sábado, 13 de setembro de 2014

Ultra-Act Ultraman Tiga [Multi Type] (2ª Versão)

Saudações.


Desta vez vou apresentar a versão Ultra-Act do herói Ultraman Tiga em sua forma Multi Type, feita pela Bandai.






Já saíram vários modelos de Ultra-Act relacionados ao seriado Ultraman Tiga e apresentei todos neste blog. Por isso não sei mais o que dizer sobre ele. Sendo assim, aqui vão algumas considerações minhas sobre a série. Não é nada relevante e por isso, quem quiser pode pular direto para a apresentação.



Ultraman Tiga foi inesquecível para mim, pois foi a primeira e única série Ultra que eu pude ver no Japão em sua data de estréia em 1996. E não me esqueço da sensação. Eu estava lá, vendo o retorno das séries Ultra à televisão após dezesseis longos anos. Mais do que isso, eu estava vendo em tempo real, sendo que até então eu só conseguia ver em fitas de vídeo. E estava vendo uma repaginação completa da franquia, com novos conceitos e uma nova cronologia. Mas o essencial, o Gigante de Luz que luta para proteger os humanos de monstros e alienígenas, estava lá com histórias que tinham o teor das primeiras séries Ultra que eu via quando era criança (bom, ainda sou). Infelizmente não pude acompanhar toda a série por lá, mas por sorte o seriado passou a ser exibido aqui no Brasil, embora em um horário inconveniente para mim e sempre tinha que programar a gravação para ver depois. Cada capítulo era incrível, com histórias ora tristes (ex: A Defesa de Zelda-Point), ora cômicas (ex: S.O.S. do fundo do mar), mas todas de alta qualidade. A trilha sonora era digna de nota, dando o clima exato para cada cena, com músicas marcantes, capazes de evocar sentimentos de tristeza, felicidade, tensão e empolgação. Os efeitos usavam bastante computação gráfica, que já dava para ver que era um pouco precária, mas eu não me importava. As qualidades suplantavam de longe os defeitos, que existiam, mas eram insignificantes. Uma pena que o final não foi exibido por aqui e consegui ver só muitos anos depois. E afirmo sem qualquer sombra de dúvida que para mim esta é uma das ( se não for "a") melhores de todas as séries Ultra. E posso dizer que não é mera nostalgia, pois quando vi pela primeira vez já passava por um monte de contratempos e vendo agora de novo, ela consegue ser boa, superando o teste do tempo.

É certo que esse seriado teve bastante interferência dos patrocinadores, sendo que o herói tinha várias formas e às vezes surgiam veículos novos. Mas a equipe soube aproveitar bem esses elementos, inserindo-os de forma natural na série fazendo-os parecer parte dela desde o princípio. Eu não via isso como algo negativo (e continuo não vendo). Era um sinal dos tempos, pois isso era parte da fonte de renda da equipe de produção. E eu via a venda de produtos relacionados como algo desejado pelo público, uma vez que quando eu era garoto, sempre quis ter uma miniatura do Ultra Hawk 1 do Ultra Seven. Sinto inveja das crianças que puderam ter um Gun Phoenix ou um Chrome Chester quando Ultraman Mebius e Ultraman Nexus foram exibidos.

Por isso, não me importa que digam que o seriado foi um "sucesso ilusório" ou que ele era uma mera "vitrine para vender brinquedos", ainda assim Ultraman Tiga me marcou muito, ficou no meu coração e lá ficará por toda a minha vida.


O conteúdo da caixa. O número de mãos intercambiáveis diminuiu bastante, mas pelo menos as essenciais estão presentes.


Está incluído este catálogo com todos os DVDs e Blu-Rays da franquia Ultra. No verso tem um anúncio do BD-Box do Ultraman Tiga que vai sair em setembro. O preço é extremamente proibitivo, mas tenho que dar um jeito de conseguir.



Visão de corpo inteiro. O modelo é bem mais encorpado que a primeira versão. É como se desta vez colocassem o dublê Kouji Nakamura para vestir a roupa da Multi-Type ao invés de Shunsuke Gondo.



Close do rosto. As tecnologias avançaram desde o lançamento da primeira versão e agora a escultura está infinitamente próxima ao original.


O que eu gostei é que desta vez o cristal da testa é transparente e tiraram aquela borda amarela dos olhos.



O sistema de articulações do ombro é semelhante à da primeira versão, mas tem um pouco mais de espaço para se movimentar.



A Luz de Aviso é intercambiável como é de praxe.


E assim como na primeira versão, o formato não é totalmente redondo, mas multifacetado como uma jóia.


A musculatura é mais definida, sendo que o abdômen tem uma cavidade.






O tronco é altamente flexível. Sua mobilidade é uma das melhores da linha, só perdendo para o Mirror Knight.


O tornozelo tem uma articulação multidirecional, desta vez colocada em um ponto que permite grande liberdade de movimentos.


Com isso, o modelo consegue fazer vários tipos de poses.


A pose de luta característica do herói pode ser feita sem problemas e fica muito elegante.



Nas costas existe uma peça que, quando pressionada no lado direito faz levantar um painel...



... que pode ser trocado por outro, que tem um conector para bases com suporte.


Com isso é possível representar o Tiga voando...




... ou dando uma voadora. A curvatura do tronco também permite fazer a pose do pulo.


A abertura das pernas é digna de nota, sendo que ela é uma das melhores da linha desde que foi reformulada.



As placas peitorais podem ser movidas levemente para cima.




Elas podem ser trocadas por outras com cavidades em lugares estratégicos que dão mais mobilidade aos braços.





Com isso, o modelo consegue reproduzir os passos do golpe fatal do Ultraman Tiga: o Raio Zepelion.


Até é possível representar a pose de disparo do raio com as placas normais, mas não fica tão perfeito.


A peça de efeito que representa o herói concentrando energia é instalado no conector da Luz de Aviso.



A peça tem direitinho o arco de energia.


A peça com o raio não é recoloração de outra.



O raio usa material transparente com pintura em degradê, muito bonita.




Comparação com a primeira versão. Como dito antes, ficou bem mais encorpado.



A modelagem da cabeça melhorou bastante. Todos os pontos que me desagradaram na primeira versão foram sanados.


A protoforma é parecida, mas teve muitos melhoramentos.


Aqui dá para ver melhor a diferença da articulação do tornozelo. Pode ter ficado mais aparente, mas se tornou muito mais funcional.


Quem comprou a primeira versão não fica no prejuízo, pois os acessórios dela podem ser usados nesta. O raio Zepelion entra fácil e gosto mais desta versão, que é mais fiel.


A peça da concentração de energia que veio no Tiga Dark fica um pouco frouxa, mas entra. Gosto mais desta também.



As mãos intercambiáveis da primeira versão também podem ser usadas na nova. Só que é um pouco duro e é preciso cuidado para instalar e para retirar. Mas era assim na primeira também.


A peça do Hand Slash parecia ser frouxa, mas pressionando um pouco mais fundo ela entrou.


A barreira pode ser usada sem problemas. Ainda, é possível instalar as mãos em lâmina com os polegares voltados para dentro.


Esta mão, que eu acho muito importante, pode ser usada também. Mas é preciso um pouco de jeito para colocar e tirar.


Esta cena eu tinha que representar de qualquer maneira!




Mais umas fotos com o Ultraman.





Vários inimigos do Ultraman Tiga como o Golza, o Kyrieloid e o Evil Tiga foram lançados na linha e com isso é possível recriar várias cenas do seriado.


A primeira versão parecia "mirrada" em comparação com os outros Ultras da Nova Geração.



Agora este problema foi resolvido.



♪Shinin on Love♪



O problema é que agora o Power Type não parece mais tão forte. Mas existe um jeito de contornar isto.


Ultraman Tiga perde para o Gatanozoa e todas as tentativas de trazê-lo de volta fracassam.



Mas nessa hora o herói é revivido pela Luz do coração de todas as crianças da Terra.


Ele se torna o Glitter Tiga, ficando com 120 metros, mais que o dobro de seu tamanho original. E suas forças aumentam.


Seus movimentos se sincronizam com os das crianças...





... até mesmo na hora de disparar o Raio Glitter Zepelion.


E o golpe final é com o Timer Flash Special.
Ou seja, é possível usar este modelo como o Glitter Tiga. E faz sentido, já que nessa ocasião Kouji Nakamura usou a roupa da Multi Type.


Agora é possível ter todas as formas da série de TV mais o Tiga Dark.




E com isto termino a apresentação da versão Ultra-Act do Ultraman Tiga em sua forma Multi Type, feita pela Bandai. Em uma palavra: Perfeito! A troca das mãos é suave e foram feitas melhorias em relação à primeira versão. Na verdade, existem aperfeiçoamentos até em relação a outros Ultras da linha, com uma abertura de pernas e flexão de tronco melhoradas. É certo que ele não vem com tantos acessórios e mãos intercambiáveis como a primeira versão, mas para quem quer apenas uma figura do Ultraman Tiga Multi Type, este modelo vem com tudo o que é necessário. E quem tem a primeira versão não precisa se desfazer dela, já que todos os acessórios são compatíveis.  E ainda existe a possibilidade de usar este modelo como o Glitter Tiga. Obrigatório para quem é fã da série. 

4 comentários:

  1. Fala, Usys!

    Eu, como você, faço parte da geração que curtiu os 3 primeiros Ultras. Naqueles tempos das fitas VHS das empoeiradas locadoras da colônia japonesa, consegui ver uma ou outra coisa avulsa. Assim conheci Ultraman Ace e Leo. Quando surgiram os modernos (na época) Ultraman Great e Powered, procurei conseguir vídeos, mas fiquei decepcionado. Ultraman Zearth chegou a ser um constrangimento.

    Mas eis que surgiu o Tiga, que eu consegui assistir numa fita VHS graças a um amigo. A sensação foi ótima. A série começou bem e, logo no capítulo 3, já tinha um clássico, contra o Kirialien. A média de episódios bons e excelentes realmente me conquistou. Daigo também era um personagem mais humano, frágil e falível que os heróis do passado, e o grupo GUTS se mostrava um dos mais interessantes desde os esquadrões originais. Realmente, um clássico que honrou a comemoração de 30 anos da franquia.

    Pra mim é a quarta grande série do Universo Ultra, disparado. Tenho até uma pequena estatueta do Tiga, que guardo com cuidado. A cronologia da série fechou bem com o longa The Final Odyssey, mas fico pensando se ainda vão fazer alguma aventura com Tiga reunindo o elenco original. Como a cronologia do Dyna ainda está em aberto e as séries são interligadas, não duvido que ainda vejamos a Spark Lens sendo utilizada. Se for com a qualidade de história que nos cativou, será algo bem-vindo.

    Abraço!

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    1. Obrigado, Alexandre Nagado!

      Realmente naquela época era bem difícil de se conseguir programas japoneses, sendo que muito era fragmentado, sendo quase impossível assistir uma série completa. Ter uma fita selada era símbolo de status. Atualmente a coisa é bem mais fácil, mas algumas vezes penso se o público de agora dá tanto valor aos programas quanto o daquela época.

      Ultraman Tiga veio com tudo de bom que uma série Ultra poderia ter. E ainda por cima com conceitos modernos, como uma mulher comandante e o herói mais humanizado. Exatamente como tem que ser uma atualização.

      Ia ser bom ver o elenco reunido de novo em uma nova aventura. Em Super 8 Ultraman Brothers até conseguiram reunir uma parte (nem tinha percebido o ator que fez o Munakata). E eu ainda sonho com o dia em que o Shigeki Kagemaru vai virar um Ultraman.

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  2. Escritora e finalmente terminei de assistir "Ultraman Tiga" dublado. Para uma dublagem feita no Rio, escolheram bem as vozes e apesar do tom truncado no início da série e algumas entoações de nomes, fizeram um bom trabalho durante os episódios.

    A série em si é muito boa, deu pra sentir o trabalho que a Tsuburaya queria fazer pra revitalizar a franquia e bem, temos séries até hoje; elenco muito bem colocado e com suas personalidades, algumas ousadias que seriam melhor postas a cada nova série e um ultra simples e eficaz ao seu dever. Um ponto que me passou ao meu ver é: não vejo o Daigo como um hospedeiro e sim como um portador, aquele que adquire um poder e tem o dom de escolher usar para o bem-estar da humanidade, diferindo demais do conceito que temos de hospedeiro e ultra rotineiros. Outro aspecto que merece destaque é a artilharia da GUTS, tem tantos veículos e naves que ganham literalmente dos demais grupos de defesa de folga. E bem, isso quebrava um galho pro Tiga, não no fator auxílio completo, nisso Mebius fez melhor e sim em dar suporte nas missões.
    Os três últimos episódios são fantásticos, muito pelos riscos como da solução pra derrotar o último monstro, bem legais por sinal. O 49 também merece seus destaques.

    Assim, termino um ciclo desta franquia: ver o início, "Ultraman"; ver quem revitalizou, Tiga e quem começou a New Generation, Ginga. Vejamos como será "Ultraman Trigger", o quarto ultra desta tríade noventista.

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    1. Obrigado, Escritora!

      Acho que "Portador" realmente é a palavra certa, já que os poderes do Ultraman Tiga foram passados para o Daigo e não havia uma consciência de um outro ser dentro dele. E essa é mais uma das inovações da série. Uma boa observação.

      Gostava bastante da dublagem daqui e até me acostumei mais com elas, já que só tinha visto os três primeiros episódios em japonês na época. Uma pena que não durou muito e nem passaram o final. Mas deixou sua marca.

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