Saudações.
Desta vez vou apresentar a versão S.H. Figuarts do herói Kamen Rider Amazon, feita pela Bandai.
Amazon foi o único sobrevivente de um acidente de um avião que sobrevoava a floresta amazônica. Ainda bebê, ele foi encontrado e criado pelo Grande Ancião Bagoh, o líder de uma tribo que descendia dos antigos Incas. Essa tribo vivia escondida na floresta até ser atacada pelos homens-fera de Gedon, que mataram a todos e feriram Bagoh gravemente. Bagoh reconstruiu o corpo de Amazon e implantou nele o bracelete Gigi, o maior tesouro dos Incas, e antes de morrer, diz a Amazon para ir ao Japão e encontrar com um amigo do Ancião, o Dr. Kousaka.
Amazon consegue chegar ao Japão, mas ele não entende o idioma local e, como foi criado na floresta sem contato com a civilização, fica desconcertado com tudo o que vê. Por causa disso tudo, as pessoas o vêem com desconfiança e ele até é acusado de um crime que não cometeu. Amazon luta sozinho contra o mal sem ser compreendido pelas pessoas o que dá um ar melancólico ao seriado. Mas depois de salvar o menino Masahiko das mãos de Gedon, Amazon consegue apoio para sobreviver em um ambiente totalmente desconhecido para ele. Também é Masahiko que lhe dá o nome "Amazon" e diz que ele se parece com um Kamen Rider.
Mais tarde se descobre que seu verdadeiro nome é Daisuke Yamamoto, mas o herói prefere ser chamado de Amazon, mesmo na forma humana. E apesar de sua selvageria na luta, Amazon tem o coração mais puro dos Kamen Riders e luta com todas as forças para proteger as crianças.
Kamen Rider Amazon, de 1974, foi um seriado que fugiu bastante às regras da franquia. O herói não era baseado em um inseto, mas em um lagarto e ainda, ao invés de usar socos e chutes, ele lutava como um animal, com mordidas, arranhadas e cortes, com direito a mutilações com bastante sangue (representado por tinta colorida, fazendo parecer bem falso). O seriado tinha um ar bastante triste e melancólico com um herói incompreendido, mas isso fez com que a audiência caísse e foi necessário fazer mudanças. O advento de Masahiko e do "patrono" dos Kamen Riders, Toubee Tachibana, o Oyajisan (algo como "tiozão" em japonês) ajudou a aliviar o clima pesado do seriado. Ainda, os Gedon, homens-fera que capturavam os seres humanos para roubar-lhes o sangue e comer suas carnes (credo!) foram logo derrotados e trocados pelo Império Garander, que tinha um objetivo mais simples: dominar o mundo. Mas essas reformulações não foram o suficiente para garantir a sobrevivência do seriado, que se tornou o mais curto de todos, com apenas 24 episódios. Mais tarde, o seriado foi revisto e reavaliado pelos fãs e agora figura como um dos melhores da franquia Kamen Rider.
Curiosidade: Amazon nunca se encontrou com os outros Riders dentro de seu próprio seriado, sendo que isso só ocorreria em séries e filmes subsequentes. Mas na época havia um plano de se fazer um filme com os cinco Riders lutando contra um inimigo comum. Esse projeto foi rejeitado, mas serviu de base para fazer o primeiro seriado da franquia Super Sentai, o Go Ranger. Ainda, um dos nomes provisórios do herói era "Dragon Rider".
O conteúdo da caixa. O número de acessórios é razoável e vem com todas as armas que Amazon usou no seriado.
Visão de corpo inteiro. Uma representação bem fiel do original. O visual é bem berrante e diferente dos outros Riders, com exceção talvez dos olhos. Lembra mesmo um "homem lagarto".
"Close" do rosto. Apesar de ser um lagarto, ele tem olhos insectóides e até uma espécie de antena na testa. As listras não são apenas pintadas, mas esculpidas em relevo. Isso também se aplica às listras de todo o corpo.
A mandíbula é móvel, o que faz com que seja possível abrir a "boca", que tem serrilhas em forma de dentes. Amazon usava um golpe com mordidas chamado de "Jaguar Shock", que arrancou o braço de um inimigo.
As placas peitorais possuem articulações de modo a não interferir nos movimentos dos braços e eles possam ser fechados à frente do corpo. Uma boa solução para o problema apontado no Kamen Rider Nº 1.
No antebraço podemos ver o bracelete Gigi. Na ficção, Amazon morre se esse bracelete for tirado dele.
Mas no modelo, o bracelete é removível e pode ser trocado por outro que representa os braceletes Gigi e Gaga combinados, utilizados na luta final, o que fez com que Amazon desenvolvesse uma força incrível.
Assim como no Kamen Rider Nº 1, está incluída uma peça extra para trocar a ponta do cachecol para representá-lo em repouso.
Assim como o Mirror Knight, Amazon consegue curvar bem o tronco para frente. Isso ajuda muito, já que Amazon tem muitas poses em que ele fica arqueado. A "vela" das costas é feita de material maleável.
O problema é que as articulações das coxas são muito duras, o que dificulta fazer algumas poses. Fazer esse chute deu bastante trabalho e deu medo de quebrar a articulação. Felizmente o Amazon não usava muito os chutes, apesar de ser um Kamen Rider.
Os pés são de PVC e as botas são bem moldadas. Não sei se é só no meu exemplar, mas a placa do joelho escapa toda hora.
O cinto é feito de material maleável e é uma parte separada do corpo. Diferente dos outros Riders, o cinto não é o dispositivo de transformação do Amazon (que no caso seria o bracelete Gigi).
O cinto serviria para guardar a Condorer, uma ferramente de múltipla utilidade. Amazou a usou como serrote e como pilão para fazer remédios com ervas medicinais.
A parte da frente do cinto pode ser trocada por outra sem o Condorer.
Também está incluída uma peça para representar a Condorer no modo "corda".
A peça é feita de material maleável e pode ser curvada até certo ponto.
As luvas são bem modeladas, inclusive com as serras e até um ziper. As pontas das garras são pintadas de prateado.
Esta mão serve para ser colocada em uma peça de efeito.
Com isso, Amazon pode usar seu golpe fatal, o Grande Corte (no original 大切断 daisetudan). Foi com ele que Amazon derrotou a maioria de seus inimigos, com direito a jorros de tinta colorida, ora cortando um vaso sanguíneo vital ou decepando totalmente uma parte do corpo. Um dos (ou "O") golpes mais violentos dos Kamen Riders, que representa bem a selvageria de Amazon.
A peça não é muito pesada, mas o braço não pode sustentá-la por muito tempo. Ela também não é muito dura, o que faz com que seja um pouco mais difícil de quebrar. Dependendo do ângulo por onde se vê, ele parece mesmo estar cortando algo ao meio. É só que esse golpe na verdade é feito com a serra da luva e não com a mão.
E assim tivemos a apresentação da versão S.H. Figuarts do Kamen Rider Amazon. Mais uma vez uma representação fiel do personagem com uma modelagem incrível, que inclui até mesmo as imperfeições. Essa foi a primeira figura da Bandai a ter a articulação extra do tronco que foi implementada no Mirror Knight e por isso ele é bem flexível. Pena que as articulações das coxas são muito duras, apesar de serem extensíveis, o que prejudica bastante as poses. A placa do joelho que escapa a toda hora também não ajuda. Esses são os pontos que me impedem de recomendar o modelo completamente. Mas o resto não apresenta problemas. A peça do Grande Corte é impressionante e ela sozinha já é um bom motivo para os fãs comprarem. Duro vai ser encontrar uma motocicleta para ele. A moto do seriado, a Jungler, é bem espalhafatosa, quase um carro alegórico carnavalesco em forma de mosca, e por isso fica esquisito colocar o Amazon em uma moto comum. E até agora não existe nenhum anúncio de um modelo em escala compatível.
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