sábado, 3 de abril de 2021

Kamen Rider e eu

Saudações.

Hoje fazem 50 anos da exibição do primeiro episódio de Kamen Rider, iniciando uma enorme franquia que dura até os dias de hoje. Por isso vou falar sobre minhas experiências com ela.



Assim como com Ultraman, não me lembro de quando conheci Kamen Rider. Desde que tive noção de mundo, já tinha revistas sobre esses heróis em minha casa, além de um boneco de vinil do Kamen Rider V3, que tirava a máscara, mais outro do monstro Kamakiri Otoko (Homem Louva-a-Deus) da Shocker, e uma máscara avulsa de um boneco do primeiro Kamen Rider, da versão dos primeiros episódios.

Antiga TV Magazine com esquemáticos do Kamen Rider Nº 2 e de alguns monstros.

Mas não tinha tanto apego a Kamen Rider quanto Ultraman, pois não passava na televisão aqui no Brasil quando eu era menor. Existem relatos de que foi exibido um filme nos cinemas, mas já antes de eu nascer. Então só conseguia ver em revistas mesmo e usava o mesmo raciocínio da Família Ultra, achando que havia uma "Família Kamen Rider" ou "Irmãos Kamen Rider".

As revistas que eu tinha mostravam os Riders até Stronger e também a Tackle, que me fascinava e achava que também era Kamen Rider. Só muito mais tarde saberia sobre as circunstâncias de sua criação. Estranhava o porquê dela não ter aparecido em outras revistas e só depois soube de seu trágico destino.


Anos mais tarde consegui outras revistas e era a época de Super 1. Foi nessa que eu tive contato com crianças vindas do Japão e ficava intrigado pois elas mencionavam que cada Rider tinha uma "pose" característica. E elas imitavam (ou tentavam imitar) os movimentos. Mal sabia eu que essas poses tinham sentido e que elas eram usadas para as transformações.

No ano seguinte, vi em uma revista o Kamen Rider ZX, com um ensaio dele e o Super 1 enfrentando o monstro Amenbaroid. E também um mangá cheio de ação, terminando com um gancho bem interessante. Nessa época já existia o videocassete e locadoras especializadas para a colônia japonesa, mas por alguma razão, em nenhuma consegui encontrar algo de Kamen Rider.


O tempo passou e me afastei das séries japonesas. Só retomei quando encontrei uma outra videolocadora especializada pouco antes do grande boom do Tokusatsu no Brasil com O Fantástico Jaspion. Consegui revistas na época de Kamen Rider BLACK RX, que contavam várias coisas sobre o herói, inclusive sua forma anterior, o Kamen Rider BLACK. E quando vi o personagem Koutaro Minami, a primeira impressão que tive foi:

"Quem é esse franguinho de leite?"

É porque eu estava acostumado com heróis de aspecto mais rude e porte avantajado como o Gavan. Ou como o Ryo Murasame, o ZX, o último Rider que vi sem a máscara. Koutaro Minami me parecia um garotinho, mirrado, difícil de acreditar que era um herói. Me lembrava mais um membro de boys bands da época como o Hikaru GENJI ou o SMAP. Quanto ao Black, achava o visual muito genérico. Tirando a cor não era lá muito original. Na verdade, me chamava mais a atenção a presença do Shadow Moon, apresentado como um "Rider do Mal".

Por outro lado achava o RX mais legal. Ele tinha uma característica que eu gostava muito: a de mudar de forma para o Biorider e o Roborider. Mais interessante ainda era que elas se originavam de emoções como a fúria e a tristeza e achava que ele só assumia essas formas quando era tomado por esses sentimentos.

A revista que consegui falava justo do último episódio de RX, com a presença de todos os Riders de até então. A história era diferente do que apareceu na série de TV, com o Jark Middler sendo derrotado por um chute conjunto de todos os 11 Riders. E interessante que na seção de cartas havia crianças perguntando se todos os Riders tinham King Stones. O editor da revista não riu deles e nem nada. Apenas explicou que cada Rider tinha uma fonte de poder diferente e deu como exemplo o cinto Typhoon do Kamen Rider Nº 1, que era movido a energia do vento.

E pensar que na época de BLACK me fizeram essa pergunta uma vez.

Um dia encontrei uma locadora com fitas com o RX. Não tinha legendas ou qualquer outra coisa, mas conseguia acompanhar enquanto tentava retomar o aprendizado do idioma. Também foi nessa que eu vi que ele não precisava necessariamente ficar triste ou furioso para mudar de forma. Nesse meio do caminho Minami já se parecia mais com um herói para mim, mudando a primeira impressão que tive dele. E pensando bem agora, foi nessa que aprendi uma regra de ouro nas séries Kamen Rider: "Não julgue até ver em ação".

Foi nessa época também que li séries em quadrinhos contando histórias que se passariam depois de RX. Uma era 時空英雄仮面ライダー (Jikuu Eiyuu Kamen RIDER, algo como "Heróis do Tempo"), publicada na extinta TV Land, em que os Riders tinham que viajar pelo tempo em busca de pedaços de um artefato chamado "Brats", o Coração da Terra, e impedir que caíssem nas mãos do malvado General Jaolo. Esse consegui acompanhar por inteiro e foi bem interessante ao mostrar os Riders interagindo com figuras históricas/mitológicas como Son Goku, Yukimura Sanada e Sasuke Sarutobi.

Outra, publicada na TV Magazine era 仮面ライダー11戦記 (Kamen RIDER ELEVEN Senki, "Registro da Luta dos 11 Kamen Riders"). Seria uma continuação direta de RX em que os Riders enfrentam a organização Geist, que traz de volta antigos inimigos como o General Shadow, o Dr. G e o General Black. Logo no começo, Minami cai em uma armadilha ao encontrar o Kamen Rider Nº 1 preso em uma cruz. Mas descobre ser apenas uma cópia e é atacado por versões reforçadas do Taihou Buffalo e do Kumo Otoko, que se joga em um precipício junto com o herói. Pulei alguns episódios, mas consegui ver até o final.

E havia mais uma série na Televikun a 宇宙の11仮面ライダー銀河大戦 (Uchuu no Juuichi Kamen RIDER Ginga Taisen, "A Guerra Galática dos 11 Kamen Riders no Espaço"), com os Riders visitando uma estação espacial e enfrentando uma raça de formas de vida mecânica, que transformam o Kamen Rider Nº 2 em um deles. Esse só pude ver o primeiro capítulo, que termina com RX estarrecido ao ver a conversão do Nº 2.

Dessas revistas, só sobraram algumas TV Magazine com o primeiro, mais o penúltimo e o último capítulo de Kamen Rider 11 Senki. Parentes meus precisavam de material para poder estudar japonês e eu era o único na família que tinha revistas assim e por isso tive que "doar" para eles. Se aprenderam? Bom, digamos que até hoje, de vez em quando, vem gente me pedir ajuda sobre como dizer alguma coisa em japonês ou sobre algum costume de lá.


Algum tempo depois estreou finalmente o BLACK no Brasil e foi uma grata surpresa. Gostei bastante do clima de tensão dos dois primeiros episódios e ficava fascinado com a tristeza do herói de não ser mais humano e também o conflito com Shadow Moon. Claro que achava estranho terem trocado o nome dele para "Isamu" e o fato de traduzirem 改造人間 (Kaizou Ningen, literalmente "humano modificado" ou simplesmente "ciborgue") como "Homem Mutante", sabendo que não era nada disso. Mas esses dois termos acabaram pegando.

E soube por duas amigas sobre a versão do Black em mangá na revista Shonen SUNDAY e que tinha um final apocalíptico, trágico. Depois passei a acompanhar para ler Ranma 1/2, mas isso é outra história.

Foi nessa época também que conheci Alexandre Nagado, com quem tinha muitas conversas sobre as séries de Anime e Tokusatsu. E ele me mostrou uma fita de VHS de um Rider que se tornou instantaneamente um de meus favoritos: o Kamen Rider ZO. Com isso também pude ter consciência do diretor Keita Amemiya, que já trabalhava em RX, e também em BLACK, neste sem créditos (conforme foi descoberto mais tarde). Também passávamos bastante tempo especulando sobre Shin, do ano anterior e sobre J. E, claro, sobre BLACK, que estava na moda no Brasil.

Kamen Rider ZO
Disponível no canal oficial da Toei, legendado em inglês, mas traduzível.

Só que o final da série de TV de BLACK acabou sem ser exibido por aqui, logo passando para RX. Felizmente, nesse ano fui para o Japão em uma viagem de estudos e encontrei em uma locadora de lá os últimos capítulos de BLACK e RX. Dei um jeito de copiar e trouxe para o Brasil. Mostrei para um monte de gente que ficou maravilhado ao finalmente saber como terminava.

O tempo passou e as séries de Tokusatsu foram tiradas da TV brasileira. Se iniciou daqui um grande hiato e acabei me distanciando das séries Kamen Rider mais uma vez. No ano 2000 vi em uma revista o Kuuga, mas já sem tanto interesse. Ele me parecia feio, espalhafatoso demais.

No começo achava feio, mas depois essa impressão mudou.

Em 2001 pude ir ao Japão mais uma vez. E lá visitei uma exposição de Kamen Rider em um parque de diversões. Nessa eu pude retomar o interesse ao ver expostas as fantasias de personagens da época além de produtos relacionados. Uma peça curiosa que tinha lá era o Grande Rei, de Kamen Rider BLACK, que pulsava como um coração. Quando cheguei perto para ver melhor, ele acabou borrifando uma névoa gelada no meu rosto. Felizmente até agora não aconteceu nada. Ou será que...?

Folheto da exposição, a Kamen Rider World 01

Só abrindo um parênteses, mas nessa eu fui com meu irmão, que já não tinha tanto interesse em Super Heróis Japoneses. Por isso ele até achou interessante a exposição, mas não estava tão entusiasmado quanto eu. Mas quando saímos do prédio da exposição ele notou que esse parque tinha uma montanha-russa. Ou melhor, várias de todos os tipos, até com algumas em que dava para ficar de pé. Esse parque era a Expoland em Osaka, o maior parque de diversões de montanhas-russas do Japão. E meu irmão adora montanhas-russas enquanto eu tenho medo de altura. Então os papéis se inverteram e lá fui eu ser chacoalhado de todas as formas possíveis e imagináveis...

Também foi lá que vi a Torre do Sol e descobri mais tarde que esse parque foi aberto na época da Japan World Exposition em 1970. Uma pena que nessa época não tinha uma câmera digital e o álbum não ficou comigo.


A internet já havia se instalado no Brasil, mas a passos de tartaruga, incluindo a velocidade de conexão. Sendo assim não conseguia acompanhar séries e só via fotos dos novos Riders que iam aparecendo. Mas pude fazer pesquisas e descobrir um nome: Tohru Hirayama.

Até então achava que a criação do Kamen Rider era mérito só de Shotaro Ishinomori, mas pesquisando sobre Hirayama, percebi que o Mestre Desenhista não foi o único responsável pela criação e pelo sucesso do personagem. Havia outras pessoas envolvidas com tanto mérito quanto ele. Descobrir isso foi uma experiência bem interessante e enriquecedora, me mostrando que tem gente que fez muita coisa mas não lhe é dado o crédito devido. Ao menos por aqui.

Só muito tempo depois eu saberia de toda a história.

Mesmo assim o interesse por Kamen Rider foi diminuindo gradualmente quando passei a me concentrar em meu trabalho. Isso mudou de novo quando viajei para o Japão em novembro de 2009 e vi um episódio de Kamen Rider W e achei interessante. Mas pensei que era tarde demais para começar, por acreditar que os seriados estreavam em abril. Não sabia da grande mudança de datas a partir de Decade. E decidi retomar no ano seguinte. Para isso eu fiquei esperando pela estreia da próxima série, que só viria em setembro de 2010, com Kamen Rider OOO.

Essa série foi um tremendo choque cultural. Até então, por estar afastado, ia muito pelo papo de gente da internet que dizia que as séries Kamen Rider atuais eram fracas e inferiores às clássicas. Até dizia besteiras como "o último Kamen Rider bom foi BLACK" (ignorando o ZO, crime imperdoável). Ledo engano...

Kamen Rider OOO alargou meus horizontes. As séries Kamen Rider realmente tinham mudado, só que para melhor. Antes era só uma luta do Bem contra o Mal, mas agora eram levantadas questões sobre o ser humano. O que é Desejo. O que é Justiça. O que é Herói. Algo muito mais complexo, profundo, ainda que regado com tons de comédia eventualmente.

Foi nessa que me reencontrei com Yasuko Kobayashi, que conhecia de Galaxy Angel. Ela havia começado a trabalhar na franquia a partir de Ryuki e nessa época havia quem duvidasse de sua capacidade pois ela declarou nunca ter trabalhado com Kamen Rider antes. O tempo passou e o resultado todos sabem.

Mais da retomada nesta matéria sobre o OOO.

Com Fourze, enfrentei o que chamo de "Síndrome do Sucessor", em que não aceito bem uma série que tomou o lugar da minha favorita, ao menos no começo. Ficava comparando com OOO, achando que era inferior. E achava bem estranho o visual do Gentaro com seu enorme topete. No começo achava que tinham feito nesse formato visando a exportação no formato Power Rangers, por se passar em uma escola com tipos bem próximos de séries americanas. Mas com o tempo isso tudo foi superado e pude ver o brilho próprio de Fourze, passando a gostar da série.

Daí não parei mais. Vieram Wizard, com uma ação altamente estilosa, que me encantou. As interações do Rider principal com o secundário, Beast, eram bem engraçadas. Em Ghost, apesar do roteiro ser um tanto irregular, tive simpatia pelos personagens, em especial o protagonista por ter passado por algo parecido. A atuação de Takayuki Yanagi como o monge Onari também é digna de nota. E Zi-O também vi mais pelos personagens e pelas atuações de So Okuno, que sabia fazer um "olhar de Rei", e de Keisuke Watanabe, com seu enorme carisma.

Em Gaim tive um choque de ver a transformação pela primeira vez, mas ao saber que o roteirista era Gen Urobuchi, que conhecia de Puella Magi Madoka Magica, sabia que não ficaria só no clima de comédia do começo e algo cruel aconteceria.

Foi nessa também que tive contato com um lado negativo do fandom. Urobuchi apesar de tudo tinha muitos detratores e eles insistiam em catar os menores errinhos e furos no roteiro para acusá-lo. Foi um dos piores momentos que enfrentei na retomada, ainda mais por eu ser um dos que reconhecem seu trabalho. Ao menos Urobuchi tem nervos de aço e escreveu o seriado até o fim, ainda que fazendo algumas concessões.

Nisso, tentei retomar o tempo perdido e procurei por outras séries mais antigas. Me chamou a atenção Den-O, que tinha um clima de comédia com personagens marcantes. Se tornou uma de minhas favoritas logo de cara e entendi por que encantou tanta gente, gerando várias séries derivadas, inclusive uma recente, feita no ano passado.

E claro que me choquei com Amazons, uma série com um clima pesado, árido, e muitas questões morais. Provavelmente o mais próximo do que Shotaro Ishinomori havia idealizado. Tinha uma atmosfera oposta à de Den-O e é a prova da versatilidade de Yasuko Kobayashi, que foi a roteirista principal dessas duas séries. Nada mal para alguém que "nunca escreveu sobre Kamen Rider na vida", mas que mostrou excelência nessas duas (e em OOO). Daqui outra lição: nunca desdenhar ou subestimar achando que sabe de tudo. Sempre existe a possibilidade de se estar enganado.

Ainda tem na Amazon Prime Video, mas só para me garantir...

Dentre os programas matinais de domingo, acabei gostando de quatro séries em especial: Drive, EX-AID, Build e Zero-One. E descobri que elas tinham algo em comum: a presença do produtor Takahito Ohmori, que também foi o responsável per Kyouryuger, a minha série Super Sentai favorita. Uma pessoa com quem eu senti sintonia ao escolher os melhores roteiristas Riku Sanjo, Yuuya Takahashi e Shougo Mutou para escrever as séries. E em 2020 ele enfrentou um grande desafio ao ter que driblar as limitações causadas pelo COVID-19 e entregou um excelente trabalho com Zero-One.

Ainda estou no meio do caminho de W, em que me interessa a parceria de Shotaro e Philip, os dois que compõem um Kamen Rider. Com histórias bem feitas, bem pensadas e com certa crítica social. E que fez tanto sucesso que gerou uma continuação em Mangá, que por sua vez será adaptado para Anime como parte do projeto dos 50 Anos de Kamen Rider. E será exibido pela Funimation no ocidente, mas ainda não se sabe se virá para o Brasil.


Também estou no meio de Blade, que no começo é enfadonha, mas começa a engatar depois de alguns capítulos. Uma pena que sei como termina, o que diminui um pouco minha motivação, mas quero dar um jeito de ver. E faltam ainda Kuuga, Agito, Ryuki, 555, Hibiki, Kabuto, Kiva e Decade. Ou seja, quase todos os que vieram antes de OOO. E também vários Riders Clássicos que vieram antes do especial com o ZX.

As séries Kamen Rider mudaram com os tempos. Mas foi necessário para se manter vivo o nome do herói. Estou ciente das circunstâncias, de que não foi algo intencional, planejado, mas ainda assim entendo por que tudo aconteceu assim. E também sei que os princípios de Shotaro Ishinomori ainda são utilizados no design dos heróis, mesmo depois do falecimento do Mestre em 1999. Os tempos mudaram, assim como as ideias das pessoas como levantou o roteirista Toshiki Inoue uma vez. Mas tem uma coisa que não muda:

"O Kamen Rider luta pela Paz no Mundo e pela Liberdade da Humanidade"

Luta para proteger quem precisa, colocando a vida das pessoas acima de tudo. É alguém que enfrenta um destino que lhe foi imposto.

E os Kamen Riders juntam forças quando um companheiro está em perigo, algumas vezes para dar treinamentos. Por isso, não reconheço os filmes "Showa VS Heisei" ou os "VS Super Sentai". Porque ainda me lembro das palavras do OOO para o W em outro filme de que "Kamen Riders se ajudam". E que foi relembrado por Shotaro quando eles se encontraram com Fourze depois, em outro filme que considero como a última aparição dos Sete Gloriosos.

Ainda, para mim Kamen Rider = Herói. Sendo assim, não reconheço vilões como Evolt, Chronos e outros que se divertem com sofrimento alheio ou são movidos por ganância. A meu ver eles só se auto-intitulam. Não são verdadeiros Kamen Riders.

Mas estas são só as palavras de um fã qualquer (eu), que ainda tem muito a aprender sobre Kamen Rider. Porém estou disposto a não parar de pesquisar, de estudar. Vi que existem coisas que tomamos como verdades, até absolutas, mas descobrimos que não era assim. Ou surgem fatos novos que contradizem os anteriores.


E agora a Toei está finalmente investindo na marca do Kamen Rider no exterior. Começou com a exibição dos primeiros capítulos de algumas séries e alguns filmes no Canal Oficial no YouTube. E vem por aí mais coisas para a comemoração dos 50 Anos, como Kamen Rider BLACK SUN, um reboot de Kamen Rider BLACK, e Shin Kamen Rider, escrito e dirigido por Hideaki Anno. Ainda não se sabe se serão exibidos fora do Japão, mas estão sendo feitos esforços nesse sentido.


As séries Kamen Rider ainda vão longe. Agora mesmo está em exibição Kamen Rider Saber, que teve um início irregular, mas agora tudo está se encaixando e se ajustando. E não há sinais de que esta será a última, tendo em vista os projetos acima. As vendas de produtos também tem sido muito boas, então não há nenhuma razão para que pare. Ou melhor, agora é seguir em frente!


Ah, também é o aniversário do blog. Por coincidência, foi ao ar nesta mesma data há 11 anos.

14 comentários:

  1. Olá! Tudo bem? Que história fascinante! Eu tenho uma história parecida mas,com a
    família Ultra. Sobre o filme de Kamen Rider aqui no Brasil foi em 1979 em um cinema no RJ , no caso foi aquela versão Tailandesa que usaram os primeiros Riders , uma produção pra lá de capenga ! O título aqui ficou " Os 5 super Homens " e aqui em São Paulo, na liberdade foi exibido no Cine Niterói o filme do Kamen Rider Super 1 , isso entre 80 /81 mas era restrito mais para a colônia.

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    1. Obrigado pela visita e pelas informações!

      Puxa, então foi por pouco que eu vi o do Super 1. Fui ao Cine Niterói no fim de 1981 e começo de 1982, mais ou menos, para ver o Horus e O Gato de Botas. Já "Os 5 super Homens" era bem quando estava começando a ter noção de mundo, então provavelmente me lembraria. Mas se é a versão tailandesa, então nem valeria a pena ver.

      Agradeço de qualquer maneira.

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  2. Fala, Usys! Primeiro, parabéns pelo aniversário do blog! (Fiz uma pequena referência no Sushi POP)

    Meu primeiro contato com Kamen Rider foi mesmo com o BLACK, e fui fisgado logo de cara, mesmo reconhecendo hoje que a série é um pouco irregular. Antes até do RX, consegui ver o V3 em VHS, e achei bem interessante. Para mim, se Ultraman era o "Superman japonês", Kamen Rider seria o "Batman", por ser mais humano, mais sombrio. O ZO realmente foi sensacional e eu me lembro de quando vi pela primeira vez, na fita que meu pai havia mandado do Japão. Eu pensava: "Eu preciso mostrar isso pra alguns camaradas!" E foi o que fiz.

    RX tem grandes momentos, mas gostei muito menos, por problemas inclusive que já apresentei em artigos, mas também tem lugar de destaque. Da era Heisei para a frente, realmente me afastei, perdi interesse, mas confesso que achei Den-O e Fourze muito divertidos, do pouco que vi. Estou bastante curioso com esses reboots do Black e do Rider original, espero que valha a pena a espera.

    E Kamen Rider, ao representar alguém que luta pela liberdade, parece um herói muito adequado a estes nossos tempos, com cada vez menos liberdade, em todos os sentidos.

    Grande abraço!

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    1. Obrigado, Nagado! Mas o mais importante é o Cinquentenário do Kamen Rider, que só se comemora uma vez.

      Naquela época tudo era novidade, então BLACK parecia ser uma série perfeita. Mas depois passamos a ver melhor, embora desse para notar que aquele monstro do 2º episódio era só um cachorro fantasiado. Mesmo assim a direção compensava.

      Boa essa analogia! Tenho essa impressão também do Kamen Rider ser próximo do Batman. E desde pequenho já dava para sentir que Kamen Rider tinha mais "sujidade", algo mais pobre que Ultraman em que dava para ver que era alguém fantasiado e não um robô ou um autômato como eu pensava que eram os monstros das séries Ultra. E fico muito grato por ter me mostrado o ZO! Essa eu posso dizer que mudou minha vida e me fez procurar por outras produções do Amemiya como o Hakaider.

      Den-O é muito legal! Recomendo retomar, em parte para conferir o trabalho do Hideo Ishiguro antes de Orb. Ah, e do Takeru Sato, que é impressionante.

      Aqui deu para ver que a Toei vai botar mais força no Kamen Rider. Assisti ao vivo o anúncio e fiquei bem surpreso com tudo isso. Prova de que eles estão fazendo pesquisas para ver em que personagens investir. Faz um tempo que queria ver a história do W e agora vou ter a chance. Essa do BLACK parece promissora, mas só espero que não carreguem muito no "fator adulto" e deixe a história enfadonha. Já o Shin Kamen Rider pode ser interessante. Vai depender de como vai ser o Shin Ultraman. Mas tem bastante chão até lá. Vamos esperar para ver!

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  3. Escritora ao dispor e minha história com a franquia "Kamen Rider" começou com Black e Black RX na extinta Rede Manchete, engraçado que tenho mais lembranças do RX do que do Black; de Kuuga pela revista "Herói" da Conrad Editora são as lembranças mais antigas que tenho.

    Agora, se fosse dizer se assisti algo, foi só de uns anos pra cá com Kamen Rider Kuuga, Kamen Rider Amazon, vi um pouquinho do Kiva (pretendo ver até o final, espero), Kamen Rider Amazons e semanalmente, Kamen Rider Zero-One.

    Destes que pude ver, meus favoritos são Amazon, Amazons e Zero-One. Pra ver, Kiva, Den-O, Gaim e Build que me interessaram, rever e assistir Black e Black RX , tudo na espera. Admito que é uma franquia que tenho umas ressalva, muito pelo visuais e enredos um tanto instáveis, muito diferente de acompanhar a franquia Ultra; claro, compreendo perfeitamente as mudanças que foram feitas, fico com certo pé atrás quando vejo os visuais e me pergunto, é realmente necessário ser tão espalhafatoso? Zero-One provou que dá pra fazer algo assim, sem soar berrante nos olhos, recomendo muito esta série para quem quer dar chances pra franquia.

    De todo jeito, parabéns Kamen Rider por completar 50 anos e fazer parte da história do tokusatsu nipônico. Ansiosa para as postagens para esta comemoração.

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    1. Obrigado, Escritora!

      Acho que muita gente começou pelo BLACK por aqui. Uma pena que não deu para eu ver muito da versão brasileira do RX.

      Recomendo fortemente o Build. Esse tem uma história muito boa, assim como os personagens. No começo pode parecer irreal... digo, irreal demais, mas depois faz sentido. Teve que ser daquele jeito. E vai ser legal ver o Eiji Akaso, o Hiroki da segunda temporada de Amazons, interpretando outro personagem.

      Zero-One acertou em um monte de coisas, a começar pelo visual. Mas é que ele foi mesmo feito seguindo um raciocínio diferente dos outros. Vou ver se consigo publicar algo nesse sentido na semana que vem. Na verdade a intenção é de ser o Mês do Zero-One.

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  4. Olá!
    Uau! Quanta história, quanta experiência! Cada série foi mencionada com muito esmero, apontando certos detalhes e contextualizando. Divertido ler estes relatos tão vividos, principalmente os momentos mais descontraídos como quando foi ao parque e enfrentou a montanha-russa ou quando levou a borrifada no rosto. Tem até folhetos e itens raros!
    Saber que tal franquia de Tokusatsu fez/faz parte da vida de tantas gerações, e que mesmo com todas as dificuldades da época conseguiu sair e chegar do outro lado do mundo, vindo ao Brasil, é realmente fascinante. Ainda mais fascinante é o fato de hoje estar ampliando os horizontes com a força da tecnologia.
    Quando era criança tive meu primeiro contato com Kamen Rider após comprar um boneco de vinil do Black RX num feira livre da região. Achava legal, mas não fazia a mínima ideia do que realmente significava. Anos depois com seus tweets resolvi assistir W e Zero-One, na sequência. Gostei bastante!
    Até então desconhecia a importância da obra como um todo, quão profundo se dá o trabalho nos bastidores para colocar todos os projetos em prática. Embora seja desafiador, trata-se de uma contribuição de criadores de heróis. Um símbolo relevante que atravessa inúmeras culturas. Acho verdadeiramente bonito. Conheço pouco, porém aprendo todos os dias lendo o que escreve e divulga. Por isso tenho muito a agradecê-lo! Excelente matéria!
    Que venham mais novidades! 50 anos de Kamen Rider muito bem celebrados!

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    1. Obrigado, Melissa!

      Kamen Rider fez parte da minha vida, então o relato acabou sendo bem longo. Torço para que não tenha sido enfadonho. Mas foi para mostrar o que aprendi ao longo desses anos.

      W e Zero-One são grandes séries. Mesmo no meio do caminho, W me fascina e entendo por que é tão popular. E Zero-One também foi ótima! Me empolgou de um jeito que faz tempo que não havia sentido.

      E lendo sobre os bastidores, a gente vê o quanto o pessoal bota a inteligência e a criatividade para funcionar. E também a carne e o sangue para nos divertir. Algumas vezes dá certo, outras vezes nem tanto, mas admiro o esforço deles. E é bem por aí. Um símbolo que inspira as pessoas de várias partes do mundo. E agora, quem sabe, realmente ganhem o planeta.

      Obrigado mais uma vez por manifestar interesse e experimentar. E ainda bem que foram essas duas séries que, mais uma vez, são das que acho as melhores.

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  5. Nobre Usys! Primeiramente, meus parabéns pelo aniversário do Blog! Muita história bacana nesse pequeno espaço de tempo, hein?! Desejo muito sucesso e que essa enciclopédia possa se tornar ainda mais conhecida pelos fãs de cultura pop japonesa daqui do Brasil!

    Caramba, 50 anos de Kamen Rider! Muito legal poder acompanhar sua trajetória enquanto contava sobre a história da série. O legal de histórias de super-heróis é isso mesmo: poder se inspirar e aprender coisas boas com eles, mesmo sabendo que são personagens fictícios, mas com ações que podem ser replicadas por pessoas comuns como nós!

    Minha história com os KR só começou com o Black - eu era bem novo e fiquei abismado com aqueles gorgons lutando com o herói que deveria ser um vilão, mas que resolveu usar os poderes para enfrentar o mal. Aquele tom sério e todo o drama me conquistaram.
    Graças ao Blog, pude ver várias outras séries além do Black e RX - e curti o que vi. Não cheguei a terminar outra além do Ex-Aid, mas passei da metade do Build e vi alguns episódios do Zi-O e Ghost.

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    1. Obrigado, Adelmo!

      Tentei contar aqui o que eu aprendi com as séries Kamen Rider, tanto como fã quanto como pessoa. E os heróis Kamen Rider têm um monte de coisas para ensinar a nós e às crianças, sim. Por exemplo, o Zero-One, que apesar dos trejeitos é um cara com coração de ouro.

      Acho que a grande maioria dos fãs brasileiros viu o Black, embora conheça gente que começou com os mais novos. Por isso boa parte do texto foi sobre ele. E que bom que deu uma chance para os Riders mais recentes, especialmente o Ex-Aid, que é outro grande cara e mostrou mais de uma vez o que é ser Herói. Mas recomendo continuar o Build que é muito bom. Zi-O e Ghost gosto mais dos personagens e tem umas cenas de ação legais do Koichi Sakamoto.

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  6. Show! Histórias que só um fã de verdade pode contar!

    A parte que fala sobre as crianças imitando as poses prova o quanto as poses heroicas são importantes, é uma forma da criança imitar o herói e se sentir como ele. É uma pena que muita gente ache que isso é bobagem.

    Pelo visto essas revistas são bem raras! Pena que não conseguiu ficar com todas, mas só de ter alguns exemplares já é um grande feito. E se as outras serviram para ajudar outras pessoas com o básico já tá valendo.

    Ter que encarar justo as maiores montanhas-russas do Japão deve ter sido dureza! Ainda bem que pelo menos você já tinha conferido a exposição, pois se fosse depois a cabeça poderia ainda estar girando e nem conseguiria prestar atenção na exposição hehehehe.

    É interessante ver o quanto Kamen Rider é extenso como franquia, algo que requer uma certa dedicação dos fãs, pois é diferente de acompanhar uma série extensa com várias temporadas, já que em Kamen Rider tudo muda, novos cenários, novos personagens, novos atores. Então acho que requer bastante trabalho para se manter atualizado, não confundir os personagens de cada série, e até tentar não misturar as histórias na cabeça hehehe. Eu que só assisti o Black e alguns episódios do Black RX na Rede Manchete sempre fico impressionado ao ver que a franquia é muuuuito maior do que apenas essas duas séries. O conhecimento que você tem sobre a franquia é impressionante, e é show demais que você o compartilha aqui na Casa, de forma que até eu que sou praticamente um estranho para ela consigo compreendê-la em certos pontos.

    Tomara que a franquia continue por muitos e muitos anos, inspirando mais e mais crianças com suas poses heroicas, pois isso deixa qualquer infância melhor. E claro, nós marmanjos também adoramos uma boa história heroica. E é claro que entre essas crianças estamos todos nós que adoramos uma boa história de heróis!
    E que legal que a Casa faz aniversário junto com Kamen Rider! Parabéns para ambos! 11 anos de Casa, já é Senpai no ramo hehehe.

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    1. Obrigado, Ronin!

      No caso de Kamen Rider essas poses tinham um sentido. E algumas eram bem complexas, mal dava para decorar todos os passos. Mas é por aí. Assim elas ganham mais coragem.

      Tentei contar o que fui aprendendo, de alguém que não sabia nada e tinha que imaginar como era até conseguir um pouco mais de conhecimento. Mas vendo bem só estou contando vantagem. Mesmo assim resolvi escrever para mostrar tudo o que passei e que Kamen Rider também fez parte da minha vida. Só que eu queria ter as revistas de volta por serem registros da época, especialmente as sessões de cartas.

      O legal de Kamen Rider é que nem todas elas não são interligadas e por isso dá para ver todas ou só uma e ficar só com essa. Dá bastante liberdade, o que é imprescindível para que elas se renovem e atraiam novos públicos. É outra coisa que aprendi.

      Já se passaram 11 anos. E vou fazer o possível para continuar. Desanimei um pouco no mês passado, mas vou ver se retomo o que era o principal do blog. E quero fazer deste o Mês do Kamen Rider.

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  7. Cara bem interessante.
    E acho uma baita injustiça a Tackle não ser considerada a primeira Kamen Rider feminina.
    Eu sempre achei o Black mais interessante que o RX tanto a série quanto o visual, apesar de achar bacana o design do Bio Rider e Robo Rider.
    Realmente Kamen Rider ZO é maravilhoso, e acho que muitos conceitos ali poderiam ter sido aproveitados na era heisei.
    Não sei se concordo com a afirmação de "mudaram pra melhor", mas concordo que o pessoal fala muita groselha sem conhecer motivados por nostalgia vazia. Acho que tem muita série boa pós Black, mas acho que também tem seus aspectos negativos se comparada as clássicas.

    Por enquanto meus favoritos são Kamen Rider, Amazon, Stronger, Black, ZO, Agito, Blade e Zero One.

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    Respostas
    1. Obrigado, Dan Banchou.

      Ao invés de dizer que "ficaram melhores", talvez eu devesse ter dito que "gostei mais" do teor das histórias de agora, em que os conflitos não são mais só do "Bem contra o Mal". Algumas vezes é o "Bem contra o Bem", dependendo do ponto de vista. E também que o "Mal" também existe no lado protegido pelo Herói. Algo que foi abordado de forma mais extensa em Amazons. E OOO também tem disso.

      Tackle foi uma pena. Podia ter sido uma boa Rider se fosse até o fim. Mas aqui ela ainda vive e é parte d'Os Oito Gloriosos.

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