figma Miku Hatsune Append Ver.

Saudações.

Desta vez vou apresentar a versão figma da expansão Miku Hatsune Append Ver. feita pela Max Factory.

Miku Hatsune foi um fenômeno sem precedentes no mundo da DeskTop Music (DTM) e até mesmo dos programas de sintetização de voz. Mesmo com as imperfeições, ela conseguiu mostrar ao mundo que a tecnologia Vocaloid existia e que ela tinha muitas possibilidades. Tanto que ela foi usada até mesmo para alguns efeitos vocais e músicas no seriado Akiba Ranger e até chegou a cantar a música-tema na versão animada de Black Rock Shooter (na verdade a música veio antes do desenho). E para compensar as imperfeições, foram lançados os pacotes de expansão do programa, os Appends. Existiam duas versões, a Append Light e a Append Dark, que davam mais dados de vozes criando ainda mais possibilidades. E para fazer o desenho da versão Append foi chamado o mestre modelador Masaki Apsy, o criador das séries figma e Busou Shinki.

Por esta razão, foi natural a escolha da Miku Append para ser a figma do número comemorativo "100". E esta figma foi feita com muito esmero e capricho, incluindo várias tecnologias que foram desenvolvidas ao longo da linha.

A caixa também tem vários detalhes, como as letras em relevo prateado, o que reforça o aspecto comemorativo da figura.

O papel do fundo é espelhado e tem uma cobertura para as bases di:Stage.

O conteúdo da caixa. Chama a atenção o número de peças intercambiáveis. Fora isso, não vem nenhum acessório especial.

Visão de corpo inteiro. Simplesmente lindíssima. A qualidade da pintura e da escultura não deve nada a modelos de pose fixa.

"Close" do rosto. Incrivelmente bem feito. É um pouco diferente da Miku regular, já que se trata de outro desenhista. A escultura da boca é digna de nota, com um pintura de delineamento bem difícil de ser feita na parte de dentro. Um errinho poderia manchar e estragar tudo.

A expressão co molhos fechados, usada na ilustração original. Simples, mas muito bem feita. O delineamento da boca mais uma vez é bem executado.

Esta expressão, mais adulta, talvez represente a versão Append Dark. O olhar, ou melhor, os olhos são bem diferentes da Miku que conhecemos, o que dá um ar de novidade.

A escultura da boca semi-aberta com os dentes e com delineamento dos lados é o ponto a se notar nessa expressão, que chega até a ser sensual.

A franja é feita de material transparente com pintura em camadas de verde e branco. O resultado é muito bonito, fazendo parecer um cristal.

Os cabelos também são feitos de material transparente com pintura em degradê. São lindos, também parecendo feitos de cristal nas pontas.

As articulações dos cabelos permitem grande liberdade de movimentos. Os prendedores têm um desenho bem diferente e mais complexo que os da Miku normal.

As articulações dos ombros são um aperfeiçoamento da primeira Miku. Eles não são duros como o meu exemplar da Fei-Yen Miku e tampouco são frouxos. Podem ser movidos sem nenhum esforço, embora não sejam totalmente inquebráveis, exigindo o mesmo cuidado de sempre.

O peito possui uma articulação esférica, algo que não estava presente na primeira Miku e que foi implementado nas figmas mais recentes.

Existem vários detalhes desenhados de forma bem nítida na roupa, que por sua vez tem pintura perolada.

A saia é uma peça separada, presa por duas conexões esféricas. A cintura não gira.

A parte de trás do cinto tem uma peça que simula um cabo com um conector para algum tipo de interface. O cabo não é muito flexível (embora não seja rígido), o que exige certo cuidado.

Todas as mãos possuem uma pintura simulando a cobertura do dedo médio. No original, as unhas são pintadas de verde, mas na figma isso não foi feito.

Os pés talvez sejam o único ponto fraco, já que as articulações ficam bem à mostra. Mas o que importa para mim é que a figura se mova e por isso não chega a ser um grande problema. Na pera esquerda, está uma tornzeleira com o logo da Crypton Future Media.

Outro ponto digno de nota é a pintura em degradê dos braços e pernas, muito bonita.

Diferente das outras figmas, não existe um conector para a base-suporte.

Por isso, a base-suporte vem com essa garra para ser colocada na ponta. O problema é que a garra é bem apertada, o que pode riscar a pintura. É mais seguro usar uma que vem nas di:Stage ou Soul Stages, que abrem e fecham.

As articulações do peito e do pescoço se dobram bem para a frente, mas não tanto para trás.

Só para variar, a figura tem grande liberdade de movimentos. As articulações são firmes e não são frouxas. É um tremendo alívio depois de tantas figuras com problemas nas articulações.

É preciso trocar várias peças para representar o outro modo da figura, lembrando o sistema Shift Body da linha. As conexões dos antebraços em especial devem ser manipuladas com cuidado para não quebrar. Elas não saem facilmente, mas também não são muito duras. A parte da frente do tronco também exige certo cuidado para não arranhar a pintura.

Este é o modo com todas as peças trocadas. As mudanças são discretas, mas todas tem um sentido.

Esta peça simula uma parte da roupa se abrindo, revelando o umbigo. A parte que "abre" lembra a gravata da Miku normal.

Estes antebraços representam versões com portinholas abertas. O antebraço esquerdo tem impresso o número 01, como na versão original.

Estas peças usam partes transparentes que lembram uma saia extendida. As cintas lembram aquelas características da série Vocaloid2, mas sem as estampas de serrilhas.

Com isso, é possível representar a ilustração original.

Junto com a versão Nendoroid, igualmente bem feita.

Colocando a base da versão Nendoroid por baixo ajuda a dar um clima melhor.

Experimento com a base iluminada.

Curiosamente, a Miku Append pode usar as expressões da Miku normal, mas a conexão é um pouco frouxa. A franja do cabelo ajuda a prender, o que não chega a ser um problema. O contrário já não pode ser feito, pois as conexões das expressões da Miku Append são mais estreitas.

O modelo inclui mãos para segurar objetos, mas nada para usá-las. Elas não são flexíveis como as da Luka, mas podem segurar as cebolinhas. Na foto, com as cebolinhas de energon que vêm com a Fei-Yen Miku.

Tive sorte e consegui comprar a Miku durante uma promoção em que na compra de uma figma, de brinde vinha um headphone, disponível nas cores cinza, preto e marrom. Consegui um com a Kuroneko e agora tenho mais um. Pena que é da mesma cor. Preto combinaria melhor com a Miku.

Junto com a versão original. Dá para notar que houve vários melhoramentos, mas mesmo assim a primeira versão é muito bem feita.

Junto com a primeira figma que eu comprei, a Konata Izumi. A numeração da Konata tinha só um dígito ainda (ela é a figma nº 8) e agora, a linha já chegou à terceira casa decimal. É algo emocionante, ao mesmo tempo que me faz ver que o tempo passou bem rápido e houve várias evoluções.

E assim tivemos a apresentação da versão figma da Miku Hatsune Append Ver. da Max Factory. A figura é de alta qualidade e digno de ser o modelo comemorativo de número "100". A linha figma surgiu com a proposta de よく動く、キレイ (yoku ugoku, kirei ou "bem articulada e bonita"), casando a maleabilidade das articulações com a beleza da silhueta dos personagens. E ela cumpriu essa proposta, ao mesmo tempo em que implementava melhorias. E todas elas se reunem nesta Miku Append Ver. Um ponto fraco dessa figura poderia ser o número reduzido de acessórios, mas como a personagem original não tinha nenhum, a Max Factory colocou peças extras para representar dois modos, dando margem a mais possibilidades. É uma figura que eu posso recomendar sem ressalvas, uma vez que ela incorpora a proposta da linha, casando as articulações, suaves, mas sem serem frouxas, com grande alcance com a modelagem e a pintura, que chegam bem perto de modelos de pose fixa, mais caprichados.

A seguir, O Som do Início e o fim da guerra.