domingo, 31 de maio de 2015

Ultra-Act Jean-Killer

Saudações.

Desta vez vou apresentar a versão Ultra-Act do Jean-Killer/Jean-Nine, feita pela Bandai.





Jean-Killer aparece pela primeira vez no especial em DVD/Blu-ray Ultraman Zero Gaiden Killer The Beatstar. Um ano teria se passado depois dos eventos de Ultraman Zero - O Filme - A Vingança de Belial. A Ultimate Force Zero estaria a caminho de visitar a Princesa Emerana, mas se depara com um gigantesco planetoide de metal. Ao tentar investigar, eles são atacados. Emerana e Jean-Bot são capturados e o planetoide desaparece para se materializar no universo dos Ultras de M78, diante de Ray e o capitão Hiroshi Hyuga, os heróis de Ultra Galaxy, que estavam indo passar férias no planeta Blam. Eles percebem que o planetoide está em rota de colisão com Blam e tentam investigá-lo. Lá dentro, eles são atacados por robôs inimigos: King Joe, Imperizer e Ace-Killer. Ray e Hyuga encontram Emerana e são salvos por Ultraman Zero, Mirror Knight e Glenfire. Mas diante deles surge um robô desconhecido: o Jean-Killer, enviado por Beatstar, o computador central que controla o planetoide, cujo objetivo é o extermínio de todas as formas de vida orgânicas de todos os universos.

Obs.: No caso de Jean-Bot e Jean-Killer/Jean-Nine, "Jean" se pronuncia como no francês ("jân") e não como no inglês ("jiin"). Por alguma razão, na versão em português de A Vingança de Belial, foi usada a pronúncia em inglês.


Jean-Killer teria sido criado pelo vilão Beatstar para ser o robô guerreiro mais poderoso de todos, baseado no Jean-Bot. E de fato, ele tem força e poder de fogo descomunais. Mas Jean-Killer foi uma cópia perfeita demais, incluindo sua inteligência artificial e mais tarde é convencido por Jean-Bot e pela Princesa Emerana de que ele também teria um coração bom. Ele então passa a lutar junto com Zero e seus amigos, recebendo o nome de Jean-Nine. Esse nome é dado por Emerana por ele ser o nono grande herói a lutar nesta batalha. Os outros seriam Zero, Mirror Knight, Glenfire, Jean-Bot, Ray, Hyuga (gentilmente chamado de "venerável senhor" ou simplesmente "tio" pela princesa) e os monstros de Ray, Gomora e Litra.

Jean-Nine foi interpretado por Miyu Irino, que já foi o Mascote Natts em Yes! Precure 5 e Yes! Precure 5 GoGo!, Shaoran em Tsubasa Chronicle, Haku em A Viagem de Chihiro e Sora na série de jogos Kingdom Hearts. Irino também foi uma das crianças que aparecem no episódio 8 de Ultraman Tiga, "A Noite de Halloween" e foi Yu, amigo do personagem principal Tsutomu em Ultraman Tiga, Ultraman Dyna e Ultraman Gaia - Batalha no Hiperespaço.

A versão Ultra-Act esteve disponível para venda exclusiva no site da Bandai por tempo limitado.



Jean-Killer/Jean Nine é baseado em dois personagens da antiga série de TV Jumborg A (lê-se "Ace", como em inglês), de 1973. Um seria o Jum-Killer, um super robô criado pelos Alien Gross e que conseguiu derrotar o robô-herói Jumborg A. O outro é Jumborg 9 ("Nine"), um "segundo robô" pilotado pelo personagem principal, Naoki Tachibana. Em contraste com o Jumborg A, que se transformava em um avião Cessna, Jumborg 9 se disfarçaria no carro de Naoki, um Honda Z360GT, e teria mais força e resistência que o robô principal, mas não teria a capacidade de voar. O método de controle seria com um volante, pedais e um câmbio, como em um carro comum, e por isso seria mais difícil de pilotar que o A, que possuía um sistema que reproduzia os movimentos de Naoki. Ou seja, cada Jumborg tinha uma vantagem e uma desvantagem e seriam usados de acordo com a necessidade.

Curiosidades: O desenho do Jum-Killer é baseado em um dos candidatos a ser o segundo Jumborg e foi alterado para ser um robô inimigo. Sendo assim o fato do Jean-Killer/Jean-Nine ser uma segunda unidade do Jean-Bot tem fundamento. Em Killer The Beatstar, Glenfire sugere como novo nome para Jean-Killer "Jean-Bot II' "(lê-se Two Dash). Isso seria uma referência à palavra-chave de ativação do Jumborg 9, "Jum Fight Two Dash".


O conteúdo da caixa. Além da figura, que já é volumosa, estão incluídas mãos e peças intercambiáveis para o próprio modelo e extras para o Jean-Bot.



Visão de corpo inteiro. O visual é bem próximo do Jumborg 9, com o estilo bicolor. Assim como no Jean-Bot, o modelo tem partes em metal nos pés e por isso é bem pesado. A cabeça é menor que no original, com uma proporção mais "heroica", como nos outros modelos da linha depois da reformulação.






Close da cabeça, visivelmente baseada no original, com a pintura bicolor.






A "crista" é removível e com isso é possível trocar a peça dos olhos por outra para representar o Jean-Nine. Os olhos possuem um relevo na parte de dentro para parecerem cibernéticos.




A cabeça no modo Jean-Nine. A impressão muda bastante, parecendo mais "heroico".



Sem a peça, é possível representar um modo "desativado".


O pescoço possui duas conexões esféricas na parte de cima e na de baixo, com grande liberdade de movimentos.


Detalhe dos braços, assimétricos. Na direita está instalada uma arma, o Jean Cannon. Em Ultraman Ginga, existem mais três lançadores, mas não foi incluída uma peça intercambiável para representar isso. Mesmo porque a figura foi lançada muito antes da estreia dessa série.



À primeira vista, os ombros só podem ser abertos até o ângulo da foto.



Mas as ombreiras podem ser erguidas e com isso a abertura se torna bem maior. Só que é preciso um pouco de cuidado, pois a ombreira pode escapar e colocá-la no lugar é bem difícil.


O antebraço pode ser girado, mas no começo ele fica preso devido a um excesso de tinta e é preciso um pouco de cuidado para desgrudá-lo. Esse é um problema que já tinha no Jean-Bot.




Os ombros podem se mover para a frente e para trás.


Detalhe do sistema de articulações do ombro.





Detalhe da articulação do cotovelo, que pode ser bem dobrada e levemente girada. Diferente do Jean-Bot, as articulações desta vez não são de metal.


Mas na prática, devido ao formato do braço, ele só se dobra a 90°.




Os pulsos são presos por articulações esféricas e têm boa flexibilidade.


No meu exemplar, as mãos intercambiáveis vieram com um conector mais apertado que o das que vêm de fábrica. Precisei alargar um pouco com um pin-vise, mas acabei exagerando em uma delas e a conexão ficou um pouco frouxa.




A pintura bicolor chama bastante a atenção. E ela é executada de forma perfeita, sem borrões.



Existem vários detalhes representando as esteiras de um tanque. Isso é porque no princípio, o Jean-Nine se transformaria em um veículo terrestre, em contraste com o Jean-Bot, que se transformaria em uma nave, mais ou menos como os personagens em que eles se baseiam. Mas em Ultraman Ginga, optou-se por fazê-lo se transformar também em uma nave, a Jean-Star.







O torso tem boa liberdade de movimentos. O defeito do Jean-Bot, de pender para os lados, foi sanado completamente.



As pernas têm uma boa abertura. E diferente do Jean-Bot são bem firmes. Com isso eu vejo que aquilo era mesmo um defeito.


As coxas podem ser giradas, embora estejam grudadas no começo devido a um excesso de tinta. É preciso um pouco de cuidado para soltá-las e com o tempo elas grudam de novo. Isso também é igual ao Jean-bot.


As pernas são simplesmente bicolores.



Os joelhos são bem flexíveis.


No pé existem mais detalhes que lembram esteiras de tanque e também propulsores, que permitiriam que ele voasse, diferente do Jumborg 9.




Os pés possuem articulações que dão boa estabilidade à figura. A ponta pode ser levemente dobrada.


Pose semelhante à do Jum-Killer, em que o personagem se baseia.


Pose usada em fotos promocionais e que é parecida com a do Jumborg 9.




A fivela pode ser trocada por esta, estendida.


Com isso é possível representar um dos raios do Jean-Killer/Jean-Nine, o Jean Buster (peça de efeito não incluída).


Jean-Nine possui várias armas de artilharia em seu corpo, como o Jean Cannon do braço.


Do peito ele dispara balas de energia, o Jean Flasher.


Uma variante desse ataque é o Jean Attack, no qual ele ativa os propulsores das pernas e gira o corpo enquanto atira para todos os lados.




Nas costas existe uma peça que pode ser removida, revelando um conector para bases com suporte.


Com isso é possível representar o Jean-Nine voando.


Outra possibilidade é esta, com ele correndo enquanto dispara o Jean Cannon.




Comparação com o Jean-Bot. A protoforma é a mesma, mas a modelagem é totalmente diferente.
Curiosidade: Miyu Irino e Hiroshi Kamiya, o dublador do Jean-Bot formam a dupla musical KAmiYU.


Estas são as peças extras para o Jean-Bot.



Uma é esta, representando o Jean-Bot dominado pelo vilão Beatstar (pelos olhos vermelhos, chamo-o de "Jean-Con"). A substituição é bem simples, já que isso estava planejado desde o início.


Está incluído este machado, com a lâmina sem ser energizada, usada em suas aparições fora do filme A Vingança de Belial.


E também existem essas mãos com os dedos abertos, que não vinham com o Jean-Bot.


Elas seriam usadas para representar esta cena em que Jean-Bot tenta convencer Jean-Killer de que o que ele faz é errado.


O Jean-Nine pode usar a peça de disparo do Jean Knuckle que vem no Jean-Bot.


Uma pena que o Jean-Nine não vem  com essa peça e por isso não é possível reproduzir o Double Jean-Knucle, usado na segunda temporada de Ultra Zero Fight


Por outro lado, dá para colocar os dois segurando os machados de batalha, algo que seria impossível dentro da ficção.


E até que combina bem, com os dois parecendo guardas protegendo uma princesa.
(Hum... O enquadramento ficou meio ruim...)


- Não sei por que, mas sinto que tenho mais afinidade com esta chave.
Os personagens interpretados por Miyu Irino em Yes! Precure 5 e Kingdom Hearts têm uma forte relação com chaves.


Outro fato interessante é que enquanto o Jean-Bot usa mais ataques corpo-a-corpo, o Jean-Nine possui mais armamentos de artilharia.


Zero é atacado dentro do planetoide de metal.


Diante dele surge Jean-Killer, o assassino enviado por Beatstar.


Jean-Killer consegue deter o Ultra Zero Kick...


.. e impede que Zero use os Zero Sluggers.



O Jean Buster é mais forte que o Wide Zero Shot.




Enfraquecidos por uma névoa misteriosa, Mirror Knight e Glenfire também são derrotados.


Jean-Bot também surge, controlado por Beatstar.


- PARE!
O grito da Princesa Emerana faz com que Jean-Bot recupere o controle.


Isso também influencia o Jean-Killer, que dispara raios óticos em Emerana por várias vezes, mas não acerta.


- Não vai me atingir! Você não pode me atingir! Porque você tem coração!


Jean-Killer vê as lágrimas de Emerana...


... e percebe que ele mesmo as tem, na forma de partículas de energia Emeral.


Jean-Killer também aparece em Ultraman Ginga, a princípio como um inimigo.


Mais tarde ele passa a lutar ao lado do herói como o Jean-Nine. Aparentemente, este não é o mesmo personagem da Ultimate Force Zero, mas um exemplar de outro universo alternativo.

Dominados pelo Mal?


Ultimate Force Zero! Agora só falta a Mayuri.

E assim termino a apresentação da versão Ultra-Act do Jean-Killer/Jean-Nine, feita pela Bandai. Assim como o Jean-Bot, é uma figura volumosa e pesada, devido às partes em metal. Infelizmente alguns problemas ficaram, como as articulações giratórias dos antebraços e coxas, que ficaram grudadas devido a excesso de tinta. Mas ele tem várias melhorias, como o torso que não fica pendendo para o lado e o reforço das articulações da virilha. E ainda por cima, ele vem com vários extras para o Jean-Bot para representar situações de Killer The Beatstar, que são realmente peças de bônus, sendo que nenhuma delas é totalmente indispensável (com exceção talvez das mãos abertas). No total fiquei bem satisfeito com a figura e a recomendaria para quem é fã da Ultimate Force Zero, mas o problema é o fato da figura ter sido disponibilizada para venda exclusiva por tempo limitado e por isso é bem difícil conseguir uma.

Para quem tiver curiosidade de saber como é o modo veículo, a apresentação da versão Ultra Change Series do personagem. Link aqui.

8 comentários:

  1. Show demais Usys!
    Bem legal esse robô, e interessante a história dele, um robô que tem até "lágrimas". E o cara é cavalheiro, não bate em mulher, tá certo ele! Se bem que se fosse a Kirino, acho que eu deixava ele bater sim hehe.

    As fotos ficaram ótimas, gostei de como você usou os efeitos para montar as historinhas.
    Achei a figura muito bem feita, a Bandai caprichou nos detalhes. Por algum motivo, a cabeça dele me lembrou os personagens de Cybercop.

    Agora me pergunto se foi dele que a robozinha Labrys roubou aquele machadão...

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    1. Obrigado, Ronin!

      Por mim, sendo a Kirino e a Ayase, pode mandar ver um soco-foguete no meio das fuças que eu não ligo. Com isso abre espaço para a Kuroneko ser oficialmente a heroína principal (se é que já não é).

      Quando a Bandai quer caprichar, ela capricha mesmo. A maneira de colocar os extras nessa época eram bem camaradas. E agora que você falou, parece mesmo Cybercop.

      Jean-Bot apareceu pela primeira vez em 2010 e a Labrys foi em... 2012? Se bem que nesse caso acho que a ideia do machado veio do Getter Robo. Mas se a Labrys tiver um soco-foguete, então foi tirada do Jean-Bot mesmo.

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  2. Por incrível que pareça, eu só tomei conhecimento do Jean Killer/Jean Kine assistindo ao Ultraman Ginga. E olha que estamos falando de versões praticamente "alternativas" do personagem. Quando assisti ao segundo filme do Ultraman Zero, só vi o Jean Bolt e até estranhei a aparição de um novo robô semelhante. Só depois eu fui ligar os pontos e percebi a relação que existe entre ambos.

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    1. Obrigado, Bruno Seidel!

      Eu já fiquei surpreso em vê-lo no Ultraman Ginga. Foi totalmente inesperado. Mas bem que eu queria vê-lo atuando mais.

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  3. Parabéns Usys, mais um ótimo review desta incrível coleção de Ultra Acts. A figura é bem interessante, gostei bastante desta assimetria do personagem. Gosto também do aspecto da cabeça, lembra-me de capacetes de cavaleiros medievais, e com este big-axe completando o visual. É muito interessante ver que apesar de ser um personagem das séries mais contemporâneas da família Ultra, ainda assim ele tem uma certa relação nostálgica com a história do tokusatsu. E mais: curioso é ver que estes personagens robóticos conseguem ainda trazer para dentro do Universo Ultra mechas transformáveis; taí, bela jogada de marketing da Toei/Bandai.

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    1. Esse visual assimétrico é bem interessante e remonta ao personagem clássico. Incrível que a Tsuburaya já usava vários conceitos que são frequentes agora, como a presença de um segundo robô para o herói, com vantagens e desvantagens.
      A Tsuburaya também já tinha um monte de mechas bem interessantes, como o Ultra Hawk 1 do Ultra Seven, que se dividia em três aviões independentes. O King Joe é considerado o primeiro robô japonês a usar combinação/separação. E os próprios Jumborg A e Jumborg 9 (por mais incrível que possa parecer) eram mechas transformáveis, embora isso fosse impossível de ser reproduzido em um brinquedo. Mas agora temos modelos que foram feitos tendo a transformação em mente desde o começo.

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  4. Hahaha, tive que recorrer ao Google pra lembrar do Ultra Hawk e do King Joe. Acredito que a Tsuburaya plantou várias "sementes" que hoje fazem parte do que é o tokusatsu atual. Acho muito bem sacado como a Tsuburaya consegue de certa forma homenagear as produções antigas, com certeza são easter eggs para os fãs das séries Ultra e Kaijus.

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    1. Hum... Acabei me excedendo de novo e falei demais. Mas de fato, a Tsuburaya teve várias ideias que são usadas até hoje.
      Uma pena que aconteceu tudo aquilo. Mas pelo visto ela está tentando se recuperar. Vem aí uma nova série, Ultraman X. Torço por ela!

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Peço que os comentários sejam apenas sobre assuntos abordados na matéria. Agradeço desde já.

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