilusão de algo gigante.
Suas habilidades foram valorizadas e então Yajima foi chamado para ser Diretor de Efeitos Especiais por várias produtoras de conteúdo como a P Production, na qual ele trabalhou em alguns episódios de Spectreman, como o do monstro Noman, e no primeiro episódio de 怪傑ライオン丸 (Kaiketsu LION Maru), o "Lion Man branco".
Yajima então foi procurado pela Tsuburaya Productions, onde teve discordâncias sobre os métodos de filmagens. Na empresa, as cenas eram filmadas na ordem do roteiro, enquanto Yajima preferia fazer tudo de uma vez para depois editar e colocar tudo em sequência, o que gerou alguns atritos. Mas no fim tudo foi apaziguado. Yajima participou de Mirrorman, Jumborg A, Ultraman Taro e Ultraman Leo.
Concomitantemente, ele também trabalhava para Toei, porém deixando boa parte do serviço para sua empresa. Como Yajima mesmo dizia, ele "era chamado para todos os lados, talvez por ser capaz de terminar rápido as filmagens". Mas passou a se dedicar a Toei a partir de Gorenger, ainda que sem aparecer nos créditos. Tempos depois, seu nome passou a aparecer em quase todos os seriados de Super Heróis da empresa. E ficou como Diretor de Efeitos Especiais até 1996, passando a apenas supervisionar.
Fazendo Efeitos Especiais
Yajima conta que um ponto que ele tomava cuidado era o de sempre mostrar algo se movendo na tela, mesmo quando o objeto principal estava parado. Podia ser soltando fumaça de algum cano ou simplesmente mover a câmera para o lado. Cada movimento tinha que ser mostrado com clareza e esmero. Ele ainda tinha consciência de que as crianças são um público exigente e sendo assim era preciso caprichar nos efeitos especiais, para que elas não se entediassem. Era necessário passar energia para elas e por isso sempre deveria haver algum tipo de movimento.
Seu trabalho aumentou quando passaram a usar robôs nas séries Super Sentai a partir de Battle Fever J. O robô muda de acordo com cada programa e nos últimos tempos passaram a surgir dois ou mais deles. Mas Yajima afirma que ao começar uma nova série, a equipe faz de tudo para não cair no maneirismo. Além disso, ele mesmo se divertia ao fazer lutas de robôs e apesar de ter prazos apertados, nunca sentiu nenhuma pressão. Ele sempre fazia storyboards das cenas de transformação e combinação e deixava o trabalho por conta de Tohru Suzuki, velho companheiro de trabalho que cuidava da manipulação usando fios e outras trucagens. E Suzuki sempre surpreendia Yajima ao entregar um trabalho melhor do que ele havia planejado.
Yajima passou o cargo de presidente da Tokusatsu Kenkyujo para seu discípulo, Hiroshi Butsuda, que continua o trabalho e o legado de seu Mestre até hoje, atuando principalmente nos seriados Kamen Rider e Super Sentai. O próprio Yajima agora é o CEO da empresa, cuja sede fica dentro dos estúdios da Toei em Tóquio, mas não é filiada a ela, fornecendo seus serviços a outras produtoras também.
As técnicas avançaram com o tempo, incorporando novas tecnologias como o Toutsuu ecg System para videomontagens em obras dos anos 1980, até chegar nos sistemas de Computação Gráfica dos tempos atuais. Mas mesmo com efeitos digitais, ainda são usados métodos analógicos, como miniaturas e fantasias em conjunto com as tecnologias modernas.
Se Eiji Tsuburaya foi o "Deus" criador das técnicas do Tokusatsu, Nobuo Yajima foi o "Homem" que as desenvolveu e expandiu suas possibilidades, com várias pesquisas e experimentações. Pode-se dizer que o espírito de artesania, típico do Tokusatsu, está vivo até hoje graças a ele e a seus discípulos. Um nome que merece ser conhecido e lembrado.
Yajima então foi procurado pela Tsuburaya Productions, onde teve discordâncias sobre os métodos de filmagens. Na empresa, as cenas eram filmadas na ordem do roteiro, enquanto Yajima preferia fazer tudo de uma vez para depois editar e colocar tudo em sequência, o que gerou alguns atritos. Mas no fim tudo foi apaziguado. Yajima participou de Mirrorman, Jumborg A, Ultraman Taro e Ultraman Leo.
Concomitantemente, ele também trabalhava para Toei, porém deixando boa parte do serviço para sua empresa. Como Yajima mesmo dizia, ele "era chamado para todos os lados, talvez por ser capaz de terminar rápido as filmagens". Mas passou a se dedicar a Toei a partir de Gorenger, ainda que sem aparecer nos créditos. Tempos depois, seu nome passou a aparecer em quase todos os seriados de Super Heróis da empresa. E ficou como Diretor de Efeitos Especiais até 1996, passando a apenas supervisionar.
Um dos nomes que mais aparecem nos créditos, mas que pouca gente se da conta. Outro exemplo é "Shozo Uehara". |
Yajima conta que um ponto que ele tomava cuidado era o de sempre mostrar algo se movendo na tela, mesmo quando o objeto principal estava parado. Podia ser soltando fumaça de algum cano ou simplesmente mover a câmera para o lado. Cada movimento tinha que ser mostrado com clareza e esmero. Ele ainda tinha consciência de que as crianças são um público exigente e sendo assim era preciso caprichar nos efeitos especiais, para que elas não se entediassem. Era necessário passar energia para elas e por isso sempre deveria haver algum tipo de movimento.
Seu trabalho aumentou quando passaram a usar robôs nas séries Super Sentai a partir de Battle Fever J. O robô muda de acordo com cada programa e nos últimos tempos passaram a surgir dois ou mais deles. Mas Yajima afirma que ao começar uma nova série, a equipe faz de tudo para não cair no maneirismo. Além disso, ele mesmo se divertia ao fazer lutas de robôs e apesar de ter prazos apertados, nunca sentiu nenhuma pressão. Ele sempre fazia storyboards das cenas de transformação e combinação e deixava o trabalho por conta de Tohru Suzuki, velho companheiro de trabalho que cuidava da manipulação usando fios e outras trucagens. E Suzuki sempre surpreendia Yajima ao entregar um trabalho melhor do que ele havia planejado.
Yajima passou o cargo de presidente da Tokusatsu Kenkyujo para seu discípulo, Hiroshi Butsuda, que continua o trabalho e o legado de seu Mestre até hoje, atuando principalmente nos seriados Kamen Rider e Super Sentai. O próprio Yajima agora é o CEO da empresa, cuja sede fica dentro dos estúdios da Toei em Tóquio, mas não é filiada a ela, fornecendo seus serviços a outras produtoras também.
As técnicas avançaram com o tempo, incorporando novas tecnologias como o Toutsuu ecg System para videomontagens em obras dos anos 1980, até chegar nos sistemas de Computação Gráfica dos tempos atuais. Mas mesmo com efeitos digitais, ainda são usados métodos analógicos, como miniaturas e fantasias em conjunto com as tecnologias modernas.
Se Eiji Tsuburaya foi o "Deus" criador das técnicas do Tokusatsu, Nobuo Yajima foi o "Homem" que as desenvolveu e expandiu suas possibilidades, com várias pesquisas e experimentações. Pode-se dizer que o espírito de artesania, típico do Tokusatsu, está vivo até hoje graças a ele e a seus discípulos. Um nome que merece ser conhecido e lembrado.
Fala, Usys!
ResponderExcluirUma grande matéria, essencial para todo fã mais dedicado ao universo do tokusatsu. Eu confesso que, no início, tinha certa resistência em aplaudir o trabalho de Nobuo Yajima, pois havia muitas cenas muito ruins em séries que ele trabalhou nos anos 80. Chroma keys deslocados, muitos fios visíveis, maquetes que pareciam ter regredido desde o tempo dos clássicos da Tsuburaya e outras coisas que me incomodavam. Quando soube que ele havia feito Robô Gigante, essa impressão mudou, pois essa série tinha uma boa produção.
Passei então a atribuir a profusão de "defeitos especiais" à pressa na produção e à falta de tempo. Por outro lado, mesmo nas séries em que via muitas falhas, também reconhecia algumas cenas muito legais. Acho que em Metalder e BLACK ele teve bons momentos nos anos 80.
Tendo agora uma visão abrangente sobre sua carreira, é bastante óbvio que seu nome tem uma importância gigantesca, pois viabilizou a produção industrial da Toei com o que era suficiente para criar a fantasia, para dar vida às ideias de roteiristas, diretores e produtores. E isso não é pouca coisa. Eu uso a definição de que "tokusatsu" é toda produção de ficção ou fantasia que dependa ostensivamente de efeitos especiais para ter sua história contada. Nesse aspecto, sem Nobuo Yajima e sua visão prática e eficiente dos efeitos, a magia de numerosas séries não teria funcionado.
Abraço!
Obrigado, Nagado!
ExcluirNobuo Yajima é aquela figura que tem importância história, mas não tinha um grande capricho como por exemplo o Eiji Tsuburaya. Por isso optei por colocá-lo como o "Homem", com suas imperfeições, em relação ao "Deus" que foi Tsuburaya, que fazia as coisas com mais requinte.
E realmente esse é o ponto: a produção em ritmo industrial que passou a ser exigida. O próprio Yajima admite que era chamado por poder fazer o serviço mais rápido e esse foi o principal motivo dele ser requisitado. E o mais incrível é que ele conseguiu transformar isso em negócios, mantendo uma empresa especializada nisso sem ser filiada a outra. Esse é outro mérito dele.
Bela matéria! Taí um cara que trabalhou muito para chegar ao sucesso. Gostei da parte que diz que ele encarava qualquer trabalho e fazia tudo nas empresas, é como digo pro pessoal do meu trabalho "Quem trabalha mais, aparece mais." Nobuo Yajima estava sempre lá para trabalhar, e foi isso que fez tanta gente notar ele e assim ele cresceu muito na carreira.
ResponderExcluirEsse trabalho de efeitos práticos é dureza! Lembro dos documentários de Star Wars, onde mostram que isso requer muito tempo e esforço, fora o planejamento para botar tudo em uma tela. Quando a gente assiste tudo pronto parece tão simples, mas aqueles 3 minutos de criaturas e veículos na tela levaram dias para serem montados. Se o Yajima é um cara que consegue realizar esse trabalho mais rápido dá pra entender perfeitamente porque ele é tão requisitado, fora a disposição do cara em estar preparado para tudo. Show! Bem que podia existir mais trabalhadores com toda essa disposição hehehe!
Obrigado, Ronin!
ExcluirÉ isso aí! Para ter destaque tem que ralar! Digo, até tem outros jeitos de aparecer sem trabalhar, mas eu não aprovo.
E o Yajima até tentou entrar pela porta dos fundos, mas não deu certo. Mesmo assim ele ralou um bocado, foi pau para toda obra, aprendeu um monte de coisas e percebeu que havia uma lacuna a ser preenchida. Um negócio que podia ser explorado e montou uma empresa especializada. Esse se deu bem na vida fazendo o que gosta e ganhando dinheiro com isso.
E ainda deu para desencavar novos talentos e espalhar sua arte. Isso é história de Sucesso!
Fazendo fotos vejo que não é bolinho trabalhar com Efeitos Especiais. E antigamente levavam anos para serem feitos, como aqueles monstros em stop motion do Ray Harryhausen. Por isso aqueles vídeos de making são tão fascinantes em que dá para ver o quanto de esforço é despendido nesses filmes e séries. Tremendo trabalho!
Nobre Usys!
ResponderExcluirQue matéria sensacional! Tô começando a me achar porque já reconheço alguns nomes citados ao longo do texto, hehehehe! Quando citou Kimi no Na Wa e o ano de lançamento, tomei até um susto, mas a nota seguinte já deixou tudo mais claro.
O bacana de tudo isso é que são os primórdios, não havia tanta referência para se fazer algo chamativo como os efeitos especiais! Criar tudo da própria cabeça não é algo fácil, mas quando se gosta do que faz, o ser humano vai longe!
Essas tomadas que pegavam do pé dos monstros ou robôs realmente davam a impressão de gigantismo, eu eu realmente acreditava no que via quando mais novo. Com tudo isso, pudemos ver que o criador de várias coisas que conhecemos hoje pode não ser o bambambam em relação aos atuais, mas foi ele que causou uma tsunami transformadora na "indústria" de efeitos especiais!
Obrigado, Adelmo!
ExcluirUma curiosidade é que teve uma refilmagem de Kimi no Na wa nos anos 1990 estrelando... Tetsuo Kurata, o Koutaro Minami/Kamen Rider Black. É um clássico do cinema japonês, mas que agora acabou perdendo o espaço para o desenho animado, que também é lindíssimo.
Nobuo Yajima foi um homem que se deu bem na vida. Que teve visão para ganhar com o que gosta. Mas que teve que ralar muito para isso. Esse é mais um daqueles que está lá, mas ninguém se dá conta. Que é altamente conhecido e respeitado no Japão, mas aqui no Brasil pouco se fala sobre ele.
Por isso achei que essa matéria não teria tanta audiência, mas até que tem gente vendo, sim. Espero que Nobuo Yajima ganhe reconhecimento, pois se tivemos alegrias (e ainda temos), boa parte se deve a ele.
Infelizmente o Nobuo Yajima faleceu dia 29/11/2019, segundo postagem do Hiroshi Watari em sua página do Facebook
ResponderExcluirObrigado, Rodrigo Gonçalves!
ExcluirInfelizmente foi isso. Ao menos ele capacitou pessoal para continuar seu trabalho, como o Hiroshi Butsuda, o Toshio Miike e o pessoal do Tokusatsu Kenkyujo. Com isso, seu legado não morre.
Uma grande pessoa que deixou sua marca.