5 anos de blog & figma Konata Izumi

Saudações.

O blog completa 5 anos, desde seu lançamento em 03/04/2010. Não consegui pensar em nada muito elaborado e decidi refazer a apresentação da versão figma da Konata Izumi, de Lucky Star, feita pela Max Factory. Com isso espero ver se eu progredi alguma coisa em todos esses anos. Link para a primeira apresentação aqui.

Konata foi a minha primeira figma e a segunda peça que apresentei no blog. Também foi ela quem reacendeu meu interesse em figuras articuladas. Ou seja, ela representou um recomeço para mim. E a tenho usado bastante em outras apresentações e fotoestórias, já que, como ela é fã de quadrinhos, desenhos animados, seriados e outras coisas da cultura pop, fica fácil fazê-la interagir com personagens de outras obras.

Já acompanhava o desenho e só alguns anos depois pude conseguir a série inteira em um Blu-Ray Box.


Também tive a oportunidade de visitar a casa do autor da série em quadrinhos, Kagami Yoshimizu, na cidade de Satte em Saitama, conforme contei aqui.


E finalmente consegui a série em quadrinhos. Nenhum desses itens é de segunda mão. Agora, se me encontrar de novo com a mãe do desenhista, com quem conversei quando fui para Saitama, posso falar com ela de cabeça erguida.


O conteúdo da caixa. Só vem com duas peças de expressão, o que é bem pouco para a Konata. Mas felizmente surgiram variantes dela com mais peças e com intercompatibilidade.



Visão de corpo inteiro. Uma representação fiel ao desenho animado na medida do possível, já que o traço tem várias deformações de acordo com cada situação. Ficou bem feitinha e dá para ver logo de cara que é a Konata.



Close do rosto. A tampografia dos olhos é magnífica, com o olhar de quem não quer nada, característico da personagem. Tem direitinho a pinta debaixo do olho esquerdo e a boca tem o formato da de um gato.



A outra expressão é com a Konata entusiasmada com alguma coisa (geralmente tem a ver com quadrinhos, desenhos animados ou seriados). Também ficou muito bem feita, com direito à "boquinha de gato".


Uma das características da Konata: o fio de cabelo solto no alto da cabeça. A peça é de material maleável, mas a base é fina e por isso frágil, propensa a quebra se não foi manipulada com cuidado.



A modelagem do cabelo é bem feita e as pontas têm uma leve pintura em gradação. Um defeito é que a franja não fica firme, caindo a toda hora.


As mechas dos lados são de material rígido, o que interfere em algumas poses. Para fazer Konata olhar para os lados é preciso tirar a franja, girar o pescoço e depois recolocar a peça.



Uma peça do cabelo é removível, revelando um conector para a base com suporte incluída.


O problema é que o conector é apertado demais e por isso o suporte não entra.


Curiosamente a Soul Stage da Bandai entra melhor.


O sistema de articulações dos ombros é desenhado de modo a não chamar muito a atenção. É preciso saber como usar para que não quebre, prestando atenção no sentido em que a articulação vira. Em alguns exemplares um excesso de tinta impede que o antebraço seja girado.




Os cotovelos usam as articulações discóides e têm um bom fechamento devido às cavidades moldadas nos braços.


Os joelhos seguem o mesmo esquema.


A fita do pescoço é feita de material maleável e a parte da camisa é modelada de forma a parecer esvoaçar.


No meio do corpo existe uma conexão esférica.




Ela permite que o torso seja girado ou inclinado para os lados.




A inclinação para frente e para trás não é muito boa.


A parte de trás é moldada, apesar de escondida pelo cabelo, e tem um conector para bases com suporte, que também é apertado demais.


A saia é feita de material maleável. Não tem divisões dos lados, mas interfere pouco no movimento das pernas.



As coxas possuem uma boa abertura e possuem sistemas que permitem que elas sejam giradas. Como são escondidas pela saia, elas são moldadas de forma a proporcionar pouca interferência nos movimentos.


As mãos possuem dedos arredondados, bem cartunescos. Curiosamente, a figura já vem de fábrica com essa mão com três dedos em riste.


O grande problema das mãos intercambiáveis é que o conector tem uma bolinha na ponta, feita para que ela não escape do pulso. Mas isso faz com que a troca fique mais difícil. No meu exemplar em especial um excesso de tinta nos conectores dos pulsos quase fez o conector quebrar.



No total, a figura é bem articulada, podendo fazer poses de luta...


... ou poses de dança.


A abertura de pernas é muito boa e por isso ela pode fazer essa voadora sem grandes problemas.


Está incluída esta mão segurando um enrolado de chocolate. O enrolado é preso à mão e não pode ser removido.


Esta mão é para representar Konata segurando o enrolado com as duas mãos.


Konata começa a comer sempre pelo lado mais fino. É só que assim o recheio de chocolate acaba derramando a cada mordida. Talvez se ela tirasse a ponta e a usasse para recolher o chocolate que escorre...


Infelizmente ela não consegue fazer a pose do raio Spacium do Ultraman, que ela faz em um momento na abertura. No máximo ela só consegue o Mebium Shoot do Ultraman Mebius.





Mas os passos da raio Zepelion do Ultraman Tiga podem ser feitos sem problemas, com exceção da parte de juntar os pulsos à frente do corpo.



As peças de expressão de outras variantes da Konata podem ser usadas neste modelo e aumentam ainda mais as possibilidades.



Todas as figmas de Lucky Star possuem compatibilidade de peças de expressões e Konata pode usar essas que vem com outras personagens. Só que ela nunca fez essas caras no original e nem consigo imaginá-la assim.


Combinando acessórios de outras variantes é possível representar Konata voltando das compras.

Estas fotos usam um exemplar que comprei para servir de reserva caso acontecesse algo de errado. O exemplar que eu comprei em 2008 (à sua direita) continua na ativa, e já está bem gasta, com esmaecimento de cores e até sujeira devido à manipulação extensiva. Mesmo assim até hoje ela não quebrou nada e as articulações continuam firmes. Bom, acho que com isso eu cumpro o desejo de Masaki Apsy, um dos criadores das figmas, que queria criar uma linha de figuras que fossem "tão divertidas que elas seriam usadas até ficarem gastas e serem jogadas no lixo". Essa última parte eu dispenso.

Junto com as outras personagens principais do desenho. Interessante que desde essa época se preocupavam em representar a diferença de tamanho e do formato do corpo de cada personagem.


Todas as personagens de Lucky Star que eu tenho. As versões com os uniformes de verão vêm com cabeças extras para representar outras personagens e deixo assim mesmo.


- Vai sair um novo QUO Card! Muito bem! Vou arranjar um trabalho temporário!
- Só nessas horas você fica séria né, Konata.


- Konata. Por que eu tenho que usar essa roupa?
- Ah. Fica bem em você, Kagamin.
Com outras personagens as possibilidades aumentam mais ainda.


E Konata é facilmente representável contracenando com personagens de outras série ou até mesmo de outros universos.


O ritmo de Lucky Star é bem sossegado, com temas triviais e cotidianos.


É só que algumas vezes a Konata solta alguma piada nerd de difícil compreensão.


Geralmente as histórias têm Konata, Kagami e Tsukasa como centro. Miyuki às vezes fica de fora.


Mais tarde surgem novas personagens como Yutaka, prima da Konata.


Mesmo com temas triviais, a versão desenho animado fez bastante sucesso.


- Ter peito chato é status! É uma preciosidade!
A frase que tornou Konata famosa (embora não seja de autoria dela ou mesmo de Kagami Yoshimizu).

E com isso tivemos a reapresentação da versão figma da Konata Izumi, feita pela Max Factory. Vendo com os olhos de agora existem alguns problemas, como o cabelo sem articulações e as mechas dos lados de material rígido, o que limita algumas ações. As articulações dos ombros precisam ser manipuladas com cuidado, senão podem se quebrar. O conector com uma bolinha na ponta das mãos é outro ponto a se tomar cuidado. Ou seja, é uma figura um pouco difícil de se lidar para quem está começando (embora eu mesmo tenha começado com ela, mas não sei como até hoje eu não quebrei nada). O número de expressões e acessórios também é pouco, pelos padrões de agora, sendo necessário comprar outros modelos para se ter uma quantidade razoável. E a expressão mais característica, com os olhos fechados, não foi incluída desde o começo, o que foi um fator que me incomodou na época. Existem falhas de projeto, como a franja que não fica firme, assim como a peça de expressão que vem de fábrica. Incluir uma base com suporte foi muito bom, mas o conector é apertado demais e por isso é preciso fazer uma alteração para usar. Mas mesmo assim é uma figura pela qual tenho bastante apreço e continuo usando até hoje. E ela tem várias boas idéias, como a peça do cabelo para esconder o conector para a base com suporte. As partes em material maleável são usadas de forma competente, dando bastante mobilidade à figura. O modelo pode ser encontrado em lojas de usados a preços bem baixos e recomendo para quem for fã de Lucky Star. Mas é preciso ter em mente o que foi dito acima.

Extra: Relatório de progresso.

Konata foi a segunda peça que apresentei neste blog e a primeira a usar fotos em estúdio, com iluminação artificial. Isso foi há sete anos, em 2008. Vamos comparar as fotos da época com as de agora para ver se houve algum avanço.

Vejamos... Iluminação incorreta, ajuste de cores incorreto e aproveitamento pobre do espaço. Será que eu estava tentando representar uma das poses do pacote?


Mesmos problemas, assim como enquadramento incorreto. Agora uso melhor as articulações da cintura e das pernas.


A máquina que eu usava nessa época só tinha foco automático e não conseguia fixar nos olhos da personagem. Por isso o rosto ficava borrado. Agora eu consigo, graças ao foco manual.



Estou vendo que nessa época eu tinha medo de quebrar alguma coisa, devido a pouco conhecimento e experiência, e por isso não ousava muito. Agora aproveito melhor as articulações. Ah, e uso uma angulação melhor, com a personagem ocupando um espaço bem maior da foto.



No mesmo ângulo da foto antiga. Ainda assim fica bem diferente.

A câmera da época não tinha um ajuste de "balanço branco" e por isso fotos em ambientes fechados ficavam com muitas distorções de cores. Era forçado a fazer ajustes e retoques a toda hora, o que era bem trabalhoso e ainda assim não ficava muito bom, como dá para ver nas fotos acima. Mais tarde adquiri uma outra câmera, que tinha ajuste manual do "balanço branco" e consegui resultados melhores, mas acabei derrubando e a lente quebrou. Com ela eu aprendi várias coisas como ajuste de abertura, o que é útil para fotos com várias figuras ao mesmo tempo. Em 2009 comprei uma câmera DSLR e achei que com ela eu automaticamente ia conseguir tirar fotos deslumbrantes, como as que eu via em reviews de outros blogs. Ledo engano...

Sim. Eu tive o dom de fazer uma foto assim com uma DSLR... Espaço mal-aproveitado, articulações mal-utilizadas, cores totalmente erradas... Ou seja, tudo errado.


Fui estudando mais e consegui isto. Bem melhor.


Atualmente é isto o que eu consigo. E sem precisar fazer qualquer tipo de tratamento de imagem ou retoque. Consegue dizer sem sombra que esta foto e a logo acima foram tiradas com a mesma câmera da primeira?

Com isso tudo vejo que consegui algum progresso. Estudei, pratiquei, investi e aos poucos estou conseguindo resultados. Não sei exatamente por que estou fazendo isso, já que não tem nenhuma utilidade prática. Só sei que é uma coisa que eu quero fazer e que eu gosto de fazer, não importa a razão (se é que existe alguma). É certo que algumas vezes me sinto desmotivado, até mesmo com preguiça de fazer as coisas, mas de repente bate uma vontade de tirar aquela foto ou escrever sobre aquele assunto. E é o que eu acabo fazendo. Pretendo continuar até onde der. Para isso, conto com o apoio e o prestígio de todos que visitam este blog, pois sem vocês não sei se teria motivação para continuar. Muito obrigado a todos e espero ser capaz de proporcionar diversão por mais algum tempo!