S.H. Figuarts Kamen Rider 1 (Movie)

Saudações.

Desta vez vou falar da versão S.H. Figuarts do Kamen Rider Nº 1, na forma em que ele aparece no filme homônimo, feita pela Bandai.

1. Informações

2. Modelagem
3. Articulações
4. Acessórios
5. Ação

Obs.: usei o termo "Movie" no título da matéria para diferenciá-lo da primeira versão.
Obs. 2: contém informações sobre os rumos do filme.



1. Informações

Takeshi Hongo, o Kamen Rider Nº 1, aparece com esta forma no filme comemorativo dos 45 anos da franquia, que se iniciou em 1971. Não é contado dentro do filme, mas ela seria resultado de várias reconstruções que o Rider sofreu ao longo dos anos durante a interminável luta contra Shocker e outros inimigos no mundo inteiro. Mas o preço a se pagar foi alto. Seu corpo acumulou severas injurias e Hongo agora tem pouco tempo de vida e de vez em quando sente dores intensas, especialmente no coração. Mesmo assim, ele retorna ao Japão para ver mais uma vez uma pessoa da qual ele cuidou por gratidão ao seu mentor, Toubee Tachibana: a jovem Mayu, neta do "tiozão".

Para representar Takeshi Hongo, foi chamado o ator original, Hiroshi Fujioka, (assim, com vírgula mesmo, uma excentricidade do ator). Um dos motivos da alteração no visual foi para adequar o herói ao porte físico atual de Fujioka,. E para vestir o traje foi designado o veterano Jiro Okamoto, que usava a roupa do Kamen Rider Black e mais tarde a de muitos outros heróis da Toei.

A relação entre "Takeshi Hongo" e "Hiroshi Fujioka," é bem interessante. Esse é um daqueles casos raros em que o ator "engoliu" o personagem e não o contrário. Tetsuo Kurata, o Kamen Rider Black ficou marcado pelo papel de Koutaro Minami por muito tempo a ponto de ser chamado por colegas de "Minami" nos bastidores de filmagens. Fujioka, não ficou apenas marcado pelo personagem como também o absorveu, incutindo sua própria personalidade na dele. Tanto que o grande mestre Shotaro Ishinomori chegou a dizer que para saber o que aconteceu com Takeshi Hongo depois do seriado, bastaria ver a história de vida de Hiroshi Fujioka,.

Fujioka, construiu sua carreira de forma sólida, se mostrando como "o samurai dos tempos modernos" e como um grande aventureiro em um programa de TV em que ele explorava lugares exóticos do mundo. Tão forte é sua presença que ninguém mais se lembra exatamente de como era o personagem "Takeshi Hongo", que na verdade não tinha uma personalidade especialmente marcante ou característica. E foi essa lacuna que Fujioka, preencheu.

O conteúdo da caixa. O Kamen Rider Nº 1 continua lutando apenas com seu próprio corpo, sem o uso de armas. Mesmo assim, o número de acessórios é bem menor que o da primeira versão. O volume da figura compensa parcialmente essa deficiência. Desta vez a venda foi aberta, com reservas a partir de 01/06/2016, conforme noticiado no Anime Brilliant Blog na época, na seção De Carteira Vazia.

2. Modelagem

Visão de corpo inteiro. Por incrível que possa parecer, a figura é um pouco menos volumosa que o do filme. A coloração lembra a da versão do traje Kamen Rider usada quando Hiroshi Fujioka, voltou a interpretar o Herói, a chamada "versão Sakurajima", com tons mais escuros. Faz sentido.

Close da cabeça, que guarda certa semelhança com a versão clássica.

O formato das antenas não é tão simples como a versão clássica, com detalhes nas pontas. O O-Signal ("terceiro olho") está presente. Os olhos usam a textura insectoide no fundo.


O cachecol é feito de material maleável e preso por uma conexão esférica, o que lhe da certa liberdade de movimentos. A instalação foi um pouco dura no meu exemplar. Desta vez não está incluída uma versão que parece tremular no vento.


Como dito anteriormente, o tronco é bem robusto. É feito um arranjo pesado em relação à versão clássica, com mais detalhes no Converter Lung (placa peitoral). Uma verdadeira "armadura", conforme Hiroshi Fujioka, a descreveu quando ele apareceu trajado com ela em um evento de divulgação do filme.


Nas costas existem detalhes em verde que lembram asas de gafanhoto. A novidade é uma parte que se parece com uma "espinha dorsal", como os Ultras.


Os braços são massivos e agora o Rider possui ombreiras, que aumentam ainda mais a sensação de volume. Existem também alguns detalhes em vermelho.




Existem moldes de ranhuras nas partes do traje que seriam maleáveis.




Essas ranhuras também estão presentes nas mãos, muito bem esculpidas. O protetor do dorso da mão tem protuberâncias para as bases dos dedos.


O cinto de transformação, o Typhoon. O núcleo é feito de material transparente.


Isso não está escrito nas instruções, mas a fivela pode ser representada fechada, formando o símbolo da Tachibana Racing, provavelmente colocada pelo Rider em homenagem ao "tiozão".




Diferente do original, os painéis laterais não são deslizantes. É preciso removê-los e recolocá-los, inserindo os conectores dos painéis em outra fenda no cinto.


A parte de trás do cinto, com o fecho.



Dos dois lados existem esses mecanismos com botões e interruptores de propósito desconhecido. Achei interessante por ter ficado algo que relembra aquelas máquinas dos anos 1970.


As pernas são massivas como os braços. As botas têm um formato mais complexo, lembrando os Riders de agora e os detalhes em vermelho estão presentes aqui também.


A sola é completamente lisa. Um aspecto que me desapontou, considerando que a S.H. Figuarts da versão clássica é bem detalhada.


Comparação com a versão clássica. É bem diferente, embora tenha alguns aspectos em comum. Uma coisa interessante é que tecnicamente essas duas são formas reforçadas do original.


A proporção é mais próxima do Kamen Rider Ghost, com quem ele contracena no filme.

3. Articulações

O pescoço tem boa liberdade de movimentos. A curvatura na parte de trás do capacete não interfere.

As ombreiras são móveis, mas não o suficiente para que os ombros se abram bem. Existe uma articulação giratória no antebraço.

Fechamento máximo do cotovelo.

Os pulsos possuem articulações multidirecionais. Apesar de sofrerem certa interferência da manga, eles se movem bem.

Com dá para imaginar, o tronco não é muito flexível, embora se mova mais do que parece. Ele gira bem na altura do peito e na cintura.

As coxas são extensíveis, mas a abertura não é muito boa devido ao volume delas. As couraças dos lados se movem, de modo a não atrapalhar.

O joelho não se fecha muito.

Os tornozelo possuem articulações em dobradiça, além das multidirecionais e com isso dão boa estabilidade ao modelo. A ponta do pé se dobra bem.

Assim como no filme, apesar das limitações o modelo se move mais do que aparenta.

Como é de se esperar, ele não é tão flexível quanto a versão clássica.

Mas é bem mais estável, podendo dar um chute alto e se manter de pé mesmo sem o uso de suportes.

4. Acessórios

Estão incluídos apenas mais dois pares de mãos além das fechadas que vêm de fábrica.

O último par tem um formato bem peculiar, como que para segurar o guidão de uma motocicleta.

Está incluída esta peça de efeito para o Rider Kick. A coloração com gradação do vermelho para o verde com pontas brancas é igual à do filme. A peça é feita de material rígido e por isso propensa a quebra e tem pontas afiadíssimas.

Ela se encaixa perfeitamente no pé direito da figura. É até mais fácil que na versão clássica.

A peça de efeito da versão clássica. À primeira vista elas parecem apenas ter cores diferentes.

Mas o encaixe do pé é diferente. Um modelo não pode usar o do outro.

5. Ação

- RIDER... HENSHIN!!!

- TOH!!!
O Kamen Rider concentra energia eólica no cinto para se transformar. Na série clássica, Hongo pulava depois da pose, mas isso foi omitido no filme.

Obs.: Na verdade o cinto se abre logo no primeiro passo, mas acabou ficando assim, como se a sequencia de movimentos ativasse a abertura.


Hiroshi Fujioka, conta que pôs bastante força na pose de transformação e que com isso quis representar não só o espírito da equipe da série clássica, como também o próprio Japão. Fujioka, é conhecido por ser patriota, mas considerando que a pose vem do teatro kabuki, talvez essa afirmação não seja um exagero.







O Rider se move mais rápido do que aparenta. Pena que não incluíram mãos para segurar objetos para representá-lo tirando a arma do inimigo e usando-a contra ele mesmo. Pelo menos, no mesmo período relançaram os soldados Shocker.


Antes de desferir os golpes especiais, o Kamen Rider faz uma pose semelhante à do primeiro passo da transformação.


O modelo não vem com uma peça de efeito para o Rider Punch e por isso uso a que vem no D-Arts Terry Bogard. Desta vez o encaixe é melhor.


- Espere, Chefe Hongo! Essa barreira é indestrutível e...
- RIDER PUNCH!!!
- Er.. Hum... Ok...


Ele também faz a pose agachado.


- RIDER JUMP!



- RIDER KICK!!!
O golpe mais icônico do Kamen Rider e que é tradição na franquia.


Ainda não houve um anúncio da venda da motocicleta do Herói, a Neo Cyclone. Por isso experimentei colocá-lo na versão The First. Ficou um pouco pequena e a figura não encaixa direito na moto.






Fotos com a moto e peças de efeito.


Tentei fazer um golpe original, o Cyclone Spiral, mas não deu muito certo...


Foto feita por preguiça de usar o computador.

- Takeru. O que é a Vida?
- É algo importante e que deve ser protegida.
Apesar de ter Takeru/Ghost ter sido encaixado na última hora, os dois têm uma boa interação e uma convergência de pensamento. Hongo sorri ao ouvir essa resposta.


- É uma frase bem antiquada. E me diga. Por que ela é importante e deve ser protegida?
- Bom, eu...
- Muito bem. Então esta é sua lição de casa. Pense bem nisso e depois me diga a resposta.
Mesmo assim, Hongo percebe que Takeru ainda fala as coisas da boca para fora e não as compreende verdadeiramente.


O Japão está em crise devido ao plano da Nova Shocker. Takeru então decide pedir ajuda a Hongo, que está em uma choupana no campo com Mayu, mas...
- Takeru. Por que você não acredita em sua própria força ao invés de pedir ajuda?


- Eu também tive muitos companheiros, mas nunca dependi da força deles.


- Ei, Hongo. Por um acaso você se esqueceu de mim? Sem a minha ajuda você teria perdido para os Shocker Riders, lembra?
E de fato, na versão em quadrinhos Hongo é morto por eles e Hayato Ichimonji tem que assumir seu lugar.

E também nos bastidores, Fujioka teria perdido o papel principal se não fosse a insistência do produtor Tohru Hirayama e a amizade de Takeshi Sasaki, que impôs a condição de ficar no seriado só até que o ator se recuperasse do acidente com a moto durante as filmagens. Ouvir isso da boca de Takeshi Hongo me desagradou profundamente.

O Kamen Rider Nº 1 morre ao impedir Mayu de ser prensada em uma parede, recebendo o impacto em seu lugar.


Hongo então é cremado em uma pira funerária. Takeru jura prosseguir com a missão do Kamen Rider e parte para enfrentar Wolga.



Nisso, algo misterioso acontece. O cinto se ativa e suga as chamas.




Com isso, o Kamen Rider volta da morte.


- Desculpe a demora, Takeru.
- Chefe Hongo!
Takeru se surpreende ao ver que Hongo ressuscitou.


- Vamos. Temos que proteger a Vida, que é a coisa mais importante deste mundo.
- Mas o senhor disse que essa frase era antiquada e...


- Eu sou o primeiro Kamen Rider.
Hongo concordava com Takeru desde o início. Mas o jovem Rider precisava compreender verdadeiramente o valor da Vida. Uma pena que o processo não foi muito bem explicado e Takeru pareceu ter ouvido a resposta atrás da porta, mas...


Infelizmente não houve transformação dupla e nem Double Rider Kick. Ghost fez isso com Spectre para só então o Nº 1 se transformar e atacava sozinho, ganhando mais destaque.


- Uma coisa é certa. Takeshi Hongo sempre será o meu Herói.
Hongo passa a Takeru o Legado do Kamen Rider e lições sobre a Vida que lhe serão úteis em sua missão.


O Rider então parte para uma nova viagem, pois sempre que alguém precisar ele estará lá.


O Rider estará sempre ao lado de vocês.
Não importa o que aconteça, estará junto com vocês.
Vivam, vivam, vivam até o fim.
O Rider sempre estará com vocês.

E esta foi a apresentação da versão S.H. Figuarts da forma do Kamen Rider Nº 1 do filme, feita pela Bandai. Desta vez a qualidade é alta, com uma figura robusta, não só na forma como na construção também. As articulações não são nada muito excepcional, mas considerando a forma, elas se movem bem mais do que aparentam. Apesar de vir com poucas mãos, a troca é suave, nem muito dura e nem muito frouxa. A forma é menos volumosa que o original do filme, mas ainda assim é suficiente. Um porém é que não incluíram um cachecol modelado como se estivesse tremulando ao vento, mas instalar o primeiro já foi difícil e por isso esse já está de bom e é possível fazer improvisações. Quem gostou do filme e/ou desta forma vai gostar da figura. É só que a moto Neo Cyclone ainda não foi anunciada para venda, mas pela tendência ela pode acabar sendo de venda exclusiva.

Vi o filme e falo dele em outra matéria. Se houver interesse, segue o link:

仮面ライダー１号 - Kamen Rider Nº 1