Saudações.
Desta vez vou falar de um romance literário de Futari wa Precure, escrito por Aki Kanehiro. Abaixo segue um resumo e impressões.
Nós Duas somos Precure
É verão. Nagisa Misumi (Cure Black) e Honoka Yukishiro (Cure White) estão levando suas vidas como estudantes do Ginásio. Nagisa continua às turras com seu mascote Mepple e seu irmão Ryouta. E se esforça no Clube de Lacrosse com suas amigas Shiho e Rina. Ao mesmo tempo, ela sonha em conquistar seu pretendido, Shougo Fujimura, capitão do time de futebol da escola.
Honoka ajuda Nagisa com os estudos do período de provas, ao mesmo tempo que toca as atividades do Clube de Ciência. E tenta se aproximar de Kiriya Irizawa, que ela não sabe que é um agente inimigo infiltrado.
Mas a Dotsuku Zone surge com um novo plano: o de vender cópias falsificadas de um amuleto que está na moda, o Happy Gappa, que tem a forma de uma "Kappa" de cor rosa-choque, para roubar a energia vital dos seres humanos e oferecê-las ao seu líder, o Jaaku King a fim de aplacar seu sofrimento e sua fúria. Mas as coisas não ocorrem como o esperado.
Honoka ajuda Nagisa com os estudos do período de provas, ao mesmo tempo que toca as atividades do Clube de Ciência. E tenta se aproximar de Kiriya Irizawa, que ela não sabe que é um agente inimigo infiltrado.
Mas a Dotsuku Zone surge com um novo plano: o de vender cópias falsificadas de um amuleto que está na moda, o Happy Gappa, que tem a forma de uma "Kappa" de cor rosa-choque, para roubar a energia vital dos seres humanos e oferecê-las ao seu líder, o Jaaku King a fim de aplacar seu sofrimento e sua fúria. Mas as coisas não ocorrem como o esperado.
No primeiro capítulo logo é dado um panorama contando sobre a situação atual de Nagisa e Honoka, além de explicar sobre o que são os inimigos, a Dotsuku Zone, e seus objetivos. A estrutura é a mesma de um episódio da série de TV, com as partes contando sobre o cotidiano das Cures, a transformação e a luta com um monstro Zakenna, derrotando-o com o golpe especial.
Rokkonshoujou
A partir do segundo capítulo, são inseridas as partes contando a história de Sanae Yukishiro, avó de Honoka, depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Primeiro é falado de seu pai, que a levou uma vez para o alto de uma escarpada íngreme que dava para uma árvore de Keyaki, enquanto recitava "Rokkonshoujou" repetidamente, uma simpatia para ganhar mais ânimo. Uma vez no cume era possível ver o céu estrelado e as luzes da cidade. O pai de Sanae queria ensinar a ela que no fim de uma subida difícil, sempre há uma linda paisagem esperando. Que por mais que as coisas fossem duras, se esforçando sem abandonar a Esperança, haveria algo maravilhoso.
Rokkonshoujou
Seu pai acabou desaparecendo na Guerra e sua cidade foi bombardeada. Sanae sobreviveu e mais uma vez escalou a encosta. No caminho, várias crianças se juntaram a ela. Mas ao chegar ao topo, só viu a árvore queimada e a cidade em ruínas. E se desesperou ao ver que o que seu pai lhe ensinou era mentira.
Nisso, Sanae ouviu uma voz que lhe disse: "Não abandone a Esperança-mipo". Ela vinha de um artefato deixado por seu pai, que era vendedor de antiguidades e o conseguiu por engano. Sanae havia gostado do formato do artefato, que lembrava um estojo de pó compacto, mas que não abria de jeito nenhum. Muitos anos depois, esse seria o item de transformação de Honoka, o Card Comune, que por sua vez era uma forma da Mascote Mipple, que acabou caindo no Jardim do Arco-íris (o mundo dos humanos) cem anos antes de Mepple, devido a um desvio no fluxo espaço-temporal ao vir para cá, permanecendo em um estado dormente. O item foi passado de mão em mão até chegar a Sanae na época da Guerra, e ser encontrado por Honoka, sessenta anos depois, nos tempos atuais.
Os anos se passaram e a cidade foi reconstruída. Sanae agora está no Ginásio e ainda guarda consigo o Card Comune como um amuleto até que seu pai voltasse. Mas nisso, a grande loja de departamentos Aoi Depart resolve construir um Shopping Center na cidade e para isso teria de desapropriar parte da população, inclusive a família de Sanae. Os funcionários da Aoi tentam convencer os cidadãos a ceder os terrenos e secretamente usam-se de métodos escusos, contratando yakuza para ameaçar o povo. Sanae descobre que entre esses bandidos está Shige, um amigo de infância e tenta fazê-lo deixar a vida de crimes. Ao mesmo tempo, ela tenta impedir a desapropriação, pois nem ela nem seus vizinhos querem deixar o local, que guarda muitas lembranças e é importante para eles. Mais do que isso, é a referência para que um dia seu pai volte e a encontre.
Encruzilhada
Nisso, Sanae ouviu uma voz que lhe disse: "Não abandone a Esperança-mipo". Ela vinha de um artefato deixado por seu pai, que era vendedor de antiguidades e o conseguiu por engano. Sanae havia gostado do formato do artefato, que lembrava um estojo de pó compacto, mas que não abria de jeito nenhum. Muitos anos depois, esse seria o item de transformação de Honoka, o Card Comune, que por sua vez era uma forma da Mascote Mipple, que acabou caindo no Jardim do Arco-íris (o mundo dos humanos) cem anos antes de Mepple, devido a um desvio no fluxo espaço-temporal ao vir para cá, permanecendo em um estado dormente. O item foi passado de mão em mão até chegar a Sanae na época da Guerra, e ser encontrado por Honoka, sessenta anos depois, nos tempos atuais.
Os anos se passaram e a cidade foi reconstruída. Sanae agora está no Ginásio e ainda guarda consigo o Card Comune como um amuleto até que seu pai voltasse. Mas nisso, a grande loja de departamentos Aoi Depart resolve construir um Shopping Center na cidade e para isso teria de desapropriar parte da população, inclusive a família de Sanae. Os funcionários da Aoi tentam convencer os cidadãos a ceder os terrenos e secretamente usam-se de métodos escusos, contratando yakuza para ameaçar o povo. Sanae descobre que entre esses bandidos está Shige, um amigo de infância e tenta fazê-lo deixar a vida de crimes. Ao mesmo tempo, ela tenta impedir a desapropriação, pois nem ela nem seus vizinhos querem deixar o local, que guarda muitas lembranças e é importante para eles. Mais do que isso, é a referência para que um dia seu pai volte e a encontre.
Encruzilhada
As duas histórias correm paralelamente e se cruzam no final. O Jaaku King é alimentado com as energias vitais dos seres humanos, mas acaba ocorrendo uma rejeição que faz com que ele se descontrole. É gerada uma cópia do ser das Trevas, que invade o mundo dos humanos, causando uma destruição indiscriminada e que interfere no fluxo espaço-temporal, trazendo Sanae para os tempos atuais. Ela vê as Cures lutando para proteger este mundo e seu cotidiano e com isso consegue ânimo para defender o que é dela ao voltar para o seu tempo.
Com a ajuda de seus amigos e da vizinhança, Sanae consegue resgatar Shige e reunir provas para fazer com que os yakuza parem de ameaçar as pessoas, impedindo a desapropriação. E finalmente reencontra seu pai, que a espera no alto da encosta, sob a árvore de Keyaki, e só depois de muitos anos conseguiu voltar para casa. Sanae então guarda o Card Comune no depósito onde mais tarde Honoka o encontraria para se tornar a Cure White.
Sanae Yukishiro
Este foi o primeiro livro da série de Romances Literários das séries Precure, lançado junto com o de Heartcatch Precure!. Aparentemente o direcionamento ainda não estava definido e desta vez foi feita uma história baseada no episódio 28 da série clássica, Futari wa Precure, no qual Sanae conta um pouco sobre seu passado. Esse episódio foi exibido em 15/08/2004, em que se comemora o Dia do Fim da Guerra, quando o Japão se rendeu para os aliados. Daí veio a ideia do episódio contar sobre eventos da Segunda Guerra Mundial.
Mas o romance se passaria muito antes desse episódio, uma vez que aparecem os vilões Poisony e Kiriya. Talvez algo entre os capítulos 12 a 20, mas existem discrepâncias vitais com a série de TV. Como por exemplo o fato de Kiriya se revelar para as Cures como um ser da Dotsuku Zone, sendo que no original ele só fez isso depois que Poisony foi derrotada. Ou seja, se trata de uma história paralela, que segue uma cronologia própria que não se encaixa na série de TV.
Porém isso foi necessário para fazer um paralelo com a situação de Sanae e Shige, que diz não ter opção a não ser se juntar aos yakuza. Um drama parecido com o de Honoka e Kiriya, que também só poderia viver na Dotsuku Zone. E dentro do livro, Sanae presencia esse conflito, que é o que lhe dá coragem para salvar Shige.
O romance também ajudaria a esclarecer vários mistérios sobre Sanae, que em algumas ocasiões deu indícios de que poderia ter sido uma Cure antecessora. Como no episódio 12 em que ela toca no Card Comune de Honoka e Mipple sente algo familiar. Sanae consegue deter uma multidão de pessoas dominadas pelos Zakenna com um grito de advertência, além de repelir um ataque de Poisony. Exausta, ela perde a consciência e balbucia "Confie em si mesma, nos seus amigos", como se aconselhasse Nagisa e Honoka. No final, longe dos olhos das duas, ela usa uma das frases de apresentação das Cures.
Mas no livro é explicado que tudo isso foi influência de sua viagem momentânea aos tempos atuais. Sanae viu as Cures dizendo essas mesmas frases, que ficaram em seu inconsciente. Além disso, em Futari wa Precure seria necessário ter os dois Card Comunes reunidos para que ela pudesse se transformar. E seria preciso ter uma amiga junto. Como explicado acima, Mepple e Mipple vieram para o mundo dos humanos em épocas diferentes e por isso não haveria como os dois estarem juntos na época da Guerra. Mesmo assim existe uma obra de ficção feita por um fã muito interessante contando como seria se Sanae tivesse sido a Cure White antecessora.
Apesar de ter sido esclarecido que não foi uma Cure, Sanae mostrou ter o espírito de uma. Ela enfrentou uma ameaça, nesse caso uma grande empresa que usava de métodos escusos, para defender seu cotidiano e para salvar alguém que era importante. Tudo isso sem perder a esperança de um dia reencontrar seu pai desaparecido e ver que o que ele ensinou era verdade. E seria passado para sua neta e para as próximas gerações. Isso tem aderência aos preceitos do diretor da série original, Daisuke Nishio e do criador da franquia, Takashi Washio. De certa forma, ela é a personagem principal do livro e sua linha de história chega a ser até mais interessante que a das Heroínas, embora a solução final para convencer os yakuza pareça algo "tirado da manga".
Em tempo, foi deixado claro no final que Shige não era o avô de Honoka. Sanae se refere a ele apenas como um velho amigo que lhe deixou um presente, então passado para sua neta: um espelho com pedras formando uma flor no painel do verso.
Caracterizações Fieis
A Dotsuku Zone é retratada como um mundo de Trevas, sem vida, em constante expansão que destrói outros mundos e suga suas energias. O seu núcleo seria o Jaaku King, que também sofreria os efeitos da Dotsuku Zone e estaria definhando aos poucos. Para continuar existindo, ele precisa das Prism Stones, que detém o poder da Criação, o que criaria um mecanismo motoperpétuo capaz de aplacar sua dor. Por isso ele teria invadido o mundo de Mipple e Mepple e depois a Terra. O Jaaku King e os seres das Trevas querem apenas sobreviver. Mas isso implicaria em pôr outros mundos em perigo pois a Dotsuku Zone continuaria a se expandir até engolir tudo.
Um Romance Literário
As cenas de ação são representadas de forma minuciosa. Cada movimento, cada pensamento é descrito com pormenores. As cenas de partidas de futebol e lacrosse também são contadas com riqueza de detalhes. Com isso fica fácil de visualizar.
A ambientação é descrita de forma até poética. Logo é apresentada a estação do ano em que a história se passa, o verão, com todos os elementos típicos, como o som das cigarras e do fuurin, um sininho quando bate a brisa de verão. O por do sol também é bem retratado, com a mudança de cores do céu, do azul para o laranja, o violeta e finalmente a escuridão com estrelas.
Mas o romance se passaria muito antes desse episódio, uma vez que aparecem os vilões Poisony e Kiriya. Talvez algo entre os capítulos 12 a 20, mas existem discrepâncias vitais com a série de TV. Como por exemplo o fato de Kiriya se revelar para as Cures como um ser da Dotsuku Zone, sendo que no original ele só fez isso depois que Poisony foi derrotada. Ou seja, se trata de uma história paralela, que segue uma cronologia própria que não se encaixa na série de TV.
Porém isso foi necessário para fazer um paralelo com a situação de Sanae e Shige, que diz não ter opção a não ser se juntar aos yakuza. Um drama parecido com o de Honoka e Kiriya, que também só poderia viver na Dotsuku Zone. E dentro do livro, Sanae presencia esse conflito, que é o que lhe dá coragem para salvar Shige.
O romance também ajudaria a esclarecer vários mistérios sobre Sanae, que em algumas ocasiões deu indícios de que poderia ter sido uma Cure antecessora. Como no episódio 12 em que ela toca no Card Comune de Honoka e Mipple sente algo familiar. Sanae consegue deter uma multidão de pessoas dominadas pelos Zakenna com um grito de advertência, além de repelir um ataque de Poisony. Exausta, ela perde a consciência e balbucia "Confie em si mesma, nos seus amigos", como se aconselhasse Nagisa e Honoka. No final, longe dos olhos das duas, ela usa uma das frases de apresentação das Cures.
Mas no livro é explicado que tudo isso foi influência de sua viagem momentânea aos tempos atuais. Sanae viu as Cures dizendo essas mesmas frases, que ficaram em seu inconsciente. Além disso, em Futari wa Precure seria necessário ter os dois Card Comunes reunidos para que ela pudesse se transformar. E seria preciso ter uma amiga junto. Como explicado acima, Mepple e Mipple vieram para o mundo dos humanos em épocas diferentes e por isso não haveria como os dois estarem juntos na época da Guerra. Mesmo assim existe uma obra de ficção feita por um fã muito interessante contando como seria se Sanae tivesse sido a Cure White antecessora.
Apesar de ter sido esclarecido que não foi uma Cure, Sanae mostrou ter o espírito de uma. Ela enfrentou uma ameaça, nesse caso uma grande empresa que usava de métodos escusos, para defender seu cotidiano e para salvar alguém que era importante. Tudo isso sem perder a esperança de um dia reencontrar seu pai desaparecido e ver que o que ele ensinou era verdade. E seria passado para sua neta e para as próximas gerações. Isso tem aderência aos preceitos do diretor da série original, Daisuke Nishio e do criador da franquia, Takashi Washio. De certa forma, ela é a personagem principal do livro e sua linha de história chega a ser até mais interessante que a das Heroínas, embora a solução final para convencer os yakuza pareça algo "tirado da manga".
Em tempo, foi deixado claro no final que Shige não era o avô de Honoka. Sanae se refere a ele apenas como um velho amigo que lhe deixou um presente, então passado para sua neta: um espelho com pedras formando uma flor no painel do verso.
Caracterizações Fieis
As caracterizações são altamente fieis às originais, com personagens vivas. Nagisa é aquela menina que é ativa, mas tem seus complexos e não é muito inteligente. Honoka é o contrário, tranquila, porém mostrando força de espírito. Até mesmo as personagens secundárias como Rina e Shiho são retratadas como elas são no desenho, se deixando levar por modas e Shiho com a mania de falar três vezes a mesma palavra.
As situações mostradas também remetem à série original. Nagisa pensando no seu pretendido Fujimura e tentando se tornar uma garota de sua preferência é um show à parte, arrancando muitas risadas. Ela ouve um boato de que ele gosta de meninas de pele totalmente branca, mas Nagisa passa muito tempo exposta ao sol devido à suas atividades no Clube de Lacrosse e por isso está longe desse ideal. Nagisa até tenta pegar conselhos com Honoka, que lhe dá lhe recomenda comer vegetais, para só no final descobrir que Fujimura não se importa com a cor da pele de ninguém.
A Dotsuku Zone é retratada como um mundo de Trevas, sem vida, em constante expansão que destrói outros mundos e suga suas energias. O seu núcleo seria o Jaaku King, que também sofreria os efeitos da Dotsuku Zone e estaria definhando aos poucos. Para continuar existindo, ele precisa das Prism Stones, que detém o poder da Criação, o que criaria um mecanismo motoperpétuo capaz de aplacar sua dor. Por isso ele teria invadido o mundo de Mipple e Mepple e depois a Terra. O Jaaku King e os seres das Trevas querem apenas sobreviver. Mas isso implicaria em pôr outros mundos em perigo pois a Dotsuku Zone continuaria a se expandir até engolir tudo.
E existe espaço para dar mais detalhes sobre os personagens que não foram contados na série de TV. Por exemplo, é mostrado que Sanae, nos tempos atuais, reaproveita ao máximo os restos de materiais para fazer comida. As folhas de nabos se tornam ohitashi e o katsuobushi usado para fazer caldo é moído para se tornar furikake. Mas isso não é avareza, e sim um habito dos tempos da Guerra, em que os recursos eram escassos. Também é descrito que Sanae, devido à idade avançada, já não consegue ver o céu estrelado com clareza, sendo possível distinguir apenas o Grande Triângulo de Verão formado por Deneb, Altair e Vega. Essa caracterização é um dos pontos altos do livro e mostra que houve bastante pesquisa.
Um Romance Literário
Enquanto os outros livros da série se aproximam de roteiros, Futari wa Precure segue o formato de um romance literário de fato, com descrições ricas e precisas de locais, personagens e situações. O cotidiano é retratado com situações triviais, mas que dão uma sensação de realidade. Os diálogos são bem construídos, logo mostrando como é cada personagem e as relações entre elas. A sensação é a de se estar lendo uma obra juvenil ambientada em uma escola, nas partes com Nagisa e Honoka. O clima da parte com Sanae lembra dramas de época.
As cenas de ação são representadas de forma minuciosa. Cada movimento, cada pensamento é descrito com pormenores. As cenas de partidas de futebol e lacrosse também são contadas com riqueza de detalhes. Com isso fica fácil de visualizar.
A ambientação é descrita de forma até poética. Logo é apresentada a estação do ano em que a história se passa, o verão, com todos os elementos típicos, como o som das cigarras e do fuurin, um sininho quando bate a brisa de verão. O por do sol também é bem retratado, com a mudança de cores do céu, do azul para o laranja, o violeta e finalmente a escuridão com estrelas.
Por outro lado, essa riqueza de detalhes pode ser enfadonha algumas vezes. Para quem está acostumado com obras mais simples, a narrativa pode ser arrastada, tediosa e confusa, com a transição de épocas. O esmiuçamento das cenas de ação algumas vezes faz parecer que elas acontecem em câmera lenta.
Os pequenos eventos como as conversas entre personagens de fundo soam desnecessárias. Mas ainda assim, creio que contribui para a construção de um mundo verossímil. E graças à essa minuciosidade, mesmo quem não viu a série original, ou não se lembra de muitos detalhes, conseguiria ler sem grandes problemas. Bastaria saber só o básico.
O livro tem aproximadamente 310 páginas com um máximo de 17 colunas de 40 caracteres cada. Pode ser lido por quem tem conhecimento intermediário do japonês, mas devido à estrutura narrativa é preciso certa paciência. A única ilustração é a da capa, feita pelo desenhista de personagens original, Akira Inagami.
Os pequenos eventos como as conversas entre personagens de fundo soam desnecessárias. Mas ainda assim, creio que contribui para a construção de um mundo verossímil. E graças à essa minuciosidade, mesmo quem não viu a série original, ou não se lembra de muitos detalhes, conseguiria ler sem grandes problemas. Bastaria saber só o básico.
O livro tem aproximadamente 310 páginas com um máximo de 17 colunas de 40 caracteres cada. Pode ser lido por quem tem conhecimento intermediário do japonês, mas devido à estrutura narrativa é preciso certa paciência. A única ilustração é a da capa, feita pelo desenhista de personagens original, Akira Inagami.
Linhagem de Roteiristas
O livro foi escrito por Aki Kanehiro, que é o pseudônimo usado por Akiko Inoue, filha do roteirista Toshiki Inoue e neta do também roteirista Masaru Igami, que trabalharam nas séries Kamen Rider e muitas outras de Anime e Tokusatsu. Akiko também escreveu a versão literária de Kamen Rider Decade com o pseudônimo sob supervisão de seu pai, que trabalhou na série de TV.
O livro de Futari wa Precure teve boa aceitação devido à fidelidade de caracterização, e por isso ela foi chamada para escrever episódios nas séries Precure a partir de Maho Girls!. Atualmente Akiko assina com seu nome verdadeiro e trabalha em GeGeGe no Kitaro.
Toshiki temeu que ela fosse alvo de agressões caso soubessem que era sua filha e por isso sugeriu que usasse um pseudônimo. Mas quando ela se revelou, Akiko ganhou mais prestígio, para a surpresa de seu pai, que percebeu que não era tão odiado assim.
O livro de Futari wa Precure teve boa aceitação devido à fidelidade de caracterização, e por isso ela foi chamada para escrever episódios nas séries Precure a partir de Maho Girls!. Atualmente Akiko assina com seu nome verdadeiro e trabalha em GeGeGe no Kitaro.
Toshiki temeu que ela fosse alvo de agressões caso soubessem que era sua filha e por isso sugeriu que usasse um pseudônimo. Mas quando ela se revelou, Akiko ganhou mais prestígio, para a surpresa de seu pai, que percebeu que não era tão odiado assim.
Bem que esse tipo de material poderia ser publicado por aqui, mesmo que fosse com uma tiragem limitada.
ResponderExcluirExpandir universos de filmes e séries para livros é uma boa ideia para contar mais sobre eles sem precisar de toda a megaprodução das telas, e às vezes algumas dessas expansões ficam tão boas que a gente fica se perguntando porquê tais histórias não são adaptadas para as séries. Star Wars é um ótimo exemplo de franquia que rende bons livros, e pelo visto Precure também é, achei muito legal usarem a história do livro para expandir o passado e uma personagem, principalmente com o detalhe do item de transformação. E interessante usarem os temas da guerra como pano de fundo, que é algo que gera histórias bem profundas.
Pô, tem gente que odeia o Toshiki Inoue? Acho que ele pode contar que fez o roteiro de DBZ e de Death Note que a galera perdoa hehe. Por falar em DBZ, o Kiriya me lembrou o Androide 17!
Obrigado, Ronin!
ExcluirO duro é que provavelmente não haveria público o suficiente para justificar uma tiragem, mesmo que com poucos exemplares. E traduzir esse livro em especial daria muito trabalho por ser altamente detalhista.
Toshiki Inoue é conhecido por não ter papas na língua e dizer as coisas na lata. Isso rende várias inimizades de vez em quando. E tem muitos fãs de Kamen Rider que não o perdoaram por algumas coisas e alegam que ele estragou várias séries. Mas eu mesmo não entendo... E pensar que foi o sucesso de Agito, escrito pelo Inoue, que fez a Toei retomar Kamen Rider como uma franquia.
Akira Inagami trabalhou em Dragon Ball e por isso tinha algumas manias. Tem outros vilões que parecem ter sido tirados de lá, como o último chefe de Splash Star. E eu não sabia que o Inoue tinha trabalhado em DBZ. Falam tanto do Toriyama e do Takao Koyama que eu me esqueço totalmente de ver os outros roteiristas. Então tem mais um elo de Futari wa Precure com Dragon Ball.
Olá!
ResponderExcluirDepois de concluir a série de tv, agora deu para ler essa matéria. Confesso que gostei de acompanhar, principalmente por ser a primeira que deu início à franquia. Interessante!
Não dá pra dizer que a ligth novel é um complemento ou extensão da animação, mas é possível, por exemplo, ter noção mais vasta sobre o passado da Sanae no período Pós-Guerra. Isso já dá margem para imaginar como seria uma explicação mais aprofundada (se houvesse algo assim no episódio).
Outro ponto a citar é a caracterização dos vilões, especialmente do Kiriya. Pessoalmente me surpreendi com a participação dele, até mesmo pela maneira como abordaram os sentimentos dele. No geral, Futari Wa deu o "ponta-pé" inicial, marcou época, e apesar dos anos que se passou ainda continua ser o favorito de muitos. Com certeza tem relação com a nostalgia!
Deve ser maravilhoso poder ler a obra original, com as palavras do verdadeiro autor. Há tantos títulos, tanta variedade por aí. Adoraria conseguir... embora no caso deste precisa ter minimamente um bom conhecimento da língua para entender os inúmeros detalhes.
Obrigado, Melissa!
ExcluirFutari wa Precure teve um bom desenvolvimento da amizade entre as duas. E cada uma delas tinha seus dramas e suas histórias de amor. Pena que aconteceu aquilo com a Honoka. Mas o Kiriya foi importante neste livro também e acho que é por isso que a autora o colocou na história, mesmo a ponto de não seguir a cronologia.
E mais uma vez, aquilo da Honoka e do Kiriya na sala de aula, quando ela vai tirar satisfações que me fez ver que Futari wa Precure era algo diferente do que eu tinha visto até então. Por isso gostei tanto. Na verdade tem um monte de cenas boas, como quando elas brigam, o que me faz ver por que teve tanto sucesso.
Caramba que interessante, obrigado pela resenha!
ResponderExcluirComo desejo ler isso agora... Interessante saber que a filha do Inoue, autor que hoje respeito pacas é uma baita roteirista tambem.
Futari wa Pretty Cure apesar de simples se comparada as produções mais recentes da franquia, ganhou um lugarzinho no meu coração, personagens bem desenvolvidos, cenas de lutas empolgantes e uma belíssima mensagem do valor da amizade e de se proteger aqueles e aquilo que realmente importa, e claro é TÃO anos 2000, amo esse aspecto, rs.
Obrigado, André!
ExcluirComo deu para ver, é uma dinastia de roteiristas começando pelo Masaru Igami, que escreveu episódios do primeiro Kamen Rider. Só que Inoue não se dava bem com o pai e jurou que iria ser bem diferente dele.
O jeito como desenvolveram a ligação de Nagisa e Honoka é um dos grandes atrativos e é isso que fez a série ficar famosa. Foi realmente uma das bases para o que veio depois.
Vim novamente pra reler a resenha, por conta da menção no episódio de Full Bloom, impressionante o trabalho da escritora, esses detalhes da vovó só enriqueceram a personagem pra mim, ela parece ser uma queridinha dos roteiristas da franquia, sempre trazendo uma palhinha dela, e rapaz, eu notei só agora o link com o doujin da Sanae como Cure, achei bem interessante rs.
ResponderExcluirObrigado, André.
ExcluirAkiko Inoue fez um bom trabalho e no romance literário de Kamen Rider Decade ela faz uma boa construção de cenários e ambientações também. Quase dá para vislumbrar o que acontece. Ela agora está em Kamen Rider Gotchard e pelo visto vai cuidar das histórias de Rinne/ Kamen Rider Majade.
Neste livro ela conseguiu enriquecer bastante a caracterização da Sanae. Talvez esse seja um dos motivos por ter me emocionado com o episódio. Saber pelo que ela teve que passar e que o que ela ensinou para as Cures era baseado em experiência. Mesmo o livro sendo uma trama paralela.